Cidades

Cidades

Padre admite abusos e pede proteção em Alagoas

Padre admite abusos e pede proteção em Alagoas

Redação

18/04/2010 - 22h30
Continue lendo...

     

        Da redação

        O padre Edilson Duarte admitiu que abusou sexualmente de ex-coroinhas menores de idade, em depoimento a Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) que apura casos de pedofilia o Brasil. A confissão foi feita em depoimento do religioso ao presidente da CPI, senador Magno Malta (PR-ES), durante audiência da Comissão no Fórum da Justiça Estadual, em Arapiraca, a 146 quilômetros de Maceió.

        

        

        Edilson disse ainda que os outros dois religiosos - monsenhores Luiz Marques Barbosa e Raimundo Gomes - também abusavam de ex-coroinhas desde que eles tinham 14 anos de idade. Além disso, o padre afirmou que o dinheiro do dízimo (das oferendas) era usado para pagar os menores que foram aliciados por ele e os outros dois religiosos.

        

        Acareado com o Edilson, os monsenhores Luiz Barbosa e Raimundo Gomes negaram as acusações e chamaram o acusador de "mentiroso". "Isso é um absurdo. Uma mentira deslavada" afirmou Barbosa, que aparece numa fita de vídeo fazendo sexo com um ex-coroinha de 19 anos. No entanto, durante a acareação com os religiosos, os ex-coroinhas confirmaram as acusações e deram detalhes dos relacionamentos.

        

        No início, Edilson também havia negado as acusações, mas decidiu assumir o crime e denunciar os demais religiosos em troca da delação premiada. Depois disso, ele se disse ameaçado de morte e pediu proteção à CPI.

        

        O senador Magno Malta disse que o pedido dele estava aceito e que ia pedir à Polícia Federal proteção para o religioso, que pode também entrar para o serviço de proteção às testemunhas. "Peço segurança porque o monsenhor Raimundo é muito perigoso e pode querer acabar com a minha vida, depois desse depoimento", afirmou Edilson.

        

        Questionado se essa preocupação do padre Edilson teria fundamento, monsenhor Raimundo disse que não e que não representaria nenhuma ameaça a colega. Raimundo também negou qualquer envolvimento sexual com os ex-coroinhas, embora tenha sido acusado por um deles, que disse ter sido molestado desdém os 14 anos.

        

        Já o monsenhor Luiz Barbosa - diante do vídeo exibido para o público durante a audiência - reconheceu que estava praticando ato sexual com o ex-coroinha Fabiano Silva Ferreira, de 18 anos. Mas disse que tinha sido apenas aquela vez. Ele foi desmentido por Fabiano e por mais dois ex-coroinhas. Barbosa também negou que usava dinheiro da oferta dada pelos fiéis à Igreja Católica, para pagar os adolescentes.

        

        O ex-coroinhas Cícero Flávio e Anderson Farias Silva também relataram que foram abusados sexualmente pelos três religiosos e que gravaram o vídeo para ter uma prova contra o monsenhor Luiz Barbosa. Os ex-coroinhas contavam que o Monsenhor Luiz Barbosa servia bebidas alcoólicas para eles e que inventava ''retiros espirituais'' em uma casa que mantinha na praia da Barra de São Miguel para abusar sexualmente dos menores.

        

        O ex-coroinha Fabiano afirmou que teve a primeira relação com o padre aos 16 anos, na catedral da cidade. "Ele perguntou minha idade e mesmo assim praticou o ato", assegurou, sendo confirmado pelo padre. "Às vezes eles nos davam R$ 5,00, R$ 10,00. Era um cala boca para que a gente não contasse, como se fôssemos garotos de programa", afirmou Cícero Flávio.

        

        O senador Magno Malta disse que as acusações são tão graves que vai pedir a prorrogação da CPI para continuar os trabalhos de investigação. "O prazo terminaria no início de maio, mas pelo visto nós devemos trabalhar até o final do ano", afirmou. (da redação)

Acerte seu relógio

Paraguai entra para o horário de Brasília e fica uma hora à frente de MS

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, assinou um decreto nesta quarta-feira (15) para que a população aproveite melhor a luz natural; medida causa confusão na fronteira

15/10/2024 17h45

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras Reprodução/

Continue Lendo...

Enquanto os brasileiros discutem a possibilidade de retornar o horário de verão devido à crise hídrica que preocupa especialistas, no Paraguai, o presidente Santiago Peña (Partido Colorado) decretou, nesta terça-feira (15), a adoção do horário de verão de forma oficial durante todo o ano.

Buscando fortalecer o comércio no país e aproveitar melhor a luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica, o Paraguai adotou o horário de verão em outubro deste ano. Agora, o país terá o mesmo fuso horário de Brasília durante todo o ano.

A partir de agora, com a nova lei, o Paraguai está migrando do fuso horário -4 GMT (quatro horas atrás do Meridiano de Greenwich) para o fuso -3 GMT, o mesmo adotado em Brasília, na Argentina e no Uruguai.

A mudança de horário pode desorganizar ainda mais o comércio na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, uma vez que ambos os municípios operam de forma integrada, separados apenas por uma rua.

No lado brasileiro, a discussão é semelhante. A reinstauração do horário de verão ajudaria a reduzir a conta de luz dos brasileiros, especialmente em um momento em que o país enfrenta uma severa crise hídrica devido às ondas de calor extremo e à falta de chuvas em diversas regiões.

O horário de verão no Brasil foi extinto em 2019, quando o presidente Jair Messias Bolsonaro revogou a prática por meio de um decreto. O texto justificava a medida com base em recomendações do Ministério de Minas e Energia, que indicou a pouca efetividade da prática na economia de energia.

O retorno do horário de verão será decidido a partir de amanhã (16). O tema se tornou um ponto de debate entre senadores e deputados, que argumentam a favor da reinstauração para aproveitar melhor a luz natural e também para alinhar os horários com os demais países do Mercosul.

Se o horário de verão for adotado novamente, Mato Grosso do Sul passará a compartilhar o mesmo horário do Paraguai. Caso a reinstauração do horário de verão não seja aprovada no Brasil, os horários entre os dois países funcionarão com uma hora de atraso em relação ao Paraguai.

Fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero faz da cidade um destino de compras

 

Assine o Correio do Estado

 

Mato Grosso do Sul

Tráfico: PF dá sequência à operação que respinga no "mais louco do Brasil"

Operação é desdobramento de investigação que respingou em "prefeito mais louco do Brasil"

15/10/2024 17h38

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15)

Polícia Federal desencadeou operação nesta terça-feira (15) Divulgação

Continue Lendo...

A Polícia Federal prendeu uma pessoa e cumpriou mais três mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (15) na cidade de Ivinhema. A ação policial, denominada Operação Defray, é um desdobramento da Operação Lepidosiren, deflagrada em 8 de agosto último. 

Os policiais federais combatem na cidade uma organização de traficantes internacionais, que transportam maconha e cocaína do Paraguai para o Brasil. Conforme os policiais federais existe na cidade “uma associação criminosa responsável pela organização, logística e financiamento do tráfico transnacional de entorpecentes local”.

Casa do prefeito apreendida

A operação que deu origem à ação desencadeada nesta terça-feira (15) respingou no prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), tucano que se autoproclama “o mais louco do Brasil”. A casa que o prefeito mora acabou “apreendida” (bem bloqueado) pela Justiça Federal. 

“Durante as diligências, foram identificados e apreendidos um imóvel no valor de R$ 458 mil e uma caminhonete avaliada em R$ 519 mil, além do bloqueio de bens totalizando R$ 100 milhões, pertencentes aos envolvidos”, informou a Polícia Federal.

Diante dos fatos, os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, tráfico transnacional de entorpecentes e financiamento ao tráfico.

A Operação Lepidosiren, que resultou na prisão de Luiz Carlos Honório ocorreu em 8 de agosto deste ano. Segundo a Polícia Federal, ele seria integrante de uma quadrilha e proprietário de um carregamento de  3,4 toneladas de maconha interceptado em junho de 2021.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).