Cidades

SANTA CATARINA

Piloto morto em queda de avião da FAB era de Corumbá

Piloto morto em queda de avião da FAB era de Corumbá

DIÁRIO ONLINE

03/08/2011 - 13h00
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A família do primeiro-tenente da Força Aérea Brasileira (FAB), Samir de Barros Farias, 27 anos, que morreu em um acidente aéreo na tarde ontem, 02 de agosto, na cidade de Bom Jardim da Serra (135 km de Florianópolis), na serra de Santa Catarina, aguarda a chegada do corpo para iniciar o velório.

Samir era natural de Corumbá e começou a carreira militar, segundo a mãe Janete Arcanjo de Barros Farias, em 2001. Em entrevista ao Diário, ela recorda de como o filho ingressou na FAB.

"Ele frequentava um cursinho na cidade com um amigo. Ele queria ir para a Marinha e o amigo para a Aeronáutica. Esse amigo, o Bruno, convenceu-o a fazer a seleção para a EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes do Ar), só que no exame de vista, o Bruno foi reprovado e o Samir passou. Então, eles fizeram um trato que meu filho seguiria em frente na Aeronáutica e o Bruno ingressaria na Marinha", relembra Janete.

Em 2007, ainda de acordo com a mãe, Samir formou-se piloto e, na sua carreira, passou por cidades como Pirassununga (SP), Fortaleza (CE), Natal (RN) e, atualmente, estava residindo em Canoas, no Rio Grande de Sul, de onde a aeronave C-98A Grand Caravan do 5° Esquadrão de Transporte Aéreo da Força Aérea Brasileira decolou às 11h45min desta terça-feira (02), com destino ao Rio de Janeiro.

Dona Janete recorda do filho como um rapaz carinhoso, religioso e esforçado. Entre junho e julho deste ano, ela passou uma temporada com Samir em Canoas. Ela guarda boas recordações do período que esteve com o filho que fez questão de estar sempre presente, inclusive a levando para fazer um voo sobre a cidade gaúcha.

"Ele disse que eu era a passageira mais importante", relembra emocionada. Ela também conta que o jovem piloto a ensinou muitas coisas como ser sempre grata a Deus pelas conquistas cotidianas. "Ele me dizia para agradecer sempre por tudo, dar graças a Deus", relembra ao afirmar que Samir era católico e dizia, constantemente, para a mãe freqüentar as missas.

Na temporada que esteve com a mãe, Samir teria comentado sobre a morte e dito que ela não se desesperasse se um dia isso acontecesse a ele. Segundo Janete, ele pediu para que mãe tocasse em seu velório músicas de grupos que gostava como U-2 e Gun's and Roses.

Samir não era casado e não tinha filhos, mas namorava e estava pretendendo se casar recentemente, conforme a mãe contou.

O corpo de Samir deve ser transladado para Corumbá pela FAB que informou, através de Seção de Comunicação Social, em Brasília, que isso só acontecerá depois de terminado os trabalhos de regaste e identificação dos corpos feito pelo IML (Instituto Médico Legal) da cidade de Lajes (SC). Entretanto, não há uma previsão de chegada em Corumbá.

O avião teria batido em um morro antes de cair, de acordo com relato de testemunhas. Com a queda seguida de explosão, a aeronave foi praticamente destruída, com exceção da cauda. O Comando da Aeronáutica informou também que já iniciou investigações para apurar os fatores que contribuíram para o acidente. Além de Samir, outras sete pessoas ocupavam a aeronave. Confira os nomes na lista abaixo:

Antônio Carlos Souza da Silva (Major);

Samir de Barros Farias (1° tenente);

Arthur Ricardo Carneiro da Silva Júnior; (2° tenente);

André Dias Alves (2° tenente);

Marcelo André Rhoden (suboficial);

Helenilton de Souza Schafer (2° sargento)

Jarbas Barbosa Mendes (2° sargento do Exército);

Gracy Quelle Nunes de Oliveira.

CAMPO GRANDE

Após denúncias, Capital troca empresa de gestão de semáforos

Licitação milionária viveu verdadeira "novela de abre e fecha", com suspensão após troca de comando da Agetran e interferências do Tribunal de Contas

11/09/2024 12h52

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Através do Diário Oficial de Campo Grande desta quarta-feira (11), o Executivo Municipal pôs fim à novela envolvendo a milionária licitação dos semáforos da Cidade Morena, passando após seis anos a gestão dos serviços técnicos de manutenção da sinalização das mãos do Consórcio CAM para a Empresa ARC. 

Conforme o texto oficial do Diogrande de hoje (11), a ARC Comércio Construção e Administração de Serviços saiu vencedora do pregão, pelo valor total de R$ 23.200.359,81, cerca de R$ 1,2 milhão mais barata que o previsto. 

Solicitado por parte da Agência Municipal de Trânsporte e Trânsito (Agetran), a contratação busca empresa para: 

"Prestação dos serviços técnicos de manutenção da sinalização semafórica - horizontal, vertical - e dispositivos auxiliares com fornecimento de materiais, equipamentos, software de controle de tráfego, com suporte técnico e fornecimento de equipamentos para a mpliação do Centro de Controle Integrado de Mobilidade Urbana  (CCIMU)". 

Contrato do Consórcio CAM, de 2018 a 2023, foi acrescido em 63,01% e chegou a render R$ 51,8 milhões por ano

Com isso, a ARC "puxa o tapete" do Consórcio que, desde 2018, comandou os serviços com renovações sem licitações, em contrato que chegou a render R$ 51,8 milhões por ano. 

Cabe apontar que, com valores inciais à época registrados em R$ 31,7 milhões, durante o tempo que comandou a gestão dos serviços, o contrato do Consórcio CAM foi acrescido em 63,01% no período de cinco anos. 

Entre as suspeitas, os reajustes segundo contratos deveriam obedecer ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E), que corresponde a 5,36% no período. 

Cálculo rápido do IPCA-E entre 2018 a 2023 mostra que, considerada somente inflação mais reajuste, o aumento do período deveria ser de R$ 41,69 milhões, diferença de mais de R$ 10 milhões que aparentemente à época não foi justificado. 

Novela do "abre e fecha"

Vale lembrar que essa licitação milionária foi reaberta na semana passada, antes do feriado, ainda em 06 de setembro, após um verdadeiro abre e fecha entre suspensões e reaberturas do processo. 

Isso porque menos de 30 dias após troca no comando da Agetran - de Janine Bruno (que chefiou a pasta por sete anos) pelo ex-dono de autoescola, Paulo Silva -, houve suspensão da licitação de valores que chegavam a R$ 24 milhões. 

Suspensa para "análise de pedido de impugnação", a licitação milionária foi retomada em menos de quarenta e oito horas nessa ocasião, em 16 de maio; para nova suspensão no dia 23 daquele mês em obediência ao Despacho DSP G.MCM 14968/2024", do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. 

A outra retomada anunciada em 27 de agosto, sendo que, nesse meio tempo houve o período de análises do catálogo e amostras até a continuidade publicada na semana passada, em 05 de setembro e termo de homologação assinado pela atual prefeita, Adriane Lopes, datado de 09 de setembro.  

 

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Cidades

Prefeito de Murtinho, Nelson Cintra tem caso arquivado pelo MPE

Prefeito era investigado por utilizar maquinários e dinheiro público para reformas em sua propriedade particular

11/09/2024 12h10

Nelson Cintra, atual prefeito de Porto Murtinho

Nelson Cintra, atual prefeito de Porto Murtinho Foto: Reprodução

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Em meio a mais um escândalo com dinheiro público, o candidato a prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra Ribeiro, teve seu processo do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPE) arquivado nesta quarta-feira (11). 

Atual prefeito de Porto Murtinho, Cintra era investigado por utilizar maquinários e dinheiro público para reformas em sua propriedade particular. Conforme a denúncia, o candidato teria se aproveitado de restos de materiais destinados a obras públicas, junto dos maquinários para ela destinados. 

No entanto, o MPE informou que não foram encontradas irregularidades na denúncia. Assim, o caso não poderia resultar em uma ação civil contra o candidato.

A apuração constatou que, além de comprovar o pagamento pelos serviços realizados, o uso de resíduos de obras, como o feito por Cintra, é uma prática comum e não configura crime administrativo, sendo considerado um ‘descarte’.

Dessa forma,  por unanimidade, o caso foi arquivado devido a não comprovação de que o prefeito estaria se beneficiando de recursos públicos.

Polêmica

Esta não é a primeira vez que o prefeito se envolve em alguma polêmica na vida política. Ex-presidente da Fundação de Turismo e figura polêmica, Cintra já foi denunciado por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. 

No ano passado, ele foi convocado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal em Campo Grande, onde negou qualquer irregularidade. 

Além disso, em 12 de setembro de 2018, Cintra foi alvo da Operação Vostok por emitir R$ 296,6 mil em notas fiscais frias para disfarçar o pagamento de propinas ao governador do Estado.

 Segundo a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, o governador Reinaldo teria recebido R$ 67,791 milhões em propinas, causando um prejuízo de R$ 209,5 milhões aos cofres públicos estaduais entre 2015 e 2016.

No ano anterior, Cintra foi citado nas delações da JBS e envolvido em diversos escândalos na administração pública de seu estado. 

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