Países doadores prometeram aumentar a quantidade de dinheiro ao Paquistão e o ministro das Relações Exteriores do país, Shah Mahmood Qureshi, disse que a meta de US$ 460 milhões será "facilmente atingida".
Qureshi está nos Estados Unidos, onde participou de um encontro emergencial nas Nações Unidas sobre as enchentes no Paquistão.
Cerca de 20% do país está submerso. Pelo menos 20 milhões de pessoas - ou 10% da população - foram afetadas. Especialistas afirmam que há demanda urgente por abrigo, comida e água potável. Caso contrário, pode haver uma catástrofe humanitária.
Antes do encontro na sede da ONU, em Nova York, o secretário-geral das Nações Unidas havia dito que sequer metade da meta de US$ 460 milhões foi atingida e que a resposta da comunidade internacional ainda é lenta. Ele afirmou que o Paquistão passa por um "lento tsunami".
Doações
Os Estados Unidos anunciaram que contribuirão com mais US$ 60 milhões, elevando o total de doações americanas para US$ 150 milhões.
A União Europeia também prometeu mais US$ 180 milhões, com a Grã-Bretanha duplicando a sua contribuição para US$ 100 milhões.
A Alemanha aumentou a ajuda para US$ 32 milhões. Segundo o ministro paquistanês, a Arábia Saudita prometeu mais de US$ 100 milhões.
O Paquistão anunciou também que aceitará a doação de US$ 5 milhões da Índia. A relação entre os dois países voltou a ficar estremecida recentemente com o aumento das tensões na região da Caxemira, disputada por ambos os lados.
A China deve anunciar uma doação nesta sexta-feira, na segunda sessão da ONU sobre o Paquistão.
"Se você somar tudo isso, o valor é substancial", disse Qureshi.
Na quinta-feira, o ministro afirmou que qualquer falha em ajudar seu país neste momento pode ser aproveitada por extremistas.
"Se falharmos, podemos comprometer os ganhos feitos pelo governo em nossa difícil e dolorosa luta contra o terrorismo. Nós não podemos deixar que esta catástrofe se torne uma oportunidade para terroristas", disse.
Há temores de que ocorram novas inundações no Paquistão , já que o nível do rio Indo continua subindo no sul do país.
Mais de 1,5 mil pessoas morreram devido às enchentes, que também destruíram estradas e pontes e inundaram plantações.