O pastor americano Terry Jones disse em entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal USA Today que se recebesse um pedido da Casa Branca, do Departamento de Estado ou do Pentágono repensaria a decisão de queimar exemplares do Alcorão - o livro sagrado do Islã - em uma fogueira no aniversário dos atentados do 11 de setembro, no próximo sábado.
"Por enquanto não estamos convencidos que recuar seja o certo a fazer. Se fôssemos contactados pela Casa Branca, pelo Departamento de Estado ou pelo Pentágono isto nos faria repensar. Não acho que um pedido deles seja algo que ignoraríamos", disse.
Hoje pela manhã, o presidente Barack Obama defendeu em uma entrevista à rede ABC que o pastor desista de queimar o Alcorão. Segundo o democrata, a atitude pode colocar em risco tropas americanas no Afeganistão e incentivar radicais islâmicos da Al-Qaeda.
"Se ele estiver escutando, espero que ele entenda que o que ele propõe é completamente contrário ao valores dos americanos. Nosso país foi construído sobre as noções da tolerância e da liberdade religiosa", disse Obama.
"E como uma questão prática, quero que ele entenda que seu golpe publicitário pode colocar em grave perigo todos aqueles que servem o país fora daqui", continuou o presidente.
Obama ainda disse que a queima do Alcorão , vai impulsionar a Al-Qaeda e aumentar os níveis de violência contra os soldados americanos no Afeganistão e no Paquistão. "Espero que ele ouça sua consciência e entenda que seus planos levarão a atos de destruição", concluiu o presidente.