Cidades

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Pacientes tiram dúvidas por e-mail

Pacientes tiram dúvidas por e-mail

Redação

07/03/2010 - 12h30
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        Da redação

        O pediatra é tradicionalmente o médico mais importunado fora do horário de trabalho. Não bastasse a enorme lista de perguntas que os pais costumam levar ao consultório, sempre sobra uma dúvida para depois. Agora, para assuntos menos urgentes, o e-mail surge como alternativa na comunicação entre médicos e pacientes.
        A empresária Isabella Whitaker, mãe de um casal de gêmeos de 5 anos e de um bebê de 8 meses, conta que já recorreu diversas vezes à comunicação virtual. "Meu caçula, por exemplo, nasceu no inverno e, por causa do frio, teve muito problema de pele. Cheguei a tirar fotos e enviá-las para o médico para saber se era algo com que devia me preocupar", conta. "Em outra ocasião, minha filha reclamava de dor de cabeça. Descrevi os sintomas por e-mail e ele me orientou a levá-la imediatamente ao hospital, pois poderia ser meningite viral. Não deu outra."
        José Ricardo Brandão, pediatra e especialista em medicina da família, revela que, depois que colocou seu endereço de e-mail no cartão e passou a enviar avisos sobre vacinas e outras novidades a seus pacientes, eles começaram a escrever para pedir orientações e descrever sintomas. "Em alguns casos é possível fazer uma triagem e saber se há, de fato, necessidade de um exame físico", diz .
        Certa vez, o pai de um paciente que havia sofrido uma queimadura ligou para perguntar se era o caso de ir a um pronto-socorro. "Ele me enviou uma foto da queimadura e eu a encaminhei a um colega cirurgião plástico. Como o caso não era tão grave, foi possível passar algumas orientações por e-mail até que ele pudesse vir ao consultório no dia seguinte", conta.
        A obstetrícia é outra área propícia para o uso do e-mail, afirma Luciano Pompei, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. "Na gravidez, o corpo das mulheres passa por muitas mudanças e é natural surgirem dúvidas. Em questões corriqueiras, o e-mail resolve", diz.
        O ginecologista e obstetra Silvio Martinelli diz que o número de mensagens que recebe tem aumentado. "No começo, a quantidade não passava de 10 por semana, mas tenho respondido cerca de 15 por dia, a maioria com questões pontuais."
        Martinelli acredita que esse meio de comunicação oferece vantagens em relação ao telefone. "Posso responder em um horário mais conveniente e as informações ficam gravadas, podendo ser revistas a qualquer hora pela paciente." Outro benefício, diz ele, é a possibilidade de enviar imagens. "Na interpretação de exames parece mesmo que estamos analisando o laudo impresso", diz
        LIMITES
        Embora não exista no País uma regulamentação específica sobre o tema, o Código de Ética Médica veta a prescrição de tratamento ou outros procedimentos sem exame direto, salvo em casos de urgência e impossibilidade comprovada de realizá-lo.
        "E-mail é uma ferramenta que pode ser útil, mas é preciso usar com prudência. Rastrear o que é mais ou menos grave é possível, mas fazer diagnóstico a distância é muito perigoso", diz o presidente da Associação Paulista de Medicina, Jorge Carlos Machado Curi.
        "Mesmo quando o médico já acompanha o paciente há algum tempo, se surge um sintoma novo é imprescindível o exame físico. Dor no abdome pode ser desde uma simples virose até algo grave que necessite de cirurgia", afirma Curi.
        O primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina, Desiré Callegari, vai além. "A internet não garante o sigilo. A entrega do exame e a análise devem ser feitas pessoalmente."  (Do Estadão)

SEGURANÇA

Derrubada da Lei Seca não resultou em casos de embriaguez nos locais de votação

Mesmo com a venda e consumo de bebidas alcoólicas permitidas no dia de votação, nenhum eleitor foi flagrado alcoolizado em Mato Grosso do Sul

06/10/2024 18h50

Eleições do 1º turno em Mato Grosso do Sul terminaram sem ocorrência envolvendo consumo de bebida alcoólica em zonas eleitorais

Eleições do 1º turno em Mato Grosso do Sul terminaram sem ocorrência envolvendo consumo de bebida alcoólica em zonas eleitorais Foto: Marcelo Camargo/ABr

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A derrubada da Lei Seca feita em decisão do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), Desembargador Carlos Eduardo Contar, não resultou em casos de alcoolismos em locais de votação nas eleições, em Mato Grosso do Sul.

Segundo informações do secretário-executivo da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e Coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), coronel Wagner Ferreira, apesar da liberação de venda e consumo de bebidas alcoólicas no dia da eleição, as forças de segurança não tiveram registros de ocorrências envolvendo embriaguez nos locias de votação.

"Nos não tivemos nenhum registro. Porque o crime que pode ser cometido neste sentido, é o eleitor comparecer a sua zona eleitoral embriagado, poque isso pode trazer um transtorno no andamento da eleição", declarou Wagner.

O secretário também informou que foram registrados dois casos de desordem durante as eleições em Mato Grosso do Sul, porém nenhum destes casos informados se tratava de consumo de alcool nas zonas eleitorais.

"A gente percebeu não tivemos nenhuma ocorrência que demonstre que a revogação da Lei Seca possa ter comprometido no resultado das eleições", acrescentou.

DECISÃO

Neste sábado(5), horas depois da 35ª Zona Eleitoral de Campo Grande, e outras cidades anunciarem que a Lei Seca seria adotada nestas eleições, o presidente do TRE-MS, Desembargador Carlos Eduardo Contar, derrubou a Lei Seca, do qual previa a regulamentação de venda e consumo de bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais no dia das eleições municipais.

Segundo consta no documento publicado, dentre os motivos para a retirada da determinação foi que “a venda ou consumo de bebida alcóolica no dia das eleições não são condutas definidas como crime”, além de “não cabe ao agente político de qualquer uma das esferas de Poder, a qualquer tempo, decidir fora das normas constitucionais e legais”.

Após apresentar outras justificativas a favor da queda da Lei Seca, o Desembargador presidente tornou "sem efeito todas as Portarias e demais atos administrativos expedidos pelos Juízos Eleitorais do Estado de Mato Grosso do Sul nas eleições 2024, que versem sobre comércio e/ou consumo de bebidas alcóolicas".

ELEIÇÕES 2024

Operação das eleições prende 6 candidatos e 10 eleitores em Mato Grosso do Sul

No combate ao crime eleitoral R$ 7.954 foi apreendidos com flagrantes de crimes de compra de votos e boca de urna

06/10/2024 18h00

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido.

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido. Foto: Divulgação / Sejusp

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Durante o andamento das eleições municipais em todo o Estado a operação da Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) prendeu seis candidatos e dez eleitores em Mato Grosso do Sul. 

De acordo com o levantamento de ocorrências da Operação das eleições, as prisões de candidatos ocorreram nos municípios de Paranaíba, Itaquiraí, Sete Quedas, Água Clara, Santa Rita do Pardo e Rio Verde de Mato Grosso.

Os casos de prisão dos eleitores aconteceram nas cidades de: Itaporã (1), Paranaíba (2), Caracol (2), Água Clara (2) e Santa Rita do Pardo (3).

O município de Sete Quedas, segundo a Sejusp, foi a cidade onde ocorreu mais ocorrências envolvendo crimes eleitorais, com três flagrantes de compra de votos e um caso de desordem.

Neste final de semana foram apreendidos pelas forças de segurança R$ 7.954 usados para prática de crimes eleitoras junto com 6.253 materiais de campanha irregulares, além de um veículo apreendido.

Em entrevista coletiva, o secretário-executivo da Sejusp e Coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), coronel Wagner Ferreira, falou sobre o balanço geral das ocorrências em Mato Grosso do Sul.

"Foram pouquissimas ocorrencias por municipio, em um período no qual muitas pessoas estão nas ruas para irem aos locais de votação, que geram aglomerações ao longo do dia. Então realmente são registros muito baixo para um dia tão importante para nós", declarou Wagner.

Na capital Campo Grande, foi registrado apenas um caso de propaganda eleitoral irregular. Além de um atendimento de um idoso, de 60 anos, que sofreu uma crise convulsiva em uma escola na Vila Santa Luzia, sendo prontamente atendido pelo Corpo de Bombeiros.

No total foram registrados 26 crimes eleitorais em Mato Grosso do Sul.

COMANDO E CONTROLE

Segundo a sejusp os crimes eleitorais monitorados nestas eleições incluem: derrame de material de propaganda (conhecido como "chuva de santinhos"), corrupção eleitoral, boca de urna, transporte irregular de eleitores, concentração de eleitores, desordem, obstrução ao exercício do voto, desobediência, dano e destruição de urnas eletrônicas, crimes contra a honra, perturbação da propaganda eleitoral, fraude na identificação do eleitor, denunciação caluniosa eleitoral, entre outros.

A operação da Sejusp envolveu um efetivo de 3.694 efetivos empregados pelas forças de segurança, com uso de 286 viaturas, 4 aeronaves e 7 drones.

Desde o início da operação, equipes das Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal, além Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Guarda Civil Metropolitana, Coordenadoria-Geral de Perícias, Detran e Tribunal Regional Eleitoral, concentraram-se no CICC, recebendo e monitorando todas as ocorrências de crimes eleitorais tanto na capital quanto no interior do estado.

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