Em 1999, a assinatura do Protocolo de Kyoto que envolveu os países da Organização das Nações Unidas (ONU), determinou metas para redução na emissão de gases que produzem o efeito estufa (GEE). A partir daí, ficou definido que os países que mais emitem poluentes podem adquirir créditos dos países menos poluidores. Isso funcionaria como uma espécie de autorização para gerar gases além do estipulado.
O mesmo também acontece com empresas. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aqueles que conseguem reduzi-las a índices inferiores aos permitidos podem vender, a preços de mercado, o excedente da redução.
Para efeito de cálculo, cada tonelada de monóxido de carbono (CO2) equivale a um crédito. Outros gases têm seu número de créditos calculados a partir do CO2. O metano (CH4), por exemplo, é 21 vezes mais poluente do que o monóxido de carbono. Por isso, cada tonelada de CH4 equivale a 21 créditos.
Esses pontos são colocados à venda através de bolsas de valores e, então, empresas e governos podem comprá-los para compensar suas emissões de poluentes ou para revender a outros interessados. Dessa transação, gera-se o lucro. Atualmente, o mercado europeu tem sido o maior comprador de créditos de carbono do mundo. (BG)