Três missões oficiais - da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Centro de Assessoria e Promoção Eleitoral (Capel) e da Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes) - e mais de 200 observadores internacionais independentes, entre os quais 14 brasileiros, estão no Paraguai para acompanhar as eleições gerais.
"As nossas expectativas são as melhores possíveis, no sentido de que parece que o Paraguai pela primeira vez, de fato, tem a oportunidade de expressar uma posição nas urnas que não é a posição oficialista", afirma o brasileiro José Arbex Junior, representante da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Apesar de admitir que existe uma tradição de fraudes, ameaças e violência, especialmente por parte do partido do governo, a Associação Nacional Republicana, o Partido Colorado, Arbex Junior diz acreditar que hoje se tem uma candidatura de oposição que é muito forte. "Eu não sei se eles [colorados] vão se sentir encorajados a adotar esse tipo de ameaça, então eu acho que a gente vai ter alguma chance de ver um processo bom".
Depois de ter reuniões com os principais candidatos na sexta-feira (18), ontem (19) os observadores independentes definiram quem deve acompanhar a votação em cada um dos locais utilizados pela Justiça Eleitoral.
Segundo informações da Justiça Eleitoral e de observadores independentes, até ontem não haviam sido feitas denúncias oficiais de fraudes, mas apenas suspeitas. A imprensa local, no entanto, fala em fraudes, como registros duplicados e de pessoas com até 140 anos.