Alison Silva
21/05/2022 15:58
Uma pesquisa realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), abordou o impacto financeiro nas obras, o ritmo de execução do empreendimento e a redução de postos de trabalho na construção civil.
O estudo foi realizado com mais de 200 construtoras de diferentes regiões do país.
De acordo com a CBIC, a alta nos custos dos materiais de construção resulta em desequilíbrio econômico e financeiro nos contratos de obras públicas, fator apontado pelo órgão como responsável por atrasos e demissões de funcionários.
Mais da metade das empresas pesquisadas, cerca de 56% acusaram ter prejuízos contratuais; 30 empresas apontaram prejuízos de até 60%.
Para além dos atrasos nas obras, as empresas alegaram redução no ritmo de trabalho, com 14,5% alegando paralisações de 60% da produção e 11% paralisaram as atividades completamente.
Sobre os postos de trabalho, 29% das construtoras disseram ter reduzido até 20% de suas vagas e apenas 26% das empresas, cerca de 45, não cortaram qualquer posto de trabalho, segundo o estudo.
Em nota, o presidente da Comissão de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, disse que, embora o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos de obras públicas seja assegurado pela Constituição Federal, vem sendo prejudicado.
“Vem sendo destruído em função das excessivas e imprevisíveis altas nos preços dos insumos da construção. A relutância ou morosidade da administração pública em proceder com as solicitações de reequilíbrio contratual feitas pelas empresas está causando sérios prejuízos para as empresas e para a sociedade”, apontou.