Idoso, de 75 anos, que não teve a identidade divulgada, foi morto a facadas e pauladas, na noite desta segunda-feira (7), na rua Ignes Corrêa da Costa, bairro Caiobá, em Campo Grande.
Após o crime, seu corpo foi enterrado no quintal de uma casa. O autor, de 23 anos, é usuário de drogas e faz uso de medicação controlada.
Conforme apurado pela reportagem, o autor estava sentado em frente a sua casa, quando viu um idoso, conduzindo uma bicicleta elétrica, transportando materiais recicláveis. Ele chamou a atenção do senhor, oferecendo-lhe algumas latas de alumínio que estariam nos fundos da residência.
De acordo com o Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPMChoque), quando entrou no fundo da casa com a vítima, o autor afirmou que, naquele momento, sentiu vontade de matá-la.
Mas, antes de cometer o assassinato, movimentou uma câmera de segurança para que o crime não fosse registrado.
Em seguida, agrediu, chutou, derrubou, enforcou e deu um golpe mata-leão no idoso. A vítima ainda conseguiu se desvencilhar, momento em que o autor sacou uma faca e desferiu três golpes na região do tórax.
O idoso caiu no chão, quando o autor pegou uma barra de ferro e desferiu dez golpes por todo o corpo.
Em seguida, ao perceber o óbito, o criminoso enterrou o corpo no quintal de sua residência, cobrindo-o com panos, para evitar que seus familiares descobrissem.
O irmão do rapaz relatou que foi-lhe oferecida uma bicicleta elétrica, o que achou estranho. Logo depois, viu que havia um volume de terra remexido nos fundos da casa.
A mãe do autor viu manchas de sangue na terra e, ao questionar o autor, ele respondeu que seria melhor ela não olhar. Ainda assim, remexeu a terra e viu que tinha um cadáver humano ali.
Segundo o BPMChoque, durante varredura no terreno ao lado, foram encontrados um saco plástico com vestígios de sangue, uma sacola preta e um aparelho celular.
O aparelho recebeu a ligação do filho do dono do celular, ou seja, do filho da vítima, momento em que os policiais atenderam, explicaram a situação e pediram para que a família fosse até o local reconhecer a vítima do homicídio.
O autor confessou o crime, foi preso em flagrante e conduzido à Delegacia de PoLícia. Ele vai responder pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver.
Posteriormente, Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para realizar procedimentos periciais e retirada do corpo.
ESTATÍSTICA
Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 315 pessoas foram mortas (homicídio doloso), entre 1º de janeiro e 8 de outubro de 2025, em Mato Grosso do Sul.
Desse número,
- 288 são homens
- 19 mulheres
- 8 não tiveram o sexo divulgado
- 91 são jovens
- 175 são adultos
- 27 são idosos
- 9 são adolescentes
- 6 são crianças
- 7 não tiveram a idade divulgada
- 105 ocorreram em Campo Grande
- 210 ocorreram no interior do Estado
Os assassinatos ocorreram em janeiro (49), fevereiro (34), março (44), abril (35), maio (33), junho (27), julho (27), agosto (38) e setembro (28).
HOMICÍDIO
Homicídio é quando uma pessoa tira a vida da outra intencionalmente.
Homicídio doloso é a forma mais grave de tirar a vida de alguém, pois envolve a premeditação e a intenção de causar a morte. Isso significa que o autor do crime tinha a intenção clara de matar a vítima, agindo de forma deliberada e consciente.
Veja os tipos de homicídio doloso:
Homicídio Simples: O homicídio simples ocorre quando alguém tira a vida de outra pessoa de forma intencional, mas sem agravantes. Por exemplo, um indivíduo que, durante uma briga, mata outra pessoa sem qualquer motivo específico pode ser acusado de homicídio simples.
Homicídio Qualificado: O homicídio qualificado é uma forma mais grave de homicídio doloso, envolvendo circunstâncias agravantes. Por exemplo, se o homicídio for cometido com crueldade, mediante paga ou promessa de recompensa, ou para ocultar outro crime, ele será considerado qualificado e terá penas mais severas.
Homicídio Privilegiado: O homicídio privilegiado ocorre quando o autor do crime age sob forte emoção, como violenta emoção, medo, ou impulso irresistível. Nesses casos, a pena pode ser reduzida.


Celular destruído com o pé. Foto: Marcelo Victor


