Uma parceria entre a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e o Ministério da Saúde pode evitar que os medicamentos pertencentes ao kit intubação, como relaxantes musculares e anestésicos, faltam em Mato Grosso do Sul. Na semana passada, hospitais de Campo Grande alertaram que o estoque para esses remédios estava baixo e que poderiam vir a faltar.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, o governo do Estado tem cobrado da União a chegada desses medicamentos, para que não haja desabastecimento em Mato Grosso do Sul, principalmente na Capital, epicentro da pandemia da Covid-19 na unidade federativa.
“O estoque desses medicamentos está muito baixo e a gente tem feito várias cobranças junto ao Ministério da Saúde para que nos envie esse medicamento e fazendo também os processos de licitação. As indústrias do Brasil estão com a capacidade máxima de fabricação desses medicamentos esgotada, ou seja, tudo que produz está sendo consumido porque nunca se teve tando uso desse kit intubação como está acontecendo esse momento”, lembrou o secretário.
Conforme Resende, a parceria entre a entidade nacional e a Pan-Americana é a esperança para que essa situação de caos não aconteça. “Me parece que está dando certo para que seja encaminhado a todos os estados brasileiros, mas principalmente para Mato Grosso do Sul, um quantitativo desses medicamentos suficiente para manter nossos pacientes em UTIs, para dar suporte a suas vidas”.
Na semana passada o Correio do Estado mostrou a situação complicada que passavam os hospitais de Campo Grande. Na Santa Casa, por exemplo, algumas medicações eram suficientes apenas para esta semana. A mesma situação também foi relatada em hospitais particulares, como o El Kadri, que estava conseguindo fazer compras suficientes apenas para 5 dias de uso.
A falta desses medicamentos ocorre em função da pandemia da Covid-19, que tem levado muitas pessoas a necessitarem de unidades de terapia intensiva (UTIs). e uso de respiradores para se recuperarem da doença. Com essa maior ocupação desses leitos, maior a necessidade de a utilização dos remédios para manter esses pacientes em coma induzido.