Cidades

"CENA DE GUERRA"

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Perícia começou nesta terça-feira investigações sobre a origem do incêndio no Atacadão

Cerca de 40 militares do Corpo de Bombeiros já usaram mais de 650 mil litros de água para conter o fogo

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O trabalho de combate ao maior incêndio já registrado na Capital, no Atacadão da avenida Duque de Caxias, já passa de 40 horas de duração. Na manhã desta terça-feira (15), a perícia iniciou o trabalho de investigação no local para saber a origem do incêndio.

Agora o trabalho equipe será em conjunto com os bombeiros. Ainda não há indícios da causa do incêndio, esse será o principal objetivo das investigações. Além de confirmar a suspeita acerca da origem do primeiro foco de incêndio, no estoque de álcool em gel.

O delegado responsável, Bruno Urban da 7º DP, disse que a empresa está colaborando com as investigações e disponibilizou todos os equipamentos das filmagens, lacrados, para a análise.

Esses aparelhos já chegaram em Campo Grande e começarão a ser examinados.

“Vamos avaliar a conduta das pessoas dentro do mercado, tanto clientes quanto funcionários, para ver se houve alguma atitude suspeita dentro do mercado. Mas nenhuma hipótese será descartada, inclusive a de acidente”, apontou.

Nesta manhã, a perícia começou o trabalho na parte exterior do prédio, na areá dos fundos do terreno e no setor administrativo, já que no interior, a temperatura ainda está muito alta e há riscos de desabamento da estrutura.  

O trabalho vai avançar na medida em que os militares do Corpo de Bombeiros liberarem.  

De acordo com o tenente-coronel Fernando Carminati, a estrutura do teto está comprometida. Por essa razão, “o trabalho tem sido de paciência”.

“Ainda há muitos focos de incêndio e de explosões, principalmente na área dos enlatados, o que gera riscos para a polícia e para a perícia, que não possuem equipamentos contra esse tipo de ambiente”, explicou o delegado Urban.

O boletim de ocorrência foi registrado na segunda-feira (14), por funcionários do Atacadão e o inquérito policial será instaurado na data de hoje.

CENÁRIO DE GUERRA

A equipe dos Bombeiros, formada por 40 militares, já utilizou 650 mil litros de água.

A maioria dos focos de incêndio foram controladas. A principal preocupação no momento é uma área que possuía produtos de combustão, possível setor de perfumes, que ainda precisa ser resfriada, com risco de voltar a queimar.

O tenente-coronel afirmou que não foi medida a temperatura do local no momento do incêndio, mas a estimativa é de que tenha alcançado a marca de 700ºC.

“A água entra em combustão em 100ºC, agora imagina jogar água diretamente em uma temperatura nesse grau”, ressaltou Carminati.

O ambiente em volta do que restou do mercado lembra cenas de um filme apocalíptico. Restos dos produtos que compunham as prateleiras do estabelecimento foram empilhados no terreno a frente da fachada. 

“É uma cena lamentável, de guerra. Cerca de 90% da estrutura foi queimada”, avaliou o delegado responsável.

Fumaça cinza e de pouca intensidade ainda sai do local, tornando o clima seco e quente, ainda mais cruel para os trabalhadores que permanecem dentro do ambiente em suas roupas de proteção.

A maioria deles combate o incêndio desde seu início, no domingo (13), com poucas horas de descanso, somente parte da equipe foi substituída.

O serviço de pós incêndio está sendo feito com muita cautela, com avaliações prévias, para a vida dos militares não serem postas em risco.

Em Campo Grande

Shoppings, escola e Corpo de Bombeiros são pontos de vacinação nesse fim de semana

Doses disponíveis são voltadas para imunização contra a gripe; confira os grupos que podem se vacinar

20/04/2024 08h21

Idosos, gestantes e crianças a partir de seis meses estão entre o público-alvo. Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Em Campo Grande, dois shoppings, três unidades de saúde, uma escola municipal e o Quartel Central do Corpo de Bombeiros são os pontos itinerantes disponíveis para a vacinação contra a gripe nesse sábado (20). Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), até o momento, aproximadamente 43 mil pessoas foram imunizadas, o que representa quase 15% do público-alvo.

O município deu início à vacinação contra a doença no dia 21 de março, antecipando o calendário nacional. A expectativa é vacinar ao menos 90% do público prioritário, estimado em cerca de 300 mil pessoas em Campo Grande. Inicialmente, a campanha deve ocorrer até o dia 31 de maio, conforme o cronograma do Ministério da Saúde.

A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite de Melo, reforça a importância das pessoas buscarem as unidades para se vacinar. “É fundamental que as pessoas que pertencem aos públicos prioritários busquem as unidades para se vacinar. A vacina é a melhor estratégia de prevenção contra a influenza e possui capacidade de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus, reduzindo o agravamento da doença, as internações e o número de óbitos”, destacou.

A profissional da saúde explica ainda que a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório, sendo este um vírus de elevada transmissibilidade com distribuição global. "A tendência é de disseminação fácil, resultando em epidemias sazonais, podendo também causar pandemias”, complementa Rosana.

Neste ano, a vacina disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é eficaz contra três tipos de cepas de vírus em combinação: a. A/Victoria/4897/2022 (H1N1)pdm09; b. A/Thailand/8/2022 (H3N2); c. B/Austria/1359417/2021 (linhagem B/Victoria), conforme a Instrução Normativa (IN) no 261, de 25 de outubro de 2023, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Onde se vacinar?

20 de abril (sábado)

  • Shopping Norte Sul – 10h às 18h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30
     
  • USF Moreninha – 7h30 às17h
  • USF Caiçara – 7h30 às 17h
  • USF Serradinho – 8h às 12h
     
  • E. M Fauzi Gattas Filho – 8h às 12h

21 de abril (domingo)

  • Shopping Norte Sul – 11h às 19h
  • Shopping Bosque dos Ipês – 10h às 17h
     
  • Quartel Central Corpo de Bombeiros – 7h30 às 16h30

Grupos prioritários

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Pessoas de 60 e mais
  • Gestantes
  • Puérperas
  • Indígenas vivendo fora de terra indígena
  • Indígenas vivendo em terra indígena
  • Trabalhadores de saúde
  • Pessoas com deficiência permanente (a partir de 12 anos)
  • Adolescentes em medidas socioeducativas (menores de 18 anos)
  • População privada de liberdade (18 anos e mais)
  • Funcionário do sistema de privação de liberdade
  • Comorbidades
  • Professores
  • Pessoas em situação de rua
  • Forças de segurança e salvamento
  • Caminhoneiros
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso
  • Trabalhadores portuários

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

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