Cidades

OPERAÇÃO TELLUS

PF prende superintendente e mais 19 por fraude no Incra

PF prende superintendente e mais 19 por fraude no Incra

Redação

31/08/2010 - 06h25
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bruno grubertt

A Polícia Federal (PF) prendeu, ontem, 20 pessoas acusadas de fraudar processos da reforma agrária em Mato Grosso do Sul. Entre os presos está o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Estado (Incra/MS), Waldir Cipriano Nascimento, além de outros servidores, assentados e empresários. Eles são acusados de fraudar concorrências para compra de materiais e contratação de serviços e, também de facilitar a venda de lotes. O prejuízo causado pelas fraudes aos cofres públicos, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), pode chegar a R$ 62 milhões.
A operação Tellus – nome da deusa da Terra, na mitologia romana – foi deflagrada ontem de manhã. No fim da tarde, o presidente nacional do Incra, Rolf Hackbart, informou, por meio de nota à imprensa, a exoneração do superintendente e a suspensão temporária do pagamento dos benefícios aos assentados, bem como de todos os processos para obtenção de novos imóveis rurais destinados à reforma agrária no Estado.
De acordo com a PF de Naviraí, que coordena as investigações, os agentes apreenderam, ainda, 13 cheques, sete armas ilegais, 12 veículos e mais de R$ 79 mil em espécie, sendo que R$ 53 mil estavam na casa de apenas um dos acusados. A polícia não divulgou os nomes dos presos, mas, dentre eles estariam nove servidores, três empresários e oito assentados – dois deles seriam vereadores de Itaquiraí. Três dos detidos, incluindo o superintendente do Incra/MS, tiveram decretada a prisão temporária – por até cinco dias – e os outros 17, prisão preventiva – sem prazo determinado ou até o julgamento.
Segundo a Polícia Federal, o grupo fraudou a distribuição de lotes dos quatro projetos de assentamento iniciados com a compra do Complexo Santo Antônio, em Itaquiraí. Os lotes foram distribuídos em dezembro de 2008, um ano depois da desapropriação de quatro fazendas. Os 16,9 mil hectares de terra, comprados pela União por R$ 130 milhões, totalizaram 1.236 lotes destinados aos sem-terra cadastrados no Incra. Desses, quase 500 foram distribuídos ilegalmente.

As fraudes
Investigações deram conta de que, na data da distribuição, nem todos os lotes foram sorteados e os pedaços de terra mais bem localizados ficaram reservados aos líderes de movimentos sociais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) e Federação da Agricultura Familiar de MS (Fafi). Também houve a distribuição de terrenos próximos para pessoas da mesma família, quando isso deveria ser feito por ordem de sorteio.
Posteriormente, de acordo com o Ministério Público Federal (MPF), 497 lotes foram vendidos a pessoas que não estavam na fila de espera e nem sequer tinham o perfil exigido pela reforma agrária. “A rotatividade, na maioria dos lotes, chega a 90% e são titulados no nome de pessoas que não residiam no local. Muitas vezes eram filhas e parentes de dirigentes dos movimentos sociais”, explicou o procurador da república Marco Antônio Delfino de Almeida, responsável pelas investigações no MPF.
As vendas eram legalizadas com ajuda dos servidores, que chegaram a falsificar documentos, conforme explicou o procurador. A lei proíbe que os trabalhadores rurais atendidos pela reforma agrária vendam seus lotes antes que a titulação das terras complete 10 anos.

Medidas
O presidente nacional do Incra informou, ontem, por meio de nota dirigida à imprensa, que o superintendente do Incra no Estado, Waldir Cipriano Nascimento, será substituído pelo servidor Manuel Furtado Neves, que chega hoje do Rio de Janeiro. Também deixam seus cargos o superintendente substituto, Hélio Rocha, e o chefe da unidade avançada de Dourados, Oscar Goldbach.
Segundo a nota, também foi determinada instalação imediata de auditoria interna para apurar as irregularidades.

TRANSPORTE COLETIVO

Justiça dá 15 dias para prefeitura reajustar tarifa de ônibus em Campo Grande

Reajuste deveria ter ocorrido em outubro e juiz estipulou multa diária de R$ 50 mil por dia, caso prefeitura não cumpra decisão

12/01/2025 16h31

Prefeitura tem o prazo de 15 dias para reajustar tarifa do transporte coletivo

Prefeitura tem o prazo de 15 dias para reajustar tarifa do transporte coletivo Gerson Oliveira / Correio do EStado

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O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazendas Públicas e de Registros Públicos deu o prazo de 15 dias para que a Prefeitura de Campo Grande reajuste a tarifa de ônibus, que deveria ter ocorrido em outubro do ano passado, sob pena de multa diária de R$ 50 mil até que o reajuste seja efetivado.

O último reajuste do passe de ônibus ocorreu em março do ano passado, quando passou de R$ 4,65 para R$ 4,75.

A decisão leva em consideração o contrato de concessão, assinado em 2012, que definiu outubro como data-base para os aumentos anuais.O reajuste deveria haver naquele mês em 2024, o que não foi feito.

Por isso, o Consórcio Guaicurus entrou com embargo de declaração na Justiça, por descumprimento, no qual o juiz deu o prazo para o reajuste.

“Intime-se o requerido [Prefeitura], pessoalmente para que,no prazo de 15 dias, comprove nos autos o efetivo reajuste da tarifa que deveria ter ocorrido no mês de outubro do ano passado, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), até o efetivo reajuste”, diz a decisão.

O novo valor da tarifa deve ser definido através de novos cálculos, já que nem a tarifa técnica, valor que é usado como base para a tarifa pública, ainda não foi divulgado pela administração. A tarifa técnica, esta tarifa é de R$ 5,95.

A decisão do juiz, no entanto, não tem relação com o reequilíbrio do contrato de concessão do transporte público, já que este tema aguarda que uma perícia judicial nas contas da concessionária seja realizada. A análise começou em dezembro e ainda deve demorar para ser concluída.

IMBRÓGLIO

Essa ação judicial do consórcio contra a prefeitura começou a tramitar em 2023, quando a juíza Cíntia Xavier Letteriello, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, acatou pedido do Consórcio Guaicurus em ação que solicitava o reequilíbrio do contrato de concessão e a manutenção da data-base para outubro.

Porém, em dezembro do mesmo ano, o desembargador Eduardo Machado Rocha cassou a decisão, acatando argumento de que os empresários, ao contrário do que alegavam, estavam obtendo lucros acima do previsto em contrato. 

No entanto, em janeiro de 2024, o mesmo magistrado voltou atrás e manteve a decisão da juíza de primeiro grau.

A prefeitura, então, entrou com um pedido de suspensão de liminar ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e, no início de fevereiro do ano passado, o desembargador Sérgio Martins concordou com o fato de que a medida poderia impactar em um aumento exorbitante na tarifa de ônibus e derrubou a decisão do seu colega desembargador.

Logo após a publicação de Martins, o caso subiu para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a ministra Maria Thereza de Assis Moura, em decisão liminar, cassou a decisão do presidente da Corte, por entender que ele não tinha competência legal para suspender uma decisão que um colega seu já havia dado. Com isso ela restabeleceu a decisão de Rocha.

Entretanto, o processo ficou parado no STJ até ser julgado pela Corte Especial, o que ocorreu em novembro. Com a medida, o presidente do TJMS, assim que retornou de seu afastamento, reconheceu a sentença e deu fim a reclamação feita pela Prefeitura de Campo Grande.

Com essa publicação, o Consórcio Guaicurus agora tentou fazer valer essa decisão, alegando que a determinação de outubro de 2023 deve ser executada e conseguiu a decisão favorável, porém, apenas em relação ao reajuste anual.

Dourados

Ao sair de balada, mulher tem carro roubado, é amarrada e mantida em matagal

Vítima foi abordada por um homem armado enquanto se deslocava até o veículo, que estava estacionado; ela passou mais de uma hora com o criminoso

12/01/2025 14h57

Caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados

Caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Dourados Reprodução: Dourados News

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Uma mulher de 41 anos teve o carro, bolsa e carteira roubados, e ainda foi mantida amarrada em um matagal durante a ação dos criminosos, durante a madrugada deste domingo (12). O caso aconteceu em Dourados, município cerca de 231 km distante de Campo Grande.

Conforme consta no Boletim de Ocorrência, a vítima saía de um barzinho, por volta das 2h40 da madrugada, quando foi abordada por um homem armado, que anunciou o assalto. Ele pediu que a vítima, que tinha acabado de se aproximar de seu carro, um Chevrolet Onix que estava estacionado na rua Albertino Ribeiro Dauzaquer, fosse para o banco de trás, e assumiu o controle do veículo.

Ele levou a vítima a um local próximo aos bairros Parque do Lago e Jardim Flórida, e a deixou trancada no veículo. A mulher não soube dizer o local exato, visto que o homem mandou que ela ficasse com a cabeça abaixada, e ameaçou matá-la caso ela "tentasse algo". Ela também não soube informar quanto tempo ficou presa no carro.

Quando voltou para o banco do motorista, o homem tranquilizou a vítima, dizendo que iria usar o carro apenas para transportar droga. Ele saiu em direção à rua General Osório, virando à direita duas quadras antes, sentido a uma "matinha". Chegando no local, ele pediu para a vítima descer, a levou para dentro da mata e a amarrou, utilizando um pano. O homem pediu ainda que ela ficasse sentada e de cabeça baixa.

A mulher disse à polícia que ficou sentada no local por meia hora antes de ouvir outros veículos se aproximarem. Nisso, o assaltante entregou o veículo dela para outra pessoa, e ficou "de plantão" no local cuidando a vítima. Ele chegou a dizer que ela só poderia se levantar na hora em que "estivesse tudo tranquilo".

Depois de mais alguns minutos, desamarrou a vítima e saiu com ela a pé no sentido bairro Quarto Plano. Algumas quadras depois, a liberou.

Pelo choque, a mulher não soube descrever muitos detalhes sobre o autor, dizendo apenas que ele tinha aproximadamente 1,70 m de altura e utilizava boné. Ela também não soube informar qual a arma utilizada pelo homem.

Além do carro, foram levados um aparelho celular, documentos pessoais, cartões de crédito, uma bolsa e chaves.

A ocorrência foi registrada pela vítima no início da manhã, pouco após o ocorrido.

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