NADYENKA CASTRO
A Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do vereador Paulo Pedra (PDT), como parte das investigações que apuram a autoria do assassinato de Júlio César dos Santos Flores, 13 anos, cujo corpo foi encontrado dia 1º de fevereiro deste ano na Avenida Via Parque, em Campo Grande. Os policiais estiveram na residência de Paulo Pedra, que fica no bairro Carandá Bosque, na sexta-feira (26), porque testemunhas disseram que o filho do vereador, Pedro Paulo Pedra, estava junto de outros rapazes durante a briga que antecedeu o espancamento do adolescente, ocorrida nos altos da Avenida Afonso Pena.
A Polícia Civil procurava pelo taco de beisebol que teria sido utilizado para bater no garoto, conforme informado à polícia por testemunhas e por outras três vítimas, que sobreviveram. No entanto, o objeto não foi encontrado e nada foi apreendido. Os policiais também cumpriram mandado de busca e apreensão na casa de outros suspeitos de envolvimento no crime e nada que pudesse contribuir para as investigações foi localizado.
Pedro Paulo e os outros três suspeitos seriam submetidos a reconhecimento de testemunhas na terça-feira, no entanto, não compareceram na 3ª Delegacia de Polícia Civil, alegando não terem tido tempo de se programarem para o compromisso, conforme informou o delegado Dimitri Erick Palermo. O reconhecimento foi remarcado para dia 9 de abril. Após essa etapa, o delegado pode continuar com as investigações ou já concluir o inquérito.
O caso
Júlio César foi encontrado morto pelo irmão, após a mãe ter estranhado o sumiço do filho. Ele havia saído um dia antes com amigos e irmãos e todos envolveram-se em uma briga nos altos da Avenida Afonso Pena e depois foram embora do local em bicicletas.
A Polícia Civil concluiu que o adolescente foi espancado, mas morreu afogado. O cadáver foi encontrado no córrego Sóter. Três pessoas já foram indiciadas pela morte do menino, entre eles, dois donos de trailers.