O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, prometeu em reunião virtual nesta segunda-feira (8) iniciar vacinação contra Covid-19 no país a partir do fim de fevereiro de 2021.
Durante a reunião com governadores de estado, o ministro afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra o Coronavírus.
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De acordo com Pazuello, o Brasil negocia a compra de 70 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Pfizer, que devem chegar no ano que vem.
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem acordos para receber 300 milhões de doses em 2021, sendo 260 milhões de Oxford, da AstraZeneca e cerca de 40 milhões obtidas pelo consórcio Covax Facility.
Quanto à vacina chinesa, CoronoVac, o ministro afirmou que há tentativa de acelerar o processo de vacinação, no entanto, não pode abrir mão da comprovação da eficácia, segurança e responsabilidade pela vacina.
"Mesmo sendo memorando não vinculante, aguardamos o processo de estudo e registro junto à Anvisa para demandar quanto tem, quanto vão produzir, quanto vai precisar no momento", detalhou.
Pazuello ressaltou que o Instituto Butantan possui parceria com o Ministério da Saúde em outras vacinas e lembrou que as primeiras fases de teste da CoronaVac foram realizadas na China.
“Isso tudo precisa ser passado para a Anvisa de uma forma muito clara. A Anvisa está na China avaliando as fábricas da Sinovac. Quando tivermos imunizantes registrados, vamos avaliar a demanda e levar ao Palácio, aos órgãos", ressaltou.
O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, afirmou durante reunião que não importa a paternidade da vacina, que o Governo do Estado fará esforço para trazer a vacina.
“Temos recursos disponíveis para comprar, o Governo do Estado está reservando. Já conversei com São Paulo, com o João Dória e a equipe do Butantan da possibilidade. Agora o Plano Nacional de Imunização, quem coordena é o Ministério da Saúde”, disse.
Azambuja ainda defendeu que a vacinação contra a doença deve ser feita pelo Ministério da Saúde através do Programa Nacional de Imunizações, mas afirmou que está preparado para adquirir as vacinas.
“Se o Ministério não fizer a coordenação ou não aceitar a paternidade de alguma vacina que possa ser aprovada, não tenha dúvida que nós vamos adquirir para Mato Grosso do Sul. Vamos comprar e disponibilizar para o Plano de Vacinação, que deveria ser organizado pelo Ministro da Saúde”, explicou.