Cidades

MINISTÉRIO PÚBLICO

Para preservar o que resta de Mata Atlântica, MPE dá início à operação

Ação acontece no Mato Grosso do Sul e outros 16 estados

ALÍRIA ARISTIDES

16/09/2019 - 12h40
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Visando coibir o desmatamento em regiões de Mata Atlântica, o Ministério Público do Mato Grosso do Sul e de outros 16 Estados, todos os que abrigam o bioma, deflagraram hoje (16) a 3° edição da Operação ‘Mata Atlântica em Pé’. A operação, que vai até sexta-feira (20), recebe o apoio da Polícia Militar, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e de órgãos estaduais ligados à questão ambiental. O trabalho feito na operação inclui vistorias, autuações e outras medidas em propriedades onde houver a confirmação de desmatamento de Mata Atlântica através de ferramentas de geoprocessamento.

O Mato Grosso do Sul participa pela segunda vez da operação de âmbito nacional. No Estado, a iniciativa contará com 18 equipes para a ação, 15 delas formadas por homens da Polícia Militar Ambiental e o restante por agentes do Ibama. Serão alvos da operação 118 propriedades em 20 municípios sul-mato-grossenses, cerca de 1200 hectares, onde foram detectados através de satélites sinais de desmatamento. Do total de municípios, 13 serão de responsabilidade da PMA e 7 do Ibama.

A ação no Estado é coordenada pelo Ministério Público através do Promotor de Justiça do Núcleo Ambiental, Luciano Furtado Loubet. De acordo com o Promotor, o objetivo da operação é tanto de fiscalizar focos de desmatamento quanto de promover a conscientização ambiental. “As pessoas saberem que as ações de desmatamento estão sendo fiscalizadas por satélite e depois em campo acaba inibindo a própria prática ilegal”, afirmou.

Na segunda edição da operação, realizada no ano passado, houve participação de 15 estados brasileiros. Foram confirmadas áreas de desmatamento que juntas atingiam 5.285 hectares de florestas. A fiscalização, feita em 517 propriedades em território de Mata Atlântica, apreendeu cerca de 870 caminhões carregados de madeira e emitiu multas de quase R$21 milhões. 

Para direcionar as equipes atuantes nas áreas de desmatamento, foram utilizadas como suporte imagens de satélites e atlas desenvolvidos pelo Núcleo de Geoprocessamento (Nugeo), SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Entre as metodologias aplicadas, estão as imagens comparativas entre o estado atual das localidades e a situação em períodos anteriores. De acordo com o comandante da PMA/MS, Tenente-Coronel Edmilson Queiroz, as tecnologias são aliadas essenciais no combate aos crimes ambientais. “Os locais que nós fomos são descobertos por imagens de satélites. Estas tecnologias cada vez mais avançam e subsidiam os autos de infração, a parte penal e a parte civil de reparação desse dano, mas também diminui recurso público investido porque direciona a ação”, enfatiza. 

DIVERSIDADE

Participam da ação todos os estados do país que possuem resquícios do bioma Mata Atlântica. À partir dos seus Ministérios Públicos, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe aderiram à 3ª edição da Operação ‘Mata Atlântica em Pé’. 

O Bioma de floresta tropical visado pela operação, localizado em área litoral e parte central do Brasil, é um dos sistemas mais devastados pela ocupação humana, contando apenas com cerca de 12% de vegetação original. Deste total, 80% são mantidos em propriedades particulares.

 A preservação da Mata Atlântica é visada por influenciar questões como  a qualidade do abastecimento de água das cidades, regulação do clima e  proteção do solo.  Abrigando grande diversidade de espécies de fauna e flora, a Mata Atlântica conta com mais de 20 mil espécies de plantas, oito mil delas endêmicas, além de cerca de 298 espécies de mamíferos, 992 espécies de aves, 200 répteis, 370 anfíbios e 350 peixes.  O ecossistema também está associado a outros, como restingas, manguezais, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais.  

No Mato grosso do Sul, os principais remanescentes de Mata Atlântica estão concentrados em áreas da  Serra da Bodoquena, planície do Rio Paraná, próximo da divisa dos Estados de São Paulo e Paraná e em fragmentos isolados em áreas indígenas situadas no sudoeste do Estado.

 

Cidades

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

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Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

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Cidades

Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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