Cidades

FORAGIDO

Polícia procura homem que matou
ex-mulher na frente do filho de 10 anos

Vítima tinha medida protetiva contra o suspeito

MARIANE CHIANEZI

19/07/2017 - 16h46
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Nilson Rodrigues Gama, de 40 anos, segue foragido há três dias, depois de matar a tiros a ex-mulher, Rosimere Kramer, de 47 anos, no último domingo, em loteamento na região do município de Pedro Gomes. Filho de 10 anos do casal presenciou o crime. Polícia Civil está a procura de pistas do paradeiro do suspeito.

Conforme a Polícia Civil, Nilson seguiu Rosimere em um Fiat Strada, enquanto ela viajava com a família em caminhonete Chevrolet S10 para área rural. Conforme relatos de testemunhas, vítima teria percebido que o ex estava seguindo.

Ele teria dito à mulher que queria apenas pedir desculpas ao filho pelos desentendimentos com Rosimere após a separação do casal, que aconteceu no início deste ano.

Ainda de acordo com a polícia, mesmo sendo proibido se aproximar da vítima devido à medida protetiva expedida por conta de agressões sofridas por Rosimere anteriormente, ele teria começado uma conversa amistosa com a ex-mulher e ainda teria cumprimentado todos que estavam perto da vítima.

Depois de alguns momentos de conversa, Nilson sacou a arma, um revólver calibre .38, e atirou três vezes contra a ex e ainda teria disparado duas vezes contra o filho mais velho da vítima, um rapaz de 28 anos, mas tiros não o acertaram. Enquanto a mulher era socorrida, o atirador fugiu na Strada.

Investigações apuraram que Nilson teria comprado por R$ 2 mil a arma dois dias antes do crime, tendo assim, premeditado a morte da ex-companheira.

No dia seguinte ao crime, a polícia encontrou o veículo do suspeito abandonado em um assentamento na região da cidade de Sonora, e no interior do carro estava uma mala de roupas.

PRISÃO

Delegado Francis Tadano Araújo Freire, que responde pelas delegacias de Pedro Gomes e Sonora, pediu a prisão preventiva de Nilson. O juiz Francisco Soliman, após parecer do Ministério Público (MP), deferiu o pedido e com isso Nilson é considerado foragido agora.

Quem souber informações sobre o paradeiro que leve as autoridades até o suspeito pode entrar em contato com a Delegacia de Polícia Civil de Sonora, (67) 3254-1130, ou através dos números (67) 99640-5988, no plantão de Pedro Gomes, ou (67) 99932-6631, no plantão de Sonora.

CASO

Rosimere foi assassinada com tiros desferidos pelo ex-marido, Nilson, que não aceitava o fim do relacionamento. Caso de feminicídio aconteceu no último domingo, em residência localizada no Loteamento Santa Maria, que fica na região rural do município de Pedro Gomes.

Depois de matar Rosimere, Nilson ainda tentou matar o filho dela, mas não conseguiu porque a arma falhou. Testemunhas relataram que Nilson estava enciumado e que o casal havia se separado há cerca de seis meses.

pantanal

Proteção à onça-pintada pode render R$ 8,6 milhões em projeto inédito

Instituto do Homem Pantaneiro conseguiu certificação para vender crédito de biodiversidade baseado na preservação da espécie

22/03/2025 09h30

Presença da onça-pintada na Serra do Amolar levará propriedades a receber pela biodiversidade em projeto inédito

Presença da onça-pintada na Serra do Amolar levará propriedades a receber pela biodiversidade em projeto inédito Foto: Divulgação/IHP

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Um dos símbolos do Pantanal Sul-Mato-Grossense, a onça-pintada agora também se tornou um grande ativo para produtores que convivem em harmonia com o animal. Isso porque o Instituto do Homem Pantaneiro (IHP) conseguiu a certificação para um projeto de crédito de biodiversidade baseado na preservação desta espécie. O projeto, que começou agora a venda de créditos, pode faturar, pelo menos, R$ 8,6 milhões.

De acordo com o diretor-presidente do IHP, Ângelo Rabelo, a venda de crédito por biodiversidade é inédita no Brasil e esse projeto voltado às onças-pintadas nunca foi feito no mundo.

Sob o nome de Crédito de Biodiversidade Jaguar, o projeto dispôs de 71.750 créditos de biodiversidade habilitados no mês passado. O valor é alto porque eles se referem a três anos de monitoramento (2021 a 2023) de duas onças-pintadas em uma área de 40,6 hectares localizada na região da Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. 

A área é composta por três fazendas que são Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), portanto, são voltadas somente à preservação e à conservação da fauna e da flora presentes.

Para cada crédito é cobrado o valor de US$ 21,00 a US$ 27,00 (valor calculado com base no custo por hectare para a conservação), o que significa dizer que, quando todas as mais de 71 mil cotas forem adquiridas, considerando o menor valor, o projeto terá recebido cerca de R$ 8,6 milhões, levando em conta a cotação atual do dólar, que é de R$ 5,73.

O projeto pode ser feito por 10 anos, pode ser estendido para até 100 anos, e aproveita toda a propriedade, diferentemente do crédito de carbono, que tem uma área específica para ser contabilizada.

Ainda de acordo com o IHP, além da onça-pintada, a iniciativa abre portas para que projetos futuros possam ser desenvolvidos por outros produtores, que, além das onças, podem usar outras espécies ameaçadas, como as araras-azuis e os tamanduás-bandeira.

Segundo o diretor-presidente do IHP, essa ferramenta será mais um benefício para a preservação, mas também para os produtores que decidem manter a conservação do bioma.

“É sempre um desafio, e o Pantanal impõe isso. Quanto vale a natureza? Para o pantaneiro, era uma área que poderia pegar fogo, que poderia ter vários problemas. Agora, aquilo que você não usa é uma moeda também”, afirmou Rabelo.

A ideia agora é que o IHP, com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e o Senai, mostre o “caminho das pedras” aos produtores que tiverem interesse de implantar um projeto semelhante em sua propriedade para também usar a onça-pintada, ou outro animal da região que esteja na lista de ameaçados, na obtenção de crédito de biodiversidade.

“A partir da manifestação de interesse, a gente mostra o roteiro. Essa metodologia de biodiversidade tem menos tempo que o crédito de carbono, que são pelo menos 30 anos, então, a gente tem uma expectativa positiva”, declarou Rabelo.

A estimativa de população de onças-pintadas no Pantanal é de cerca de 3 mil, com isso, a capacidade para projetos como esse no bioma é gigantesca, de acordo com Rabelo.

Essa ferramenta também é importante para conscientizar os produtores sobre a importância da manutenção desses animais no bioma e evitar a caça, que é considerada crime ambiental.

A novidade foi apresentada nesta sexta-feira, no Dia Internacional das Florestas, ao governador Eduardo Riedel (PSDB).

“É uma grande contribuição de produção da natureza, que abrange carbono, biodiversidade e água, e posiciona Mato Grosso do Sul na agenda global de produção de alimentos e transição energética. É a materialização do conceito e da linha de trabalho”, disse Riedel.

“Esse é praticamente um dos primeiros créditos no mundo de biodiversidade. No caso, especificamente sobre a onça, que é chamado projeto Jaguar, em que é avaliado o habitat desse animal, fazendo a certificação que existe um ambiente adequado para esse animal viver. Então, esse é o crédito que você consegue certificar que aquele ambiente é adequado para aquela espécie”, avaliou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck.

OUTRO PROJETO

Além da iniciativa inovadora do crédito de biodiversidade, também foi apresentado no encontro o projeto Fazenda Cristal, que consiste em uma atividade de florestamento com a conversão de área de pasto para uma formação nativa de bambu, planta com forte potencial de remoção de CO2 da atmosfera.

Segundo o sócio-diretor da Vert Ecotech (Fazenda Cristal), Milton Insuela Júnior, o projeto de crédito de carbono da propriedade vende 1,8 mil cotas por ano, com preços que variam de US$ 20,00 a US$ 40,00. 

Saiba

Enquanto o crédito de carbono representa a não emissão de dióxido de carbono na atmosfera e é vendido levando em conta cada tonelada dos gases do efeito estufa não emitida, os créditos de biodiversidade valorizam a proteção de espécies e ecossistemas, criando um mercado voluntário para que investidores contribuam com a conservação de habitats e espécies ameaçadas. A metodologia foi elaborada pela Ecosystem Regeneration Associates (ERA).

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90% DOS GRUPOS

Campanha de vacinação contra a gripe começa no dia 7 de abril

Meta é imunizar 90% dos grupos prioritários

21/03/2025 22h00

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários Foto: Arquivo/Gilberto Marques/Governo do Estado de São Paulo

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A campanha nacional de vacinação contra a influenza este ano começa no dia 7 de abril. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta sexta-feira (21), data em que as doses começam a ser distribuídas aos estados.

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos, gestantes, puérperas, pessoas com doenças crônicas, pessoas com deficiência, profissionais de saúde e professores, dentre outros.

Ao receber a primeira remessa de doses destinada ao Distrito Federal, Padilha destacou que o imunizante protege contra um total de três vírus do tipo influenza e garante uma redução do risco de casos graves e óbitos provocados pela doença.

Segundo ele, estados e municípios que receberem as doses ao longo dos próximos dias podem optar por iniciar a vacinação antes do dia 7. No Distrito Federal, por exemplo, a imunização deve começar na próxima terça-feira (26).

A previsão é que, até o fim de março, 35 milhões de doses tenham sido entregues aos estados. Padilha refutou mitos como o de que a dose faz com que a pessoa imunizada fique gripada e destacou que, muitas vezes, o que acontece é que ela já chega infectada no momento de receber a vacina.

Vacina o ano todo

O ministro destacou que, a partir deste ano, a vacina contra a influenza passa a ficar disponível em unidades básicas de saúde de forma permanente. A estratégia, segundo ele, é não perder nenhuma oportunidade de vacinar pessoas que buscarem a dose.

Padilha disse ainda que os dias D nacionais de vacinação contra a influenza também serão retomados. A data, para este ano, será definida ao longo da próxima semana, durante reunião da comissão intergestores tripartite, mas deve acontecer em maio.

Público em geral

A possibilidade de ampliar a vacinação contra a influenza para o público em geral, segundo o ministro, não está descartada, mas ficará a critério de cada estado e município, levando em consideração o status de cobertura dos grupos prioritários.

“A meta recomendada pela OMS [Organização Mundial da Saúde] é 90% [de cobertura vacinal para grupos prioritários]. Vamos perseguir isso”, disse Padilha.

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