Quem aproveitou a reabertura para visitar o Parque das Nações Indígenas nesta quinta-feira (8), se deparou com uma cena lamentável, o lago principal, muito fotografado por campo-grandenses ao pôr do sol, está praticamente seco.
De acordo com o Governo do Estado, ele foi esvaziado para a realização de obras de revitalização. As intervenções já foram concluídas, mas o processo de enchimento é lento devido aos efeitos da prolongada estiagem.
Uma moradora de 25 anos, que preferiu não se identificar, contou que frequentava o parque pelo menos três vezes na semana, e agora na reabertura se lamentou com a cena de um dos cartões-postais da Capital. “Agora vou voltar a frequentar, mas sem muita vontade porque está feio”, argumentou.
“Eu acho uma pena porque a gente ficou tanto tempo sem poder vir, aí quando reabre está desse jeito. Mas não é só esse lago que está seco, vários rios secaram, então temos que entender. Mais do que a gente que não vai poder usufruir do lago, eu fico preocupada com as capivaras e os outros animais que têm aqui”, concluiu a moradora.
O reservatório tem uma área de cinco hectares de espelho d’água. Inicialmente, a água das nascentes será absorvida pelo solo seco, até atingir o nível das comportas.
Essa etapa é coordenada pela secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).
“Essas obras eram essenciais, principalmente porque é o que embeleza o Parque das Nações Indígenas”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.
Obras
No período o Parque esteve fechado à visitação, foram executadas obras de recomposição do gabião na barragem do lago principal, visando estabilizar a estrutura e impedir a continuidade do desprendimento das pedras.
Com recursos de R$ 617.846,19, também foram feitas a recomposição das estruturas de contenção das cabeceiras nas pontes e uma estrutura em gabião para conter o solo que recobre os elementos de fundação e por fim, o aterro sobre os elementos de fundação.
Foi construído uma nova passarela para o monumento do Cavaleiro Guaicuru, com 14 metros de extensão, que se abre em Y, com 5 metros para cada lado, abraçando a ilha.
Ao contrário da antiga passarela, esta não vai permitir a chegada ao monumento, somente sua contemplação. Agora, só se chega à ilha do Cavaleiro Guaicuru de barco, para fazer as manutenções necessárias.
O conjunto de decks do lago principal também foi renovado, o contrato total alcançou R$ 109.368,00. Construídos há mais de 15 anos, os decks nunca haviam passado por manutenção estrutural.