Cidades

Ares Vermelho

Operação do MT contra ladrões de veículos tem ramificação em Mato Grosso do Sul

Ao todo, são cumpridos 125 mandados judiciais em quatro estados

VÂNYA SANTOS

17/08/2017 - 08h40
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Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou hoje cedo a Operação Ares Vermelho, com objetivo de prender pelo menos 60 integrantes de quadrilha especializada em crimes de roubo majorado, furto, receptação de veículos, adulteração, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro. Ao todo, são cumpridos 125 mandados judiciais nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.

Das 125 ordens expedidas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá – especializada em crime organizado - , 51 mandados são de prisão preventiva, 12 de condução coercitiva e 62 de busca e apreensão domiciliar.

Conforme investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA) e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, que durou cerca de três meses, resultou na descoberta da rede criminosa liderada por facção que atua de dentro de presídios no Mato Grosso e mantém aliança com facções de Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Amazonas.

Durante investigação, policiais monitoraram, por meio de redes sociais, 35 ações criminosas, dentre elas roubos de veículos, receptação e aberturas de contas bancárias para depósitos, transferências e saques de valores em bancos, além de ocultação e venda de veículos subtraídos e clonados.

Atuação Criminosa

Investigações apontaram que os crimes eram liderados por quatro integrantes da quadrilha que estão presos no Mato Grosso. Eles encomendavam veículos para comparsas do lado de fora, que cometiam os roubos, conforme a demanda, ou seja, atendendo requisitos, como modelo e cor de veículo.

Usando carros clonados, marginais faziam rondas pela cidade, em grupos de três a quatro pessoas, até encontrar vítimas com veículos que atendiam as características repassadas pelos líderes. Caso encontrassem a pessoa desatenta, embarcando ou desembarcando de seu veículo, rapidamente entravam em contato com seus “superiores” e descreviam o que tinham à disposição. Se o líder se interessasse pelo veículo, praticavam o roubo.

Eram necessárias duas situações para o roubo. A primeira, a facilidade de tomar as chaves originais porque tornava possível a ação de criminoso sem conhecimentos específicos de mecânica ou elétrica, tais como, ligação direta. A segunda era o perfil das vítimas, que por estarem distraídas ou em momento de descontração, possibilitava a aproximação dos criminosos e abordagem armada sem maiores problemas.

A polícia estima que a quadrilha seja responsável por 60% dos roubos e furtos de veículos automotores ocorridos nos três meses de investigação. Durante apuração da Operação Ares Vermelho foram contabilizados 682 crimes, sendo 410 roubos de veículos e 272 furtos. Deste total, 409 ações são atribuídas a rede criminosa.

A negociação dos veículos rendia, em média, R$ 3 mil para os envolvidos. Caso não tivesse ocorrido à recuperação de 90% dos veículos subtraídos em Cuiabá e Várzea Grande, em ação das forças policiais, a estimativa de lucro seria de R$ 1,2 milhão em três meses.

Operação Ares Vermelho

Ao todo, são cumpridas prisões preventivas nas cidades de Barra do Garças (1), Jaciara (1), Nova Olímpia (1), Cuiabá (33), Várzea Grande (2), Chapada dos Guimarães (2), Campo Grande (5) e Rondônia (6). As conduções coercitivas são cumpridas em Nova Olímpia (2), Sinop (1), Cuiabá (6), Várzea Grande (1), Rondonópolis (1) e Pará (1). As buscas ocorrem em todas as cidades com criminosos investigados.

Trabalho conta com envolvimento de 200 policiais civis, com emprego de 67 viaturas e dois helicópteros, além de policiais Diretoria do Interior e Metropolitana. Já o nome Ares, é em alusão ao deus grego das guerras, da guerra selvagem com sede de sangue, daí o complemento “vermelho”, devido a cor.

Comércio de Bairro

Feira do Panamá recebe Papai Noel em edição natalina

Com mais de 50 expositores e atrações musicais variadas, o evento será neste domingo (08), com a presença especial do Bom Velhinho e doações para uma instituição

04/12/2024 18h15

Imagem Divulgação

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A Feira do Panamá está de volta em mais uma edição repleta de atrações, neste domingo (08), com arrecadação de doações e o pouso do trenó do Papai Noel, na praça do bairro Jardim Panamá, localizada na rua Palestina, em Campo Grande.

Qualquer movimentação de renas pelo bairro não deve causar estranhamento entre os moradores. Como vieram de "tão, tão, tão" distante, devem ficar em algum cantinho descansando.

Hou, Hou, Hou

Já o Papai Noel, segundo informou a organizadora do evento, Maria de Fátima Rodrigues, de 58 anos, terá um espaço especial para receber os baixinhos e grandinhos que queiram tirar fotos.

A feira, desenvolvida pela comunidade, terá como Papai Noel o morador do bairro, Edgar das Neves Pereira, de 55 anos, que possui uma história emocionante com o Natal.

"Semana passada estive em uma escola e é impressionante como as crianças ainda têm a figura do Papai Noel como uma referência de boa conduta. Primeiro, elas querem saber se é de verdade; aí, elas puxam a barba. Quando veem que não é algodão, elas acreditam. Aí começam a pedir os presentes, querem abraçar. Tem crianças carentes, e um gesto de carinho deixa elas tão felizes. Tem criança que não quer soltar minha mão", explicou Edgar.

Além disso, para manter a tradição de sempre ajudar a comunidade, o Natal Solidário fará arrecadação de roupas, calçados e brinquedos.

Importante ressaltar que a doação de roupas e brinquedos não é descarte. Tire algo que esteja sobrando no seu armário, mas que esteja em boas condições de uso.

As doações serão recebidas pelo Papai Noel a partir das 10h, e a arrecadação será destinada ao Instituto Iappec, que mantém o Mães da Luz.

“Mãos coletivas que trabalham o empoderamento feminino, autoestima, saúde mental e o exemplo como mãe.”

Atrações

Com atrações para todos os gostos - em especial para quem é amante da música que esquenta o coração do sul-mato-grossense -, Wilson da Viola e Pollyana Sanfoneira vão colocar todos para dançar com chamamé, xote, moda de viola, sertanejo raiz e música regional.

 

 

 

Está pensando que acabou? A feira, que marca por atender todos os gostos musicais, ainda terá a presença do músico Luiz Matos, que vai embalar o público com clássicos da MPB, rock e sertanejo (do universitário ao modão).

Apresentação de Talentos

O Colégio Tic Tac, que há 32 anos investe em dança, inspirando diversas bailarinas, levará uma turma para fazer uma apresentação do grupo de dança avançada, proporcionando aos que forem curtir a feira um momento diferenciado de beleza e emoção.

Leitura

Ainda, na pegada cultural, o projeto Leitores ao Vento estará presente com a ideia de incentivar a leitura, no espaço de descanso e lazer, para que a população tenha contato com as verdadeiras viagens que a leitura pode promover.

O projeto nasceu em 2011, por iniciativa de Tânia Gauto, que é poeta, membro da União Brasileira de Escritores e do comitê Proler. Desde o início, é desenvolvido em praças, promovendo o acesso fácil ao livro - somente na Praça do Panamá está há 10 anos, ensinando que leitura não é obrigação.

Como nas outras edições, a feira conta com a parceria do conhecido Bifão do Panamá,  Pizzaria Forneria 77 e Conveniência Panamá.

Serviço

  • Feira do Panamá - Edição de Natal
  • Endereço: Rua Palestina
  • Bairro: Jardim Panamá
  • Horário: 09h às 15h

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Cidades

Imasul transfere animais de MS para zoológico em São Paulo

Dois filhotes de tuiuiú e três corujas receberão cuidados especiais no novo lar

04/12/2024 18h00

Irmãos filhotes de tuiuiú, Alto e Pantanal

Irmãos filhotes de tuiuiú, Alto e Pantanal Divulgação

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O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) realizou na terça-feira (3) a transferência de dois filhotes de tuiuiú (Jabiru mycteria), ave símbolo do Pantanal, e de três corujas para o Zoológico de Itatiba, em São Paulo. Os animais estavam anteriormente alocados no Hospital de Animais Silvestres Ayty, em Campo Grande,

Os filhotes de tuiuiú, carinhosamente nomeados Alto e Pantanal, têm histórias distintas. Um deles foi encontrado sem uma das asas, impossibilitando seu retorno à natureza. O outro, embora saudável, acompanhará o irmão para manter o vínculo e reduzir o estresse do isolamento.

Além dos tuiuiús, foram transferidas duas corujas da espécie jacurutu (Bubo virginianus) e uma coruja-preta (Strix huhula). Todos os animais foram devidamente anilhados para controle e monitoramento.

A transferência faz parte de uma parceria entre o Imasul e o Zoológico de Itatiba, que acolhe animais impossibilitados de retornar à natureza. No novo ambiente, os animais terão acesso a cuidados especializados e instalações adaptadas às suas necessidades.

André Borges, diretor-presidente do Imasul, destacou a importância dessas iniciativas. "A preservação da fauna pantaneira é uma prioridade. Cada ação de resgate e cuidado é uma vitória para o equilíbrio do ecossistema, especialmente em um momento de tantos desafios ambientais".

Resgate

Os filhotes de tuiuiú foram resgatados na região de Miranda após um alerta da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O primeiro foi encontrado no acostamento de uma estrada, incapaz de voar devido à ausência de penas nas asas. A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Miranda foi responsável pela captura da ave.

Após o resgate, os animais foram encaminhados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) e posteriormente ao Hospital Ayty, onde receberam cuidados especializados.

Aline Duarte, coordenadora técnica do Hospital Ayty, ressaltou a importância dos cuidados iniciais: "Quando não é possível a reintrodução ao habitat natural, buscamos alternativas que respeitem sua dignidade e bem-estar".

Enquanto Alto e Pantanal seguem para seu novo lar, um terceiro filhote de tuiuiú, chamado Vegas, permanece sob os cuidados do Imasul. Vegas está em processo de reabilitação e será reintroduzido ao Pantanal assim que estiver apto a viver de forma independente em seu habitat natural.

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