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Polícia Civil obtém sequestro de R$ 25 milhões da contravenção e da milícia no RJ

Polícia Civil obtém sequestro de R$ 25 milhões da contravenção e da milícia no RJ

G1

07/07/2019 - 13h34
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A Polícia Civil chegou à quantia de R$ 25 milhões em bens bloqueados e sequestrados em 2019, com autorização judicial, da milícia e da contravenção ligada à máfia de caça-níqueis no Rio de Janeiro. O acumulado foi alcançado após três grandes operações, a última delas na quarta-feira (3), contra lavagem de dinheiro de empresas ligadas à maior milícia do estado.

Segundo levantamento do G1 junto à Polícia Civil, foram R$ 18 milhões apreendidos e bloqueados de empresas e suspeitos ligados à milícia, em duas ações distintas. Outros R$ 7 milhões são de pessoas e empresas ligadas à contravenção, após uma operação realizada em junho.

A definição sobre o destino dos bens e possíveis leilões para arrecadação do dinheiro será feita pela Justiça ao final dos processos.

Novo departamento

Os bloqueios foram pedidos à Justiça pelo Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, criado no início do ano.

Na quarta-feira, a especializada efetuou as primeiras prisões. Seis pessoas foram detidas em uma operação contra a empresa Macla, ligada a Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Wellington da Silva Braga, líder de uma milícia da Zona Oeste.

"O que é importante ressaltar nessa questão não é só o montante. Ele é expressivo, ainda tem os valores ligados às contas bloqueadas, porque a gente não tem conhecimento exatamente dos valores das contas, a gente tá apurando isso, então pode ser mais", explicou a diretora do departamento, a delegada Patrícia Alemany.

Atuante no setor de lavagem de dinheiro desde 2009 na Polícia Civil, Alemany acredita que o mais importante é a mudança de cultura da corporação.

“Uma organização criminosa dessa não está acostumada a ter nenhum bem bloqueada. Eles não estão habituados a que se mexa no patrimônio deles", explicou.

A delegada critica a inexistência de delações premiadas em processos contra o crime organizado que poderiam reforçar as investigações. Ainda de acordo com Alemany, o departamento já iniciou conversas para uma possível colaboração de suspeitos ligados ao crime organizado.

"Hoje a gente está no início de uma conversa, é isso que eu posso dizer", disse Alemany.

Mapa de bens

As apreensões incluem bens imóveis, como terrenos, e até veículos em diferentes locais das zonas norte e oeste da capital, além da Baixada Fluminense. Além disso, empresas tiveram a autorização de funcionamento cancelada.

Na operação de quarta-feira, as sete pessoas com mandado de prisão tiveram suas contas bloqueadas. As empresas envolvidas na lavagem de dinheiro da milícia, segundo as investigações também tiveram a sanção financeira. Foram congeladas as verbas de Macla Extração e Comércio de Saibro Eireli – EPP, Hessel Locação de Equipamentos Ltda, Jardim das Acácias Mineração e Senna Terraplanagem.

O levantamento do G1 revelou que os terrenos e imóveis sequestrados com autorização da Justiça ficam, em sua maioria, nas áreas em que muitos dos envolvidos com a milícia ou contravenção residem, e onde os grupos criminosos possuem ampla atuação.

Em operações contra a milícia, foram rastreados imóveis em bairros como Ilha de Guaratiba, Barra da Tijuca e Recreio, na Zona Oeste, estes últimos bairros em condomínios de luxo.

Casas e sítios também foram sequestrados em Campo Grande, local de nascimento da maior milícia do Rio de Janeiro, e nos bairros vizinhos de Santa Cruz e Paciência. Na Baixada Fluminense, o mesmo ocorreu em Itaguaí e Seropédica.

A casa encontrada em Campo Grande ficava no bairro Rio da Prata, e foi avaliada pela polícia em R$ 1 milhão. Ela pertencia a um sargento chamado Marcelo José Costa Brito, lotado no Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE). Horas depois da operação, o policial se apresentou à polícia e foi levado para a unidade prisional da PM, em Niterói, na Região Metropolitana do RJ. O G1 não encontrou o advogado do policial.

Na operação contra empresas ligadas ao policial civil Rogério Augusto Marques de Brito, o Rogerinho, foram apreendidos quatro apartamentos e três casas na Barra da Tijuca e em Jacarepaguá, na Zona Oeste; e Méier, Cachambi e Del Castilho, na Zona Norte. Foram bloqueadas ainda oito contas de pessoas físicas e jurídicas ligadas à organização.

Alemany afirma que as prisões são importantes, mas o fundamental, através das análises financeiras e contábeis, é buscar o "caminho do dinheiro".

“Os grandes líderes dessas organizações estão todos presos. Então, combater, asfixiar o braço financeiro dessas organizações é um bom caminho para trabalhar crime organizado. Mas sempre com foco na questão do sequestro de bens e do bloqueio de contas. Buscar o caminho do dinheiro e retirar esse dinheiro dos criminosos", alertou.

Diferentes esquemas

Os caminhos da lavagem de dinheiro são variados. As investigações do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro lidam frequentemente com análises financeiras e contábeis, além de relatórios de inteligência financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O órgão passou do controle do Ministério da Justiça, de Sérgio Moro, para o Ministério da Economia.

Segundo Patricia, casos mais recentes envolvem empresas de fachada. Outros, principalmente envolvendo a Macla, empresa ligada à milícia de Campo Grande, demonstram a utilização do sistema chamado Mescla, em que uma atividade lícita de uma empresa é utilizada para lavar dinheiro ilícito.

“Quando é empresa de fachada, fica mais claro porque aquela empresa ali muitas vezes nem existe. Quando a empresa faz uma mescla, ela faz uma parte da atividade lícita também e mistura com o dinheiro ilícito, que é comum nessas organizações", avaliou.

Há vezes, no entanto, em que criminosos usam o próprio sistema financeiro como arma para cometer crimes, como a utilização de "contas de passagem".

"É uma estrutura bancária onde você tem contas que só servem para passar para outras contas o dinheiro. É uma maneira de você dificultar o rastreamento desse dinheiro", explicou a delegada.

Milícia e contravenção na mira

Em fevereiro, a Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensãoem endereços ligados à milícia de Santa Cruz, principalmente a Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão do líder da organização criminosa, conhecido como Ecko. Foi sequestrada sua mansão de R$ 1,7 milhão no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio.

Além dessa mansão, foram apreendidos:

Sítio em Seropédica, na Baixada Fluminense, avaliado em R$ 1,3 milhão. O imóvel pertence a Danilo Dias Lima, chefe da milícia que atua no município e também em parte de Nova Iguaçu,
Imóvel no Centro de Itaguaí, também de Danilo Dias Lima, avaliado em R$ 850 mil.
Casa de um policial em Campo Grande, na Zona Oeste, no bairro Rio da Prata, avaliada em R$ 1 milhão;

Em junho, o departamento fez operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro usando empresas de fachada.

As investigações tiveram início a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do governo federal, que detectou movimentações atípicas em uma concessionária de carros e numa loja de doces no Centro do Rio.

Nos documentos, encaminhados ao Ministério Público do RJ, se verificou que a loja de doces movimentou R$ 2,5 milhões em suas contas durante nove meses de 2018. O faturamento médio informado era de R$ 6,6 mil mensais.

Equipes do Departamento de Investigação de Lavagem de Dinheiro e Combate à Corrupção da Polícia Civil estão em endereços na Barra da Tijuca e no Centro do Rio.

A Operação Nickel, como foi batizada, se refere à exploração de máquinas caça-níqueis. Essa é uma suspeita dos investigadores para os valores movimentados nas empresas.

Cidades

Taxistas temem queda de árvore morta na principal via de Campo Grande

O ponto está localizado na Avenida Afonso Pena, em frente à Igreja Perpétuo Socorro, onde outras três árvores tiveram que ser retiradas

17/01/2025 17h45

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A Cidade Morena, conhecida por ser uma das cidades mais arborizadas do país, está gerando preocupação entre taxistas de um ponto na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande.

O ponto em questão está localizado em frente à Igreja Perpétuo Socorro. Duas árvores secas, com galhos caídos pela calçada, preocupam os trabalhadores, sendo que uma delas fica próxima ao local onde aguardam por corridas.

Em um vídeo, o taxista do ponto 50, Paulo Pereira de Lima, de 53 anos, registrou a queda de um galho, que pode causar danos aos veículos ou atingir pessoas que circulam pela calçada.

“Essas árvores são muito antigas, grandes, e estão caindo. Tá podre a árvore, então corre o risco de cair em cima de um carro ou de uma pessoa. Aqui tem alta circulação de pessoas idosas nessa calçada”, contou Paulinho.

Segundo o trabalhador, o espaço anteriormente contava com cinco árvores, mas três delas foram retiradas. “Eram cinco, agora sobraram dois defuntos ali,” explicou Paulinho.

Ainda de acordo com ele, o Sindicato dos Taxistas do Estado de MS (Sintaxi-MS) já entrou com duas solicitações para que a prefeitura avalie o risco.

Outro problema enfrentado é devido às altas temperaturas. Sem folhas para sombreamento, o ponto de táxi fica constantemente exposto ao sol ao longo do dia, causando desconforto aos taxistas que permanecem no local.

A reportagem esteve no ponto e verificou a presença dos tocos, que podem causar eventuais acidentes. Além disso, os troncos das duas árvores secas aparentam ter tido a casca arrancada.

A Prefeitura Municipal foi procurada para responder se as árvores podem ter sofrido alguma ação humana ou se secaram por outras razões. No entanto, até o fechamento deste material, não houve retorno.

 

 

Árvores ajudam a diminuir a temperatura

Diante do cenário atual, em que Mato Grosso do Sul, em 2024, registrou o ano mais quente já documentado no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), árvores plantadas estrategicamente podem aliviar o calor.

A sombra de uma árvore cria o chamado “efeito térmico”. Segundo um especialista entrevistado pelo Correio do Estado, o fenômeno ocorre devido à combinação de fatores como sombreamento, aumento na umidade do ar e resfriamento do solo.

Além disso, a vegetação reduz a radiação solar e, consequentemente, o aquecimento do solo ou de construções, diminuindo a temperatura superficial. Por meio da evapotranspiração — perda de água para a atmosfera, causada pela transpiração das plantas —, as árvores também ajudam a melhorar a umidade do ar.

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Resgate

PMA captura sete queixadas que invadiram quintal no centro de Aquidauana

Três pessoas ficaram presas na casa por conta dos animais

17/01/2025 16h30

Queixadas em quintal em Aquidauana

Queixadas em quintal em Aquidauana Divulgação / PMA

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Na manhã da última terça-feira (16), a Polícia Militar Ambiental (PMA) de Aquidauana protagonizou uma operação inusitada no centro da cidade. Um grupo de sete queixadas, também conhecidos como porcos-do-mato, invadiu uma residência, deixando um homem e dois idosos presos em sua própria casa.

Diante da urgência da situação, uma força-tarefa foi rapidamente organizada. A PMA contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Aquidauana, do 7° Batalhão da Polícia Militar e do Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (GRETAP).

A equipe isolou a área e, utilizando gaiolas e um trator, conseguiu capturar os animais com segurança. Os moradores foram retirados sem ferimentos, apesar do risco representado pela presença dos queixadas, especialmente para os idosos com saúde debilitada.

Queixadas em quintal em AquidauanaTrator e gaiolas utilizados na operação

Soltura dos animais

Após a captura, os queixadas foram levados ao quartel da PMA, onde passaram por avaliação veterinária. A profissional do GRETAP atestou que os animais estavam em boas condições de saúde.

Mais tarde, a equipe foi novamente acionada para capturar um macho adulto avistado em outra parte da cidade. Utilizando dardos tranquilizantes, o GRETAP conseguiu capturar o animal com sucesso.

Para minimizar o estresse da captura, todos os queixadas foram soltos na região de Anhumas, um local apropriado e com condições adequadas para recebê-los.

Alerta

A PMA aproveitou o incidente para alertar a população sobre os riscos de alimentar ou tentar capturar animais silvestres. Essas práticas são consideradas crime ambiental pela Lei nº 9.605/98, com multas que podem variar de R$ 500 a R$ 5.000 por animal, além de possível detenção de 6 meses a 1 ano.

Autoridades atribuem essa migração dos queixadas para áreas urbanas às recentes queimadas na região do Pantanal. 

É crucial lembrar que os queixadas, assim como outras espécies silvestres, desempenham um papel vital no equilíbrio do ecossistema. Sua presença é indicativa da saúde ambiental da região, e sua conservação é essencial para manter a biodiversidade do Pantanal.

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