Depois do temporal do final de semana, dois papiloscopistas foram trocar 40 telhas no telhado da Coordenadoria Geral de Perícias, em Campo Grande, nesta segunda-feira e eles caíram após o teto não suportar a manutenção. Um dos papiloscopitas que faziam o serviço caiu de costas de uma altura de cerca de 1,20 m, outro teve a calça rasgada.
O incidente gerou revolta entre os agentes de polícia científica e os peritos papiloscopistas, que são concursados para realizar trabalho na Polícia Civil. Os policiais acionaram o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) para registrar o caso. “É um absurdo isso. Esse trabalho precisava ser feito por especialistas, que podem executar o serviço com mais segurança. Há um risco iminente em tudo isso”, criticou o presidente do Sinpol, Alexandre Barbosa.
O perito papiloscopista que caiu na laje não sofreu escoriações graves e não quis que fosse acionado o Samu para passar por atendimento. O sindicato recomendou que ele procurasse avaliação médica.
Segundo Barbosa, o pedido feito aos papiloscopistas para que trocassem as telhas foi feito pela administração. “Não foi nos informado de quem exatamente partiu essa ordem, mas vamos verificar.”
As telhas danificadas pela ventania do final de semana são dos prédios do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) e IC (Instituto de Criminalística). Nas duas estruturas ficam provas materiais de crimes e laudos que compõem inquéritos policiais. A água que estava infiltrando pelo teto pode danificar esses documentos.
O Sinpol encaminhará nesta terça-feira ofício para a Governadoria para que a manutenção nos dois prédios seja feita com urgência.