Cidades

FISCALIZAÇÃO

PMA e MPT reforçam ações contra o trabalho escravo na área rural de Mato Grosso do Sul

Policiais Militares Ambientais foram capacitados para reconhecerem situações que possam caracterizar trabalho análogo ao de escravo em áreas rurais

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A Polícia Militar Ambiental de Mato Grosso do Sul – (PMA/MS), em conjunto com o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT/MS), estão realizando uma ação de combate ao trabalho escravo no Estado, para contribuir com o enfrentamento dessas ocorrências.

O procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes, coordenador de Erradicação do Trabalho Escravo do MPT-MS, se reuniu na manhã desta sexta-feira (16), com os integrantes da corporação, com o objetivo de capacitar os agentes da PMA a reconhecerem situações que possam caracterizar trabalho análogo ao de escravo durante diligências em áreas rurais, especialmente nas regiões de difícil acesso, onde há forte presença da corporação.

Segundo ele, a ação dos policiais será fundamental para que a informação possa chegar até o Ministério Público para que eles possam agir. “Ao receber a denúncia, nós poderemos resgatar as vítimas e dar a este trabalhador uma oportunidade de recomeço”, destacou o procurador do Trabalho.

Paulo Douglas de Moraes ainda reforçou que o enfrentamento ao trabalho escravo depende de uma atuação integrada entre diferentes instituições, tendo em vista que, o trabalho escravo demanda uma atuação em rede. “Em todo o país, há um déficit de agentes públicos atuando especificamente nesse tema, portanto, poder contar com o apoio da PMA será estratégico para ampliar o nosso campo de visão sobre onde há trabalho escravo, e certamente aumentará muito a efetividade da atuação do MPT no combate a esse crime”, pontuou.

O procurador também orientou os agentes sobre os elementos que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo, como:

  • Condições degradantes de trabalho;
  • Ausência de registro em carteira;
  • Restrição de liberdade de locomoção dos trabalhadores
  • Jornadas exaustivas.

COMO A PARCERIA VAI FUNCIONAR?

A parceria da PMA para viabilização das operações de resgate de trabalhadores em condições análogas à escravidão já vinha sendo constante, contribuindo com a logística ou com o suporte operacional durante as diligências, especialmente as realizadas em regiões de difícil acesso, como o Pantanal sul-mato-grossense e nas áreas de fronteira, locais onde ainda são frequentes os casos de exploração de mão de obra.

A partir de agora, com a capacitação, a inspeção dos locais onde há indícios de trabalho escravo e resgate das vítimas nos casos de flagrante, é e continuará sendo atribuição da Auditoria-Fiscal do Trabalho, enquanto o MPT atua de forma articulada neste tipo de operação, coletando depoimentos para providenciar as reparações individuais aos trabalhadores e coletivas.

Sendo assim, a Polícia Militar Ambiental entrará como um reforço estratégico, repassando informações essenciais aos auditores do trabalho e ao MPT, ampliando a efetividade da rede de enfrentamento.

PAPEL DA PMA

Durante a capacitação, o comandante da PMA, tenente-coronel José Carlos Rodrigues, destacou que, ao compreenderem os elementos, os policiais passam a ter o dever legal de comunicar imediatamente as autoridades competentes ao se depararem com esse tipo de violação. “A partir do momento em que o agente público reconhece uma situação irregular e deixa de notificar, ele está prevaricando. Nosso papel é comunicar, para que o Ministério Público do Trabalho e os demais órgãos competentes possam atuar com a devida eficácia”, afirmou o comandante.

Para o comandante da corporação, a capacitação qualifica ainda mais a atuação dos agentes da PMA nas áreas rurais. “Estamos preparando nossos policiais, nossos agentes fiscais, para que, ao se depararem com uma situação como essa, saibam agir e produzir um bom relatório que subsidie a atuação do MPT e da Justiça do Trabalho. Nosso Estado tem um forte caráter agrário, e eu costumo dizer que, onde houver uma mata ciliar ou um homem do campo pedindo socorro, a PMA sempre estará lá”, concluiu.

ÚLTIMO CASO REGISTRADO

O caso mais recente de resgate de trabalhadores em situação análoga a escravidão, aconteceu no dia 3 de abril desse ano, quando uma ação coordenado pela Fiscalização do Trabalho, por meio do Ministério Público do Trabalho (MPT), e com apoio da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da SEJUSP/MS, da Polícia do Ministério Público da União e da Polícia Militar Ambiental, resgatou sete trabalhadores em situação análoga à escravidão, na área rural de Porto Murtinho.

Os trabalhadores, sendo três indígenas e dois adolescentes, foram encontrados na Fazenda Bahia dos Carneiros, dormindo em colchões velhos que ficavam embaixo de algumas lonas, além de não terem acesso a banheiros e nem a água potável.

Pouco mais de um mês depois, no dia 7 de maio, o Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul (MPT/MS), exigiu a expropriação de Fazenda Baía dos Carneiros, em Porto Murtinho, onde os trabalhadores foram resgatados. Além disso, o órgão também requereu o pagamento mínimo de R$ 8,9 milhões para reparar os danos provocados aos trabalhadores.

Conforme o processo, caso o pedido de expropriação não seja aceito, o MPT defendeu a condenação ao pagamento de R$ 67 milhões. Além disso, os proprietários da fazenda em questão foram incluídos na ação, diante do argumento que eles respondem pelas obrigações inerentes à cadeia produtiva do empreendimento rural. Diante disso, eles poderão ser responsabilizados pelo pagamento de R$ 4,4 milhões.

A ação que tramita na Vara do Trabalho de Jardim, busca a condenação dos arrendatários da propriedade rural ao pagamento de indenização por danos morais coletivos, por manter os empregados em condições precária.

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Cidades

Cantora brasileira morre após cirurgia estética na Turquia

O procedimento foi antecipado para o domingo anterior (15) mesmo o casal tendo saído com o médico na noite anterior

21/06/2025 23h00

Reprodução Instagram

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A cantora Ana Bárbara Buhr Buldrini, de 31 anos, morreu após complicações em uma cirurgia estética realizada em uma clínica na Turquia. Mineira de Belo Horizonte, que vivia em Maputo, Moçambique, ela viajou ao país acompanhada do marido, o também cantor Elgar Miles, com quem havia se casado há pouco mais de um mês, para realizar procedimentos de lipoaspiração, mamoplastia e rinoplastia.

Segundo relato do marido nas redes sociais e ao site g1, a cirurgia, inicialmente marcada para o dia 18, foi antecipada para o domingo anterior, 15, a pedido do médico responsável, com quem o casal havia saído na noite anterior.

Elgar conta que chegou a questionar a mudança na data, já que todos haviam virado a noite, mas foi tranquilizado pelo profissional, que garantiu não haver riscos.

O procedimento, feito por meio de permuta, ocorreu por volta das 23h daquele domingo. Horas depois, Ana Bárbara sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O marido afirmou que a equipe médica demorou a dar informações claras sobre o estado da paciente e que, após notar a movimentação estranha dos funcionários, procurou por respostas.

"Falaram para eu ir para o quarto, os assistentes estavam agindo de forma estranha. Fiquei 1h15 esperando recebê-la", relatou. "Desci para o térreo e um médico falou que o coração dela estava batendo de forma lenta, outro já disse que ela já estava morta "

A polícia turca foi acionada e os médicos chegaram a ser detidos para prestar depoimento. Em comunicado divulgado por meio do X (antigo Twitter), o diretor Provincial de Saúde de Istambul, Abdullah Emre Güner, afirmou que o caso será investigado e que inspeções já foram feitas no hospital, na clínica cirúrgica e no consultório médico do responsável.

O corpo de Ana Bárbara será cremado neste sábado, 21, em Maputo. As cinzas devem ser enviadas posteriormente para Belo Horizonte, onde vive sua família.

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Tradição e Musicalidade

1º Festival do Leite, do Queijo e da economia criativa agita Campo Grande

O evento terá apresentações musicais, desfile de cães de pastoreio, provas equinas, festa junina e muito mais

21/06/2025 17h13

Crédito: Freepik

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A Cidade Morena sediará o 1º Festival do Leite, Queijos e Economia Criativa, que acontece nos dias 27 e 28 de junho, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande.

O evento terá uma programação que promete cair no gosto popular do campo-grandense, unindo tradição, gastronomia e música que promete ser a melhor festa Junina com os mais variados eventos que vão desde provas com cavalos até gastronomia variada.

O festival tem como objetivo valorizar a cadeia produtiva do leite e promover a economia criativa regional. Para isso, contará com uma feira de produtos derivados do leite, como:

  • queijos artesanais;
  • doces e sorvetes;
  • pães;
  • geleias.

Além disso, haverá exposição de plantas, artesanatos e gado leiteiro da raça Girolando.

Anote na agenda


Com entrada gratuita, a solenidade de abertura será no dia 27 de junho, a partir das 17h, com a presença dos realizadores, produtores, autoridades e parceiros.

Na sequência, o público poderá aproveitar o tradicional Arraiá dos Amigos, da Escolinha 38, e o show da dupla Kleber e Ruan.

Aproveitando que a semana promete ser fria, tire a bota do armário e vá a caráter para prestigiar duas atividades que ocorrem ao mesmo tempo: o 4º Leilão COTTMS e a prova de Três Tambores.

Programação

27/06

  • Prova Três Tambores - 10h
  • Vistoria dos animais para o leilão - 14h
  • Início do Festival - 16h
  • Vaquinha parada (categoria adulto e infantil) - 16h30
  • Abertura oficial do Festival - 17h
  • Arraiá dos amigos - 18h
  • Show da dupla Kleber e Ruan - 19h
  • 4° Leilão COTTMS - Três Tambores - 19h
  • Fechamento dos portões - 22h

28 de junho

  • Prova de Três Tambores – às 9h
  • Apresentação de cão de pastoreio da raça border collie – às 10h30
  • Encerramento com show de Mansão e Grupo Pantaneiro – a partir das 19h30

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