Polícia

CRIME ORGANIZADO

Diretor de presídio federal diz que Name não precisa de ajuda

Relatório contraria tentativa de conseguir prisão domiciliar ou evitar transferência para Mossoró

Continue lendo...

As alegações de Jamil Name de que, em razão de sua avançada idade (83 anos), depende de auxílio até para refeição e higiene pessoal foram contrariadas pela direção do Presídio Federal de Campo Grande, onde ele se encontra custodiado. Apontado como líder de organização criminosa suspeita de vários crimes de pistolagem ocorridos nos últimos anos na Capital, Name está na unidade penal há dez dias, o mesmo ocorre com o filho dele e com os policiais Márcio Cavalcante da Silva e Vladenilson Olmedo.

Desde a sua entrada na penitenciária, determinada pela Justiça após a constatação de um suposto plano para matar o delegado Fábio Peró, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestros (Garras), um dos responsáveis pelas investigações, Name vem tentando evitar a sua transferência para o Presídio Federal de Mossoró (RN), também já autorizada.

Ao se manifestar no processo que trata da transferência e aproveitando o fato de que em presídio federal as celas são individuais e de alta segurança, a defesa argumentou que o cliente necessita de uma série de cuidados especiais, que vão desde o auxílio para se locomover, se alimentar e até mesmo para realizar sua higiene pessoal, motivo pelo qual não podia ficar em um presídio federal, principalmente no Rio Grande do Norte, longe da família.

CONTRARIA

Em resposta ao ofício da coordenação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o diretor do Presídio Federal informou que Name deu entrada no estabelecimento no dia 12 deste mês e no momento encontra-se em período de inclusão, visando à sua adaptação ao regulamento penitenciário federal. 

Nesse período, Name foi submetido a consultas médicas iniciais, além de atendimentos nas áreas de enfermagem, farmácia, psicologia, jurídica, assistência social, educacional e terapia ocupacional, como fins de levantamento de dados pessoais e sua personalidade, objetivando a classificação e individualização da pena.

Ainda nesse período, conforme a direção da unidade, Name não apresentou sinais de nada que prejudicasse suas atividades diárias na cela, a não ser as naturais relacionadas à sua idade, mostrando-se apto para a realização das tarefas cotidianas, como caminhar, alimentar-se e outras, sem qualquer auxílio, seja humano, seja mecânico. 

Por conta do relatório do presídio, o Gaeco manifestou-se pela permanência de Name em unidade federal, uma vez que ele não faz jus à prisão domiciliar, reservada para casos de pessoas extremamente debilitadas por doença grave.

PROCEDIMENTOS

Contra Name há uma decisão de sua colocação em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em presídio federal. Cada presídio tem 12 celas para esse tipo de regime. Elas possuem 12 m². Nelas o interno passa todas as horas do seu dia trancado. O banho de sol acontece lá mesmo, por meio de um solário.

De dentro da cela do RDD só se sai para atendimento médico, audiência com juiz ou advogado e visita no parlatório. Ficam suspensos as visitas sociais e os banhos de sol coletivos. Neste regime, o preso pode ficar até 365 dias, renováveis pelo mesmo período.

Os presídios federais, administrados pelo Ministério da Justiça, não sofrem problemas com superlotação, rebelião ou tentativa de fuga. Em 11 anos, nenhum aparelho celular conseguiu driblar os quatro níveis de revista que um visitante passa até estar pessoalmente com o preso. De lá, nunca partiu uma ordem via telefone para crimes do lado de fora. Também não tem televisão nem jornais. As leituras permitidas são de livros, revistas, apostilas de cursos e conteúdos religiosos. 

As vagas são destinadas a uma situação especial e temporária, que leva em consideração diferentes fatores, como o perfil do preso, sua periculosidade, o grau de liderança exercido na facção criminosa, a prática de crimes de violência e outros delitos que impactaram a ordem e a segurança nos estados de origem.
 

HOMICÍDIO CULPOSO

Bebê de 6 meses morre na Santa Casa com ferimentos pelo corpo

Suspeita é que padrasto tenha agredido a criança na cabeça, costas e ouvido

18/03/2025 09h15

Maior hospital de Mato Grosso do Sul, Santa Casa de Campo Grande

Maior hospital de Mato Grosso do Sul, Santa Casa de Campo Grande GERSON OLIVEIRA

Continue Lendo...

Bebê, de 6 meses, morreu vítima de maus-tratos, nesta segunda-feira (16), no Hospital Santa Casa, localizado na rua Eduardo Santos Pereira, número 88, Centro, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, a criança teria ficado “aos cuidados” do namorado da mãe, no sábado (15), na casa em que moravam.

Mas, a mãe chegou em casa e encontrou a criança toda machucada e decidiu levá-la ao médico. Ela deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon com vários machucados, ferimentos e lesões pela cabeça, costas e ouvido.

Interrogada pelos médicos, a mãe disse que a criança tinha caído da cama. Mas, os médicos desconfiaram e disseram que os machucados não se tratavam de uma simples queda e acionaram a polícia.

Devido à gravidade dos ferimentos, a criança teve que ser transferida para a Santa Casa. No domingo (16), passou por cirurgia e seu estado de saúde ainda era delicado.

Na segunda-feira (17), não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O padrasto, de 25 anos, que não tem a identidade divulgada, é o principal suspeito pela morte do bebê. Ele tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, ameaça, roubo e roubo majorado e cumpre pena em regime domiciliar desde 30 de dezembro de 2024.

O caso foi registrado como “Homicídio Culposo e Maus Tratos, se do Fato Resulta Morte’ e vai ser investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

O caso é semelhante ao da menina Sophia de Jesus Ocampo, morta aos 2 anos e 7 meses de idade, em 26 de janeiro de 2023, após ser agredida pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e pelo padrasto, Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos.

A menina era agredida constantemente e chegou a frequentar o posto de saúde, com partes do corpo quebradas, mais de 30 vezes, antes de ser morta. Ela também foi estuprada.

A cada consulta, a mãe dizia que Sophia caiu ou se machucou enquanto brincava. A surra que Sophia levou antes de morrer foi tão forte que a cabeça da menina chegava a girar 360º, pois teve os ligamentos do pescoço rompidos.

Em 6 de dezembro de 2024, mãe e padrasto foram condenados a penas que somam 52 anos de prisão.

Stephanie foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado por omissão.

Já Christian foi condenado a 33 anos de prisão, sendo 20 anos por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel e contra menor de 14 anos, e a 12 anos de prisão por estupro.

COMO DENUNCIAR?

Maus-tratos contra a criança e ao adolescente é crime.

De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente, nenhuma criança ou adolescente deve ser objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão.

O objetivo é que a vida, saúde e integridade da vítima sejam preservadas. É importante denunciar e expor o delinquente para que as autoridades tomem as medidas cabíveis.

Caso não queria ser identificado, é possível efetuar a denúncia em anônimo por meio de vários canais de comunicação, existentes em Campo Grande. Confira:

  • Polícia Militar - 190

  • Bombeiro Militar – 193

  • Ministério Público – 127 ou 0800-647-1127

  • Polícia Civil - 197

  • 1º Conselho Tutelar Sul - (67)3314-6370 / (67)99941-2195 (plantão)

  • 2º Conselho Tutelar Norte - (67)3314-4483 / (67)99688-1623 (plantão)

  • 3º Conselho Tutelar Centro - (67)3314-4337 / (67)99715-9024 (plantão)

  • 4º Conselho Tutelar Bandeira - (67)3314-4482 / (67)99989-3692 (plantão)

  • 5º Conselho Tutelar Lagoa - (67)3314-4482 / (67)99847-9119 (plantão)

APREENSÃO

DOF apreende meia tonelada de agrotóxico na MS-379

Defensivo agrícola foi avaliado em R$ 510 mil

17/03/2025 11h00

Fiat Palio modelo 16V/1996 recheado de agrotóxico

Fiat Palio modelo 16V/1996 recheado de agrotóxico DIVULGAÇÃO/DOF

Continue Lendo...

Policiais militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreenderam 500 quilos de defensivos agrícolas, neste sábado (15), na MS-379, entre Dourados e Laguna Carapã, a 250 quilômetros de Campo Grande.

O agrotóxico foi avaliado em R$ 510 mil. Os defensivos agrícolas estavam distribuídos em pacotes. Um homem, de 31 anos, foi preso em flagrante.

Conforme apurado pela reportagem, os policiais faziam bloqueio na MS-379 quando abordaram um Fiat Palio modelo 16V/1996.

Vistoriaram o veículo e localizaram 500 pacotes de defensivos agrícolas, totalizando meia tonelada do material contrabandeado.

Questionado, o motorista afirmou que carregou o automóvel em Pedro Juan Caballero (PY) e levaria até Itaporã (MS), onde receberia R$ 1 mil pelo transporte.

O material foi apreendido e entregue na Delegacia da Polícia Federal em Dourados. A ação ocorre dentro do Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

Em 27 de janeiro de 2025, policiais do DOF apreenderam oito toneladas de defensivos agrícolas contrabandeados em Laguna Carapã.

Os defensivos, contrabandeados do Paraguai, estavam em um caminhão Mercedes Benz. Homem, de 37 anos, foi preso em flagrante. O prejuízo estimado ao crime foi de R$ 8,1 milhões.

Conforme apurado pela reportagem, os militares realizavam patrulhamento na cidade, quando pararam o caminhão e abordaram o condutor.

Questionado pelos policiais, ele confessou que o veículo estava carregado com os produtos contrabandeados.

Ele afirmou que carregou o caminhão em Laguna Carapã e descarregaria em Nova Andradina, onde receberia R$ 500 pelo transporte.

O material apreendido foi encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Dourados.

Em 4 de janeiro de 2025, militares do DOF apreenderam defensivos agrícolas contrabandeados, avaliados em R$ 4 milhões, em Aral Moreira, município localizado a 376 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, os militares faziam bloqueio na MS-386, quando deram voz de parada ao caminhão. Durante interrogatório dos policiais, o homem apresentou controvérsias sobre o motivo da viagem.

Os militares revistaram o compartimento de carga e flagraram diversos galões com 1.130 litros de defensivo agrícola e 2.800 quilos em sacos.

Questionado, o autor afirmou que pegou os defensivos agrícolas em Ponta Porã e levaria até a cidade de Caarapó, onde receberia R$ 8 mil.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).