Exercício simulado de acidente com produto perigoso aconteceu na manhã desta sexta-feira (30), na altura do km 466 da BR-163, em Campo Grande (MS), para promover a integração e treinar as equipes de 16 instituições de trânsito e resgate que atuam em Mato Grosso do Sul.
O exercício simulou um acidente envolvendo dois veículos de passeio e um caminhão tanque carregado com combustível (gasolina e diesel). Na simulação, um dos veículos invade a pista contrária e se choca com o caminhão, que tomba e acaba derramando o produto perigoso. Ao tentar desviar, o outro veículo capota e sai da rodovia. O caminhão foi abastecido com água, o que exigiu das equipes a adoção de medidas necessárias para conter o vazamento.
A simulação exigiu ainda a mobilização de equipes para socorrer as vítimas, interpretadas por voluntários e artistas da Cruz Vermelha MS. No caso, oito pessoas tiveram de ser resgatadas, sendo que uma estava ilesa, duas com ferimentos leves, uma moderada, outras duas em estado grave e duas em óbito. Uma das vítimas em estado grave, inclusive, teve de ser transportada até o hospital pelo helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Conforme o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel Joilson Alves do Amaral, simulações emergenciais de grande magnitude como essa, servem para o aperfeiçoamento dos Bombeiros Militares e na oportunidade, alinhar as ações de emergências entre as instituições envolvidas. “Numa situação real em que nos deparamos com um cenário crítico como esse, é fundamental que as equipes tenham uma comunicação integrada e agilidade nas ações, para preservar a qualidade do atendimento às pessoas vitimadas e, por consequência na preservação da vida, do meio ambiente e do patrimônio”, pontuou.
“Neste simulado conseguimos mobilizar e envolver seis, dos nove departamentos da instituição, entre eles o voluntariado, a comunicação, logística, psicologia, gestão de riscos e desastres e primeiros socorros” disse Tácito Nogueira, presidente da Cruz Vermelha no Estado.
Segundo Émerson Lopes dos Reis, Diretor de Instituto de Criminalística de Mato Grosso do Sul, o simulado serviu para, entre outros fatores, reforçar as práticas das equipes de plantonistas da instituição, que fizeram todo o levantamento dos vestígios deixados na via e nos veículos envolvidos no exercício, de forma a identificar a causa determinante do evento em questão.
O simulado envolveu equipes do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU) da CCR MSVia, concessionária que administra a BR-163, Corpo de Bombeiros Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Cruz Vermelha de MS, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar Rodoviária de MS (PMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran/MS), Coordenadoria Geral de Perícias, Defesa Civil Estadual, Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Energisa. A transportadora Kátia Locatelli cedeu o caminhão para o cenário.“Foi possível aferir, além do tempo de deslocamento da equipe até o local, o tempo de atendimento da ocorrência que, apesar de não ser uma equipe de socorro, a demora da chegada da perícia implica diretamente na liberação da via, uma vez que a preservação da cena do acidente é fundamental para que a perícia possa realizar um estudo técnico satisfatório”, destacou Reis.
*Com informações da assessoria.