Polícia

MILÍCIA NA CADEIA

Gaeco pede que juiz mantenha prisão de policiais ligados a Name

A pedido do Ministério Público, as detenções temporárias poderão ser convertidas em prisões preventivas

THIAGO GOMES

13/10/2019 - 18h31
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Além de ter requerido a inclusão de Jamil Name e do filho dele no Presídio Federal de Campo Grande na tarde de sábado, o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também solicitou a conversão de prisão temporária em preventiva de outros alvos da Operação Omertá, como policiais federais e civis, além de guardas municipais. Apontados como integrantes de organização criminosa ligada a crimes de pistolagem e outros, eles se encontram presos desde o dia 27 de setembro.

O Gaeco, braço investigativo Ministério Público Estadual (MPE), quer a conversão das prisões temporárias em preventiva do policial civil Elvis Elir Camargo Lima, do policial federal Everaldo Monteiro de Assis, do guarda municipal Eronaldo Vieira da Silva, do segurança Euzébio de Jesus Araújo, do policial civil Frederico Maldonado Arruda, dos guardas municipais Igor Cunha de Souza e Rafael do Carmo Peixoto e do treinador de cavalos Luís Fernando da Fonseca.

No caso de Elvis Elir, por exemplo, o Gaeco sustenta que o policial civil da ativa trabalhava para a família Name, utilizando a sua função  em benefício do grupo. Conforme o Gaeco, são várias as situações  em que, durante o horário de serviço, o agente foi flagrado tratando de assuntos de interesse dos Name. Além disso, ele estava lotado em Ponta Porã e se aproveitava da proximidade com a fronteira do Paraguai para trazer armas para a organização criminosa.

Para o Gaeco, com o avançar das investigações, antes mesmo de findado o prazo de prisão temporária, coletaram-se “provas suficientes da participação efetiva de todos na organização criminosa liderada por Jamil Name e Jamil Name Filho”.

O pedido de conversão da prisão temporária em preventiva (por tempo indeterminado) deve ser analisado a partir de hoje pelo juízo da 7ª Vara Criminal de Campo Grande

TRANSFERÊNCIA

No sábado, Jamil Name, Jamil Name Filho, o policial civil Márcio Cavalcante da Silva e o policial aposentado Vladenilson Daniel Olmedo foram  transferidos do Centro de Triagem (CT), instalado no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, para o Presídio Federal, na região da saída para Sidrolândia.

No local, considerado de alta segurança e para onde são levados chefes de facções, já está o guarda municipal Marcelo Rios, preso em maio com um arsenal de armas de grosso calibre. O arsenal estaria sendo utilizado pela organização na execução dos crimes. 

No presídio, onde também está o traficante Fernandinho Beira-Mar, eles ficarão em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), sem contato entre si ou com qualquer outro detento por no mínimo seis meses. 

A transferência, aprovada pela Justiça Federal, foi determinada em decorrência de um suposto plano de atentado contra o delegado Fábio Peró, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras).

OPERAÇÃO

A Operação Omertá, que combate milícia armada especializada em crimes de pistolagem, está em andamento desde o fim de setembro. Os assassinatos de pelo menos três pessoas estão relacionados ao grupo de extermínio em investigação: o caso do policial militar reformado Ilson Martins Figueiredo, ocorrido em 11 de junho do ano passado; o do ex-segurança Orlando da Silva Fernandes, em 26 de outubro de 2018; e do estudante de Direito Matheus Xavier, em abril deste ano. Omertá, conforme o Gaeco, é um termo que se fundamenta em um forte sentido de família e no silêncio que impede a cooperação com autoridades policiais ou judiciárias. Trata-se de um código de honra muito usado nas máfias do sul da Itália.

MATO GROSSO DO SUL

Homem esfaqueado na Aldeia Jaguapiru é a 97ª vítima de homicídio em 2025

Arleilson do Nascimento Sodré, de 30 anos, teria se desentendido com outro rapaz que o esfaqueou

16/03/2025 15h00

DIVULGAÇÃO/Dourados News - Osvaldo Duarte

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Arleilson do Nascimento Sodré, de 30 anos, morreu esfaqueado, neste sábado (15), na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Arleilson não era indígena, mas sim casado com uma mulher indígena. Conforme apurado pela reportagem, ele teria se desentendido com um indígena, de 21 anos, que também mora na aldeia. Não se sabe os motivos da briga.

O autor alegou que Arleilson havia o ameaçado. Com isso, foi até sua casa, pegou uma faca e desferiu golpes contra a vítima.

Este é o 97º homicídio em 2025, de acordo com dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS).

* Com informações de Dourados News

ESTATÍSTICA

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 97 pessoas foram mortas (homicídio doloso), entre 1º de janeiro e 16 de março de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Desse número, 88 são homens, 9 mulheres, 28 são jovens, 61 adultos, 7 idosos e 1 adolescente.

Os assassinatos ocorreram em janeiro (43), fevereiro (35) e março (19). Das mortes, 44 ocorreram na Capital e 53 no interior. Homicídio é quando uma pessoa tira a vida da outra intencionalmente.

Homicídio doloso é a forma mais grave de tirar a vida de alguém, pois envolve a premeditação e a intenção de causar a morte. Isso significa que o autor do crime tinha a intenção clara de matar a vítima, agindo de forma deliberada e consciente.

Veja os tipos de homicídio doloso:

Homicídio Simples: O homicídio simples ocorre quando alguém tira a vida de outra pessoa de forma intencional, mas sem agravantes. Por exemplo, um indivíduo que, durante uma briga, mata outra pessoa sem qualquer motivo específico pode ser acusado de homicídio simples.

Homicídio Qualificado: O homicídio qualificado é uma forma mais grave de homicídio doloso, envolvendo circunstâncias agravantes. Por exemplo, se o homicídio for cometido com crueldade, mediante paga ou promessa de recompensa, ou para ocultar outro crime, ele será considerado qualificado e terá penas mais severas.

Homicídio Privilegiado: O homicídio privilegiado ocorre quando o autor do crime age sob forte emoção, como violenta emoção, medo, ou impulso irresistível. Nesses casos, a pena pode ser reduzida.

DOURADOS (MS)

Polícia apreende R$ 15 milhões em cocaína em carga de produto de limpeza

Entorpecente estava distribuído em 222 tabletes e o destino seria São Paulo

14/03/2025 09h15

222 tabletes (200 kg) de cocaína apreendidos pela PCMS

222 tabletes (200 kg) de cocaína apreendidos pela PCMS Divulgação/Polícia Civil - MS

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Policiais civis, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON) e 2ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados, apreenderam 200 kg de cocaína escondidos em uma carga de produtos de limpeza, em Dourados, município localizado a

O entorpecente estava distribuído em 222 tabletes e foi avaliado em R$ 15 milhões. O destino seria São Paulo.

Conforme apurado pela reportagem, a polícia recebeu uma denúncia de uma carga que causou desconfiança a funcionários de uma transportadora do município.

Um conjunto de 56 caixas de produtos de limpeza teria destino a São Paulo, no entanto, durante o carregamento, uma delas teria rasgado e uma espécie de tablete teria sido visto, gerando desconfiança.

Com isso, os funcionários acionaram a polícia. Equipes se deslocaram até o endereço, realizaram a vistoria do veículo e localizaram a droga.

O entorpecente foi apreendido e encaminhado a 2ª Delegacia de Polícia Civil de Dourados. Ninguém foi preso.

Em 27 de fevereiro de 2025, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez a maior apreensão de cocaína do ano em Mato Grosso do Sul.

A PRF apreendeu 587 kg de cocaína, sendo 467 Kg de cloridrato e 120 Kg de pasta base, em Bataguassu, município localizado a 330 quilômetros de Campo Grande. 

A droga seria transportada de Corumbá (MS) a São Paulo (SP). Um homem foi preso e o material apreendido foi encaminhado à Polícia Federal em Três Lagoas (MS).

Em 20 de fevereiro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Receita Federal apreenderam 391 kg de cocaína e 247 Kg de maconha em um bitrem que transportava minério de ferro.

Após retirar parte do material, foram encontrados vários tabletes de droga, sendo:

  • 245 kg de cloridrato de cocaína;
  • 146 kg de pasta base de cocaína;
  • 114 kg de maconha;
  • 133 kg de skunk;
  • e 12 kg de haxixe.

Em 19 de fevereiro, equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO/MS) apreenderam cerca de 385 kg de cocaína na BR-262. A droga estava em posse de um motorista.

Uma pessoa foi presa, autuada pelo crime de tráfico interestadual de drogas.

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