Cidades

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Parlamentar diz que pedofilia choca mais que exploração sexual

Parlamentar diz que pedofilia choca mais que exploração sexual

Redação

06/02/2010 - 15h00
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        Da redação

        Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Criança e do Adolescente no Congresso Nacional, o deputado federal Paulo Henrique Lustosa (PMDB-CE) afirma que ?a pedofilia choca a sociedade e a exploração sexual tende a ser mais tolerada?.

Com relação à exploração comercial, ele cita os dados de estudos repassados à frente parlamentar que mostram que mais da metade das famílias sabe da ?atividade?, mas considera o dinheiro obtido pela criança importante para o sustento. Uma realidade que desafia o alcance das políticas sociais.

O número de casos é maior em rodovias e destinos turísticos. ?São áreas de muito fluxo de passagem que geram uma propensão maior ao problema. O Estado tem que dar opções para os jovens. É importante a educação nas escolas, a informação e o incremento dos programas de transferência de renda para que haja um impacto positivo?, defende Lustosa.

Ainda de acordo com estudos encaminhados à frente, dos 80 casos identificados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 2004 e 2005, 34 deram origem a processos judiciais. Mais da metade sequer se converteu em processos.

Os motivos vão desde falhas no inquérito policial até o desaparecimento da vítima ou a intimidação por parte de pessoas influentes, o que reflete a impunidade, comum em casos de violência sexual infantojuvenil.

?Hoje, cinco anos depois, alguns desses rapazes e moças já reconstruíram sua vidas, são casados, mas não se libertam do convívio com o problema. Apenas sete casos foram julgados e houve, nestes, três condenações. Ou seja, houve condenações em menos de 10% dos principais casos identificados pela CPMI. O grau de impunidade é tal que sequer conseguimos levar ao júri esses criminosos?, critica Lustosa.

A nova legislação que definiu como estupro de vulnerável qualquer relação sexual mantida com menores de 14 anos é defendida pela Frente Parlamentar, apesar das críticas de operadores do Direito Penal para os quais o rigor normativo pode abrir brecha para aplicação de penas desproporcionais.

A Lei 12.015, que passou a valer em 7 de agosto do ano passado, promoveu alterações no Código Penal e na Lei de Crimes Hediondos com o objetivo de tornar mais severas as punições aos crimes de estupro e pedofilia.

?Foi melhor pecar pelo excesso do que pela falta. É melhor esperar uma interpretação moderada do Judiciário do que deixar brecha na legislação para uma condescendência exagerada. A lei avançou demais nas tipificações do crime. O estupro era caracterizado pelo coito vaginal com violência, mas tirava outras formas de violência desta categoria. As palavras são importantes. Demos mais instrumentos para a polícia e o Judiciário agirem?, justifica Lustosa.

O parlamentar ressalta que, além das modificações na legislação, o esforço do Estado para coibir crimes sexuais contra crianças deve passar pelo aprimoramento do Disque 100, pelo fortalecimento e qualificação dos conselhos tutelares e pela construção de centros de apoio e de mais delegacias especializadas em proteção à criança e ao adolescente. (da Radiobrás)

ABRANGE MS

Aquífero Guarani corre o risco de secar, alerta estudo

Chuvas não estão sendo suficientes para repor volume na maior reserva de água doce subterrânea do mundo

12/10/2024 17h30

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países Reprodução / Jornal Nacional

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O Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água doce do planeta, está secando. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que concluiu que as chuvas atuais não são suficientes para repor o volume de água da reserva.

O Aquífero Guarani se estende por uma área total de aproximadamente 1,2 milhão de quilômetros quadrados, abrangendo partes de sete estados brasileiros, incluindo Mato Grosso do Sul, além de partes do Paraguai, Uruguai e Argentina.

A seca histórica no Brasil tem gerado efeitos visíveis, como queimadas e a diminuição dos níveis dos rios, mas o problema se estende também à camada subterrânea de água.

Segundo o estudo, atualmente, o consumo de água do Aquífero Guarani é maior do que sua reposição, com perspectiva de redução do nível de 120 metros em 70 anos em algumas áreas.

De acordo com o professor Didier Gastmans, pesquisador do Centro de Estudos Ambientais da Unesp, a falta de chuvas é o principal fator que impede a recomposição do aquífero.

"Nós não estamos recompondo porque não está chovendo nada, e o que acaba acontecendo é que você acaba usando a água para os mais diversos fins”, explica.

Além disso, o aumento da temperatura global provoca uma evaporação mais rápida da água das chuvas, dificultando ainda mais a infiltração no solo.

"A movimentação é muito lenta. A água se movimenta a uma taxa de centímetros por ano", afirma Gastmans, destacando que as águas têm mais de 100 mil anos e infiltraram-se há milênios.

O Aquífero Guarani é importante para o abastecimento de cerca de 90 milhões de pessoas no Brasil. Durante períodos de seca, ele pode responder por até 90% da descarga das nascentes, sendo o segundo maior uso para irrigação agrícola.

No entanto, a exploração excessiva, aliada a secas prolongadas, ameaçam sua capacidade de manter o fluxo dos rios e nascentes, o que pode agravar crises hídricas.

Diante desse cenário, o professor alerta para a necessidade urgente de um sistema de monitoramento em tempo real que permita uma gestão adequada dos recursos hídricos.

"Precisamos saber quando podemos utilizar água superficial e quando devemos recorrer à água subterrânea, de forma que respeite a capacidade do aquífero e atenda às demandas", conclui.

Aquífero Guarani abrange partes de sete estados brasileiros e outros três países

Aquífero guarani

O Aquífero Guarani está localizado na região centro-leste da América do Sul e ocupa área de 1,2 milhão de km², estendendo-se pelo Brasil (840 mil km²), Paraguai (58,5 mil km²), Uruguai (58,5 mil km²) e Argentina (255 mil km²).

Trata-se de um lago subterrâneo de água doce maior do que a área somada da França, Espanha e Inglaterra.

Da área total, 2/3 estão localizados em território brasileiro, abrangendo estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A área de afloramento do aquífero mais importante em MS representa cerca de 31.299 km², localizada na região nordeste e parte da sudoeste, abrangendo em quase toda sua extensão a bacia hidrográfica do Alto Taquari.

Entre os municípios mais importantes estão São Gabriel do Oeste, Coxim, Camapuã, Alcinópolis, Pedro Gomes e Sonora. Há outra porção situada a oeste de Campo Grande, que se estende até o Paraguai. 

fatalidade

Helicóptero de resgate cai e deixa mortos em Minas Gerais

O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto

12/10/2024 17h02

Helicóptero atuava em resgate quando caiu

Helicóptero atuava em resgate quando caiu Foto: Divulgação

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Um helicóptero que transportava uma equipe do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais para realizar uma operação de resgate caiu e ocasionou a morte de todos os seis tripulantes O grupo atuava em buscas na região onde caiu um avião monomotor, em Ouro Preto.

A equipe era composta por quatro bombeiros, um médico e um enfermeiro. Desde o fim da tarde de sexta-feira, 11, o helicóptero estava desaparecido.

A equipe tinha conseguido acessar o local do acidente do monomotor e aguardava melhoria do tempo para retornar. A última informação dada pelo comando da aeronave foi de que não havia visibilidade e segurança para retornar.

"As buscas foram intensas em dificuldade, em um terreno íngreme e acidentado. E também a chuva era muito intensa", disse o porta voz do Corpo de Bombeiros, 1.° Tenente Henrique César Barcellos.

Segundo ele, o comandante do helicóptero tinha ampla experiência em operações de resgate e atuou em Brumadinho, quando uma barragem de rejeitos rompeu e deixou mais de 200 mortos.

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