Da redação
Quatro anos depois é que o Governo do Estado ? que anunciou que não vai pagar 15 dias aos professores da educação especial porque "a lei não permite" ? tomará providências para apurar por que estava mantendo o salário de um servidor acusado de assassinatos e foragido da Justiça. O governador André Puccinelli (PMDB) alegou que não sabia que o pistoleiro Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, constava na folha salarial do Estado, como agente de apoio da Secretaria de Estado de Fazenda, mesmo estando foragido e com prisão preventiva decretada por homicídio em São Paulo. Ontem, ele disse nesta segunda-feira ou na terça-feira deverá pronunciar-se a respeito.
"Tem que ver se ele era funcionário efetivo ou comissionado. Eu não estava sabendo", disse, logo após ler o jornal ao término da convenção do PMDB em Campo Grande.
Betão está desde sábado recolhido no presídio federal de Campo Grande. Ele foi preso na última sexta-feira, na cidade fronteiriça com Ponta Porã, Pedro Juan Caballero, no Paraguai, com grande arsenal. O pistoleiro é acusado pela polícia paraguaia de ser um dos "soldados" do narcotraficante Fernandinho Beira-Mar e de ter cometido aproximadamente 30 homicídios no Brasil. Quando de sua prisão, Betão estava acompanhado pelo agente civil Vlademirson Daniel Olmedo e o militar Wilson Figueiredo. O trio estava com um arsenal na residência, como fuzis da marca Rugger 762 e 556, com dois carregadores, uma pistola Jericó, uma pistola Smith Wesson com silenciador calibre 22 mm largo, rifles de calibres 44, 22 e 75, entre outros.