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PANDEMIA

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Para evitar lotação, prefeito pede mais ônibus nas linhas do transporte coletivo

Marcos Trad pediu ainda materiais para evitar contágio do novo coronavírus

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Em reunião na segunda-feira (16) com o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine de Lima Bruno, e João Rezende Filho, diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, concessionária que opera o transporte coletivo, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), recomendou que o grupo disponibilize mais ônibus nas linhas para evitar lotação. A medida é para evitar o contágio da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Ao Correio do Estado, Trad disse que não tem poder de obrigar. “Foi apenas um pedido, não temos o poder de determinar, até porque eles tem um contrato, e fazendo todas essas exigências, pode ter algum custo para as empresas”, explicou. O prefeito ouviu do diretor-presidente do consórcio que iria reunir a direção do grupo para tomar uma decisão.

O Correio do Estado entrou em contato com João Rezende Filho, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Trad relatou ainda que pediu que sejam tomadas outras medidas de prevenção. “Eigimos deles medidas de cautela, álcool em gel, máscaras, de abertura de todas as janelas dos ônibus, a disponibilidade de novos ônibus pelo menos nos próximos 20 dias”, finalizou.

 

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IDOSOS

Federações de indústrias, comércio e outros grupos empresariais formaram o Comitê de Monitoramento de Crise (CMC) da Covid-19 na segunda-feira. O presidente do CMC, Sérgio Longen - que é o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiems) -, explicou que as primeiras ações do grupo são as voltadas a área de saúde. “A ideia, por exemplo, é que a gente fortaleça o transporte coletivo com ações que poderão amenizar os impactos. Muitos nesse momento tem usado os ônibus na gratuidade, talvez a gente possa reduzir um pouco desse transporte gratuito, fazendo com que diminua o número de idosos, por exemplo, no transporte coletivo neste momento. São demandas que foram colocadas na mesa e nós vamos tentar a partir daqui estruturar uma ação organizada para essa demanda”, relatou.

RECOMENDAÇÃO

No sábado (14), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), disse em entrevista ao Correio do Estado, para a população para evitar ônibus lotados. “O transporte público também deve se organizar, a cidade precisa organizar fluxos, horários, para descomprimir o horário de pico”, afirmou.

Entre as sugestões feitas pelo ministro, ele observou em relação ao horário de abertura das empresas, geralmente entre 7h e 8h, quando os funcionários já devem estar no local para iniciar o dia de trabalho.

“[É necessário] organizar o horário das empresas, não precisa todo mundo abrir às 7h, pode ser às 9h ou às 10h, para não lotar o ônibus”, disse Mandetta.

A organização do fluxo para utilização do transporte coletivo é a principal preocupação de Mandetta em relação à disseminação do vírus, que tem uma particularidade. O coronavírus, em comparação ao H1N1, por exemplo, é mais contagioso e menos letal.  

“Tem diferença [entre coronavírus e H1N1] porque a transmissão deste agora é muito maior, a letalidade do H1N1 era de gestante e jovens. Essa discussão sobre aulas era muito maior, era terrível ver jovens e gestantes falecerem por H1N1, como aconteceu em Campo Grande (na época do surto, em 2009, quando ele era o secretário municipal de Saúde). Mas as transmissões eram menores. Nesse agora eu acho que a gente pode ter uma transmissão maior e uma letalidade menos dramática, porque esse vírus não me parece que tenha letalidade de jovens. Mas a letalidade daqueles que têm doenças associadas chega a 15%, 20%, na última faixa etária”, explicou o ministro.  

Cidades

Cobertura vacinal contra a pólio no Brasil melhora, diz Unicef

Número de crianças não vacinadas caiu no ano passado

23/04/2024 15h00

Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Em 2022, das 2.922 crianças nascidas vivas no Brasil, 243.008 estavam sem a primeira dose da vacina que protege contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. No ano passado, de 2.423.597 crianças nascidas vivas, 152.521 crianças estavam sem a dose – uma redução de mais de 90 mil no total de crianças sem a imunização. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (23) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em Brasília.

A chefe de Saúde do Unicef Brasil, Luciana Phebo, lembrou que o país vivencia quedas nas coberturas vacinais dos principais imunizantes do calendário infantil desde 2015 e que o cenário se agravou em meio à pandemia de covid-19. “Após anos de piora, o Brasil começou a retomar a vacinação”, disse, durante coletiva de imprensa. “Mais de 90 mil crianças. Essa é a diferença. Uma diferença expressiva”, completou.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, avaliou que o Brasil registra “uma virada” no cenário de coberturas vacinais. “Estamos vivendo uma virada. Uma virada na direção de alcançarmos coberturas vacinais necessárias para a proteção de nossas crianças, de nossa sociedade, de nossos adolescentes”, disse, ao citar especificamente a vacinação contra o HPV que, este ano, passou a ser feita em dose única para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.

Nísia destacou que 13 das 16 principais doses infantis que constam no Programa Nacional de Imunizações (PNI) apresentaram melhoras na cobertura vacinal em 2023 quando comparadas ao ano anterior. Entre os imunizantes citados pela ministra estão: pólio, pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana.

“Foi uma virada com muita luta. Devemos sim celebrar, mas também apontar os caminhos que temos pela frente”, avaliou Nísia. “Esse aumento geral da cobertura coloca muito bem esse avanço que, como eu disse, celebramos, mas com a consciência de que temos muito a avançar”, completou.

Américas

Em meio à Semana Mundial de Imunização e à Semana de Vacinação nas Américas, celebradas de 24 a 30 de abril, a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross, destacou a importância do esquema vacinal contra a pólio. “A criança não ter esse direito é algo muito significativo”, disse. No Brasil, a partir deste ano, a vacina oral contra a pólio está sendo gradativamente substituída pela versão inativada e injetável do imunizante.

A forma injetável é aplicada aos 2, 4 e 6 meses de vida, conforme o Calendário Nacional de Vacinação. Após o período de transição, que começou no primeiro semestre de 2024, crianças que completarem as três primeiras doses da vacina irão tomar apenas um reforço com a injetável aos 15 meses.

A dose de reforço, até então administrada aos 4 anos, não será mais necessária. A atualização considerou critérios epidemiológicos, evidências relacionadas à vacina e recomendações internacionais sobre o tema. 

Para Socorro, três intervenções em saúde pública são consideradas essenciais pela Opas para garantir qualidade de vida a todas as crianças: acesso à água potável, aleitamento materno e vacinação. “A região das Américas sofreu muito ao longo dos últimos anos. Perdemos muito nas coberturas de vacinação.”

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MATO GROSSO DO SUL

PF encontra material pornográfico infantil em casa de Corumbá

Mandado de busca e apreensão foi cumprido na manhã desta sexta-feira (23) pois morador armazenava vídeos e imagens sexuais envolvendo crianças e adolescentes

23/04/2024 12h37

Foi encontrado um armazenamento de "vídeos e imagens pornográficas e sexuais envolvendo crianças e adolescentes" Reprodução/PFMS

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Através da Polícia Federal, agentes foram a campo em Corumbá, na manhã desta terça-feira (23), em operação de combate ao abuso sexual infantil, batizada de "Nicolau I". 

Além de inspirar o mito do Papai Noel, São Nicolau ficou mundialmente conhecido por sua partilha de bens, com sua herança doada voluntariamente aos pobres, mas também por ser considerado o protetor dos jovens e crianças. 

Segundo a Polícia Federal, as ações na Cidade Branca aconteceram para o cumprimento de um mandado de busca domiciliar. 

Ainda, a PF informa que o mandado expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Corumbá visava a apreensão de diversas mídias digitais que, agora, serão encaminhadas para a perícia da Polícia Federal.

Com o morador residente na conhecida "Cidade Branca", foi encontrado um armazenamento de "vídeos e imagens pornográficas e sexuais envolvendo crianças e adolescentes", expõe a PF em nota. 

As investigações apontaram para o armazenamento e, diante da prática criminosa descrita no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 

Como esclarece o ECA, é considerado crime: adquirir, possuir ou armazenar material que contenha qualquer forma de registro de sexo ou pornografia envolvendo crianças ou adolescentes. 

Coibindo o crime

Só por parte da Polícia Federal, até o momento, em 2024, outras duas operações, para além da "Nicolau I" buscaram combater o crime de abuso sexual infantil. 

As fases "V e VII" da Operação Rede Limpa agiram tanto em Campo Grande quanto em Costa Rica, nos dias 15 de janeiro e 17 de abril, respectivamente, com os mesmos objetivos de cumprimento de busca e apreensão. 

Em Costa Rica, o casal em questão, além de armazenar os conteúdos criminosos, foram presos pela suspeita de divulgarem as imagens e vídeos dos abusos pela internet.

Conforme o texto da lei, o ECA estipula que incorrendo no crime, as penas máximas previstas podem chegar até quatro anos de reclusão.

Importante apontar para o trabalho policial de combate ao abuso sexual infantil, justamente pelo fato de que essas operações, ainda que em sequência de investigações, podem resultar em prisões, mesmo com mandados de apenas busca e apreensões. 

Vale citar, por exemplo, o caso registrado no início de novembro do ano passado, quando em cumprimento de mandado inicial de busca e apreensão, o suspeito - que na ocasião vivia em Campo Grande - foi preso durante a terceira fase da Operação Cyber Argos da PF. 
**(Colaboraram João Gabriel Vilalba e Glaucea Vaccari)

 

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