emprego de muitas pessoas”.
Mal fez a declaração, depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto, Dilma fez questão de explicar que a regulamentação não é de responsabilidade da União e deve ser discutida em cada cidade e estado.
“Não é uma coisa tranquila. Depende também da regulamentação de cada cidade, cada estado. Não é a União que decide isso. Ele tira os taxistas do seu emprego”, afirmou a presidenta. “Eu acho que o Uber é complexo porque ele tira o emprego de muitas pessoas. Ele não é uma coisa tranquila”, emendou.
A presidenta reconheceu que o aplicativo representa avanços tecnológicos e tem provocado mudanças em todo o mundo.“Você sempre tem de pesar, de ter posição mais ponderada. É obvio que tecnologia sempre produziu isso no mundo. Meu avô era seleiro, você imagina o que aconteceu com emprego dele quando apareceram os carros. A vida é assim”, disse.
O Uber chegou ao Brasil em julho de 2014 e, desde então, tem sido alvo de debate. Estados e municípios têm discutido a legalidade do aplicativo.
PROJETOS
Em julho, a Câmara de Vereadores paulistana aprovou, em primeira votação, projeto de lei que proíbe o uso de carros particulares cadastrados em aplicativos para transporte remunerado de passageiros. Uma segunda votação, antes que o projeto seja remetido à sanção do prefeito Fernando Haddad (PT), está marcada para 9 de setembro.
Além de São Paulo, vereadores do Rio de Janeiro aprovaram, no final de agosto, projeto contra aplicativos de transporte, como o Uber.
O serviço de transporte funciona por meio de um aplicativo no qual passageiro e motorista se cadastram. O primeiro recruta o segundo pelo smartphone, assim como acontece com os aplicativos de táxi.O funcionamento é parecido ao de um táxi.
CPMF deve voltar à pauta
Dois dias depois de apresentar uma proposta de Orçamento deficitária, a presidenta Dilma Rousseff disse que não gosta da CPMF, mas que não afasta a possibilidade de o governo precisar de novas fontes de Receita. Ela afirmou ainda que enviará adendos ao texto do Orçamento.
“Não gosto da CPMF. Acho que a CPMF tem suas complicações. Mas não estou afastando a necessidade de fontes de receita, não estou afastando nenhuma fonte de receita. Quero deixar isso claro para depois, se houver a hipótese de a gente enviar essa fonte, nós enviaremos”, afirmou Dilma.
A presidenta também saiu em defesa do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Segundo ela, o ministro não está nem desgastado nem isolado. E comparou o governo a uma família, instituição que, de acordo com Dilma, nem sempre concorda, mas senta para debater os problemas. Ela afirmou que o governo não fugirá da responsabilidade de resolver o déficit, mas pediu união de todos para buscar uma solução.