Comitiva por peritos oficiais de Mato Grosso do Sul fizeram visita técnica ao Paraguai, com objetivo de discutir futura parceria entre as perícias brasileira e paraguaia para combater a criminalidade na região de fronteira.
Segundo o Sindicato dos Peritos Oficiais Forenses do Estado (Sinpof), foi feita visita a estrutura da perícia paraguaia nos Institutos de Identificação e de Criminalística, em Assunção.
Os grupos discutiram a possibilidade de incluir adendos nos atuais convênios entre os países e também foram iniciadas tratativas para que haja apoio técnico múltiplo para atuação em áreas de fronteira entre Brasil e Paraguai.
Mato Grosso do Sul tem as cidades de Aral Moreira, Antonio João, Bela Vista, Coronel Sapucaia Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Purtinho e Sete Quedas que fazem fronteira com o Paraguai.
Entre as estruturas avançadas pela perícia paraguaia, em termos de identificação, está sistema capaz de realizar reconhecimento facial por fotos, com dados que podem ser acessados a partir de um banco de dados integrado, e possibilidade de identificação de suspeitos com reconhecimento palmar, ou seja, pela palma da mão.
Na área de balística, os peritos do Paraguai têm base de dados interligada com a Interpol por meio do banco internacional de cadastro de armas, que permite identificar, por exemplo, se uma arma apreendida em território paraguaio chegou a ser usada em crime nos Estados Unidos, ferramente que permite ampliar o combate ao tráfico de armas.
Já do lado brasileiro, a perícia tem trabalho avançado em relação ao Paraguai na área de toxixologia e de apuração a partir do DNA.
“Fizemos um contato prévio para o início de tratativas de parcerias, que poderão ser firmadas a partir dos secretários de segurança pública dos países. Conhecemos a estrutura deles nesta viagem técnica e agora eles podem vir para Mato Grosso do Sul conhecer nossa estrutura”, comenta o perito criminal chefe da Criminalística em Ponta Porã, Ernane Simões Carbonato.