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Fim do inverno pode ocasionar em aumento no aparecimento de escorpiões

A pessoa que for picada deve procurar imediatamente uma unidade de saúde

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Com o fim do inverno e as altas temperaturas, os escorpiões voltam a aparecer em Campo Grande.

Segundo o veterinário Francisco Gonçalves de Carvalho, a primavera e o verão são as estações com maior incidência de casos de pessoas que vão a hospitais por picadas de escorpião.

“O escorpião tem uma carga de veneno natural, de toxina alta. Nessa época, tem uma oferta maior de alimentos para esses animais e, devido a isso, eles se reproduzem com maior intensidade”, afirmou Carvalho.

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Em Campo Grande a espécie mais comum do animal é a trico serrulatus, no qual, em todo o mundo, é altamente venenosa. Além disso, sua toxina pode até matar a pessoa infectada. 

Em 2020, um menino de apenas um ano e nove meses foi picado no dedo da mão direita por um escorpião. A criança precisou colocar um acesso, por ser uma região complexa e fez o procedimento no centro cirúrgico da Santa Casa.

Conforme o veterinário, crianças e idosos são mais vulneráveis em relação à picada do animal.  Além disso, os cuidados devem ser redobrados, principalmente no período noturno, momento em que eles saem de bueiros e esgotos atrás de predadores. 

“As pessoas têm que ter cuidado na hora de arrumar a cama, cortinas, roupas e ao calçar os sapatos. As manifestações variam de pessoa para pessoa, mas não causa edema no local, causa dor intensa”, disse. 

Ao ser picado, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para que possa receber o tratamento necessário, como aplicação de analgésico ou receber soro para hidratação.

Dependendo da gravidade, a pessoa é encaminhada até a Santa Casa ou ao Hospital Regional, referências no tratamento. 

Além disso, outras medidas podem auxiliar após a picada, como procurar higienizar o local com água e sabão e aplicar de compressa morna.

Por fim, se possível (com segurança), capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde. 

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) orienta as medidas que não devem ser feitas:

  • Não fazer torniquete;
  • Não furar;
  • Não aplicar qualquer tipo de substância;
  • Não ingerir bebida alcoólica;
  • Não colocar gelo ou água fria no local da picada.

Além disso, as pessoas devem evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção, manter a grama aparada, sacudir roupas e sapatos antes de usá-los e usar telas em ralos do chão, pias ou tanques.

Dados

Segundo dados do Centro Integrado de Vigilância Toxicológica (Civitox), até 21 de dezembro de 2020, foram registrados 779 acidentes em Campo Grande. As ocorrências foram maiores que em todo o ano passado, quando foram registrados 733 acidentes.  

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os casos aumentam principalmente nos meses entre setembro e março, onde são registrados cerca de 40% das ocorrências.

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Pesquisa

Extrema pobreza cai a nível recorde; dúvida é se isso se sustenta

O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300

19/04/2024 18h00

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Foto: Favela em Campo Grande - Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A expressiva alta da renda em 2023 reduziu a pobreza extrema no Brasil ao seu nível mais baixo da série histórica, a 8,3% da população. O país terminou o ano passado com 18,3 milhões de pessoas sobrevivendo com rendimentos médios mensais abaixo de R$ 300. Apesar da queda, isso ainda equivale a praticamente a população do Chile.

O cálculo é do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PnadC), do IBGE.

Em relação a 2022, 2,5 milhões de indivíduos ultrapassaram a linha dos R$ 300, numa combinação de mais transferências pelo Bolsa Família, aumento da renda do trabalho e queda do desemprego. A grande dúvida é se o movimento —e mesmo o novo patamar— seja sustentável.

A PnadC de 2023 mostrou que os rendimentos dos brasileiros subiram 11,5% em relação a 2022. Todas as classes de renda (dos 10% mais pobres ao decil mais rico) tiveram expressivos ganhos; e o maior deles deu-se para os 5% mais pobres (38,5%), grandes beneficiados pelo forte aumento do Bolsa Família —que passou por forte expansão nos últimos anos.

Entre dezembro de 2019 (antes da pandemia) e dezembro de 2023, o total de famílias no programa saltou de 13,2 milhões para 21,1 milhões (+60%). Já o pagamento mensal subiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 14,2 bilhões, respectivamente.

Daqui para frente, o desafio será ao menos manter os patamares de renda —e pobreza— atuais, já que a expansão foi anabolizada por expressivo aumento do gasto público a partir do segundo semestre de 2022.
Primeiro pela derrama de incentivos, benefícios e corte de impostos promovidos por Jair Bolsonaro (PL) na segunda metade de 2022 em sua tentativa de se reeleger. Depois, pela PEC da Transição, de R$ 145 bilhões, para que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse gastar mais em 2023.

Como esta semana revelou quando governo abandonou, na segunda-feira (5), a meta de fazer superávit de 0,5% do PIB em suas contas em 2025, o espaço fiscal para mais gastos exauriu-se.

A melhora da situação da renda dependerá, daqui para frente, principalmente do mercado de trabalho e dos investimentos do setor privado. Com uma meta fiscal mais frouxa, os mercados reagiram mal: o dólar subiu, podendo trazer impactos sobre a inflação, assim como os juros futuros, que devem afetar planos de investimentos empresariais e, em última instância, o mercado de trabalho.

Apesar do bom resultado em 2023, algumas análises sugerem que o resultado não deve se repetir. Segundo projeções da consultoria Tendências, a classe A é a que terá o maior aumento da massa de renda real (acima da inflação) no período 2024-2028: 3,9% ao ano. Na outra ponta, a classe D/E evoluirá bem menos, 1,5%, em média.

Serão justamente os ganhos de capital dos mais ricos, empresários ou pessoas que têm dinheiro aplicado em juros altos, que farão a diferença. Como comparação, enquanto o Bolsa Família destinou R$ 170 bilhões a 21,1 milhões de domicílios em 2023, as despesas com juros da dívida pública pagos a uma minoria somaram R$ 718,3 bilhões.

A fotografia de 2023 é extremamente positiva para os mais pobres. Mas o filme adiante será ruim caso o governo não consiga equilibrar suas contas e abrir espaço para uma queda nos juros que permita ao setor privado ocupar o lugar de um gasto público se esgotou.

Voos em queda

Aeroportos de Mato Grosso do Sul enfrentam desafios enquanto Aena Brasil lidera crescimento nacional

No acumulado do ano de 2024, o volume de passageiros chegou a mais de 395 mil passageiros em Mato Grosso do Sul, com um aumento de 4,8% no número de operações realizadas nos três aeroportos do Estado

19/04/2024 17h41

Os três aeroportos de Mato Grosso do Sul mantiveram um desempenho estável no acumulado do ano, com um aumento significativo nas operações. Foto/Arquivo

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A Aena Brasil revelou hoje os números da movimentação nos aeroportos até março de 2024, destacando-se como a empresa com a menor redução de passageiros no país. No entanto, o aeroporto de Ponta Porã, sob sua administração, enfrentou uma redução significativa de 42,4% no fluxo de passageiros em março deste ano.

Esta tendência também foi observada na capital sul-mato-grossense, onde o volume de passageiros em Campo Grande caiu 5,5%, totalizando 118.529 passageiros, e no aeroporto de Corumbá, com uma redução de 14,3%.

Além disso, as operações aeroportuárias também estão em declínio, com quedas de 15,9% em Ponta Porã, 10,6% em Corumbá e 8,7% na capital, no volume de operações.

Apesar desses desafios, no acumulado do ano, a Aena Brasil aponta que o aeroporto internacional de Campo Grande registrou uma redução de 3,0% no fluxo de passageiros e de 3,5% no número de operações aeroportuárias.

Já o aeroporto de Ponta Porã apresentou uma queda de 27% no fluxo de passageiros, mas com um saldo positivo de 4% no número de operações. Além disso, o aeroporto de Corumbá, considerado a capital do Pantanal, registrou um aumento de 4,9% nas operações.

No total, a movimentação nos três aeroportos de Mato Grosso do Sul alcançou 395.388 passageiros e 5.043 operações realizadas.

Veja o ranking nacional:

Aena tem crescimento de 6,3% na movimentação em todo o Brasil

Enquanto isso, em nível nacional, a Aena Brasil experimentou um crescimento impressionante de 6,3% na movimentação. Os 17 aeroportos administrados pela empresa no Brasil registraram 10,4 milhões de passageiros no primeiro trimestre de 2024, representando um aumento de 6,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao número de pousos e decolagens, nos três primeiros meses houve alta de 5,4%, com um total de 115,5 mil movimentos de aeronaves. Considerando somente o mês de março, o crescimento chega a 6,1% no total de passageiros (3,4 milhões), em relação ao mesmo mês de 2023, e a 1,7% no volume de pousos de decolagens (38,9 mil).

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