Pelo menos 11 parentes de pessoas que morreram em unidades de saúde de Campo Grande ou que as famílias acreditam terem sido vítimas de erro médico caminham em protesto na manhã desta quarta-feira (26). O grupo foi até onde é realizado o desfile cívico da Capital, chegou a ser barrado pela Polícia Militar, mas foi recebido por Alcides Bernal (PP), prefeito por liminar.
Com cartazes e emocionados, os familiares se concentraram na Rua Calógeras e seguiram em caminhada pela Rua 14 de Julho. O ponto final do protesto será no mesmo local onde será realizado o desfile cívico da cidade.
Irmão de Laudelino Souza, que morreu na semana passada aos 29 anos depois de ter falta de ar, procurar um posto de saúde e ser liberado, Evanildo Souza Mamede, 37 anos, também participa do protesto.
Segundo ele, o irmão procurou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Vila Almeida na última sexta-feira (21) com falta de ar e dores no peito. Segundo ele, o rapaz foi liberado antes mesmo de os exames ficarem prontos. “Ele só precisava de atendimento médico”, disse o irmão.
Entre os parentes o pensamento é o mesmo. Para que a saúde da Capital tenham mais estrutura e qualidade, os profissionais precisam receber salário adequado.
Com a nova gestão de Alcides Bernal, o grupo espera em mais atenção para a saúde. “Esperamos que se mostre o que realmente está acontecendo nos postos de saúde para que os erros não ocorram”, disse Valdemar Morais, presidente da Associação de Vítimas de Erros Médicos do Estado.