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Perseguição do PSL pode custar expulsão de deputado

Presidente municipal do partido disse que postura de parlamentar deve ser avaliada pela Executiva

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A suspeita de que o celular teria sido invadido por hacker e de que foi direcionado por alguém do PSL de Campo Grande poderá resultar em expulsão do deputado Coronel David da sigla. Durante sessão, ontem, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), o presidente da Executiva Municipal e colega de bancada de David, Renan Contar, disse que seu correligionário terá de se explicar sobre tais acusações e sanções poderão ser aplicadas. “A expulsão do deputado está acima do meu poder, mas, com certeza, algo será feito. Alguma medida será tomada”, declarou Contar, que deve se reunir com a Executiva do partido.

Em contrapartida, David declarou que ficou triste por não ter tido o apoio da legenda em relação à suspeita. “Como integrante, eu merecia o mesmo apoio que o deputado Contar me ofereceu em tribuna”, disse ele ao se referir à nota de repúdio que a presidente da Executiva Estadual e senadora, Soraya Thronicke, enviou à imprensa na quarta-feira (25).
Os conflitos entre a Executiva Estadual e David não são de hoje. O parlamentar chegou a ameaçar sair do partido por se sentir desrespeitado pela senadora. Ele alega que ajudou a construir a sigla no Estado e que sempre trabalhou para o crescimento do PSL em Mato Grosso do Sul.

Uma das insatisfações apontadas por David foi em relação à convenção que ocorreu em julho e que elegeu o novo presidente da sigla municipal, Capitão Contar, em vez de reconduzir David ao cargo, já que ele era o líder anteriormente. De acordo com David, além de ser excluído de reuniões, ele não foi convidado a participar da convenção. 

O atual conflito se deu após David votar a favor de homenagem em que o ex-senador Delcídio do Amaral (PTB) recebeu Mérito Legislativo de deputados estaduais. Vídeo feito por integrante do PSL de Brasília, Bruno Gomides, em que o parlamentar é criticado por “homenagear um homem corrupto, que já foi preso, um homem do centrão chamado Delcídio do Amaral, homem que não tem credibilidade nenhuma com a sociedade brasileira e que vai totalmente contra o que o PSL e o presidente Bolsonaro pensam”, começou a ser compartilhado via WhatsApp.

Em seguida, na noite de terça-feira (24), o deputado declarou que o vídeo havia sido compartilhado em seu status pessoal, configurando a invasão do aparelho

Coronel David desconfiou de integrante da Executiva Municipal porque no vídeo de Gomides ele cita o nome da senadora dizendo que ela é “uma grande amiga”. Uma das pessoas que foram identificadas por ter compartilhado o vídeo de Gomides é um jovem de 20 anos chamado Mateus Corrêa. O deputado disse em tribuna sobre suas desconfianças. “Uma pessoa do PSL de Brasília, orientada pelo PSL de Campo Grande, fez um vídeo me acusando de ter homenageado o senador Delcídio do Amaral. (...) Eu honro o meu mandato, eu honro as diretrizes do meu partido. Não teve orientação do partido para que fosse contra. Não traí minha ideologia nem as pessoas que confiam em mim” disse. 

Em contrapartida, Contar declarou que considera o vídeo legítimo e que é direito de todos expressarem suas opiniões. “O problema não é o vídeo em si, e sim a possibilidade de ter o celular invadido, isso é crime e vamos averiguar, e se isso for comprovado vou publicar nota de repúdio assinada por mim mesmo”, declarou.

Procurado pelo Correio do Estado para comentar as possíveis sanções do partido com relação ao seu discurso na tribuna, Coronel David não foi encontrado.

PARTIDO

Em nota, a senadora Soyara Thronicke repudiou as declarações de Coronel David e ainda destacou que tomará medidas judiciais. Também por meio de nota, David se manifestou sobre as declarações da senadora. “A referida nota traz fatos totalmente divorciados da realidade e, ao invés de repudiar o ato criminoso contra um parlamentar da sigla, que teve seu celular invadido por hackers na noite de terça-feira (24), traz narrativa que, de maneira paradoxal e injustificável, pretende transformar a vítima em algoz”, declarou o deputado.

APREENSÃO

DOF apreende 10,7 toneladas de maconha avaliadas em R$ 21,8 milhões

Grande apreensão ocorreu em Japorã, Paranhos e Iguatemi, municípios fronteiriços

20/03/2025 11h00

Carro que capotou com carga de maconha

Carro que capotou com carga de maconha DIVULGAÇÃO/DOF

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Policiais militares do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreendeu 10.770 quilos de maconha, entre terça (18) e quarta-feira (19), em Japorã, Paranhos e Iguatemi, municípios que fazem fronteira com o Paraguai.

Ao todo, 7,5 toneladas de maconha foram apreendidas, nesta quarta-feira (19), em Japorã, município localizado a 452 quilômetros de Campo Grande.

Além disso, 3,2 toneladas de maconha também foram apreendidas, nesta terça-feira (18), em Paranhos e Iguatemi, ambos localizados a 461 e 415 quilômetros da Capital, respectivamente.

Os entorpecentes foram avaliados em R$ 21,8 milhões.

JAPORÃ

Homem paraguaio, de 29 anos, foi preso pelos militares transportando 7,5 toneladas de maconha, em uma carreta, nesta quarta-feira (19), em Japorã.

Carro que capotou com carga de maconhaMaconha em carreta. Divulgação: DOF

O entorpecente estava distribuído em fardos e escondido embaixo de caixas de hortifrúti. O prejuízo ao crime foi estimado em R$ 15,3 milhões.

Conforme apurado pela reportagem, policiais faziam patrulhamento pela MS-180, zona rural do município, quando abordaram o condutor de uma carreta com placas do Paraguai.

Ele demonstrou muito nervosismo e contradições sobre o motivo da viagem, e, então, os policiais vistoriaram a carga.

Em seguida, foram encontrados diversos fardos de maconha. Questionado sobre a droga, o motorista afirmou que foi contratado para transportar a droga do Paraguai até Guaíra (PR), onde receberia R$ 5 mil pelo serviço ilícito.

O material foi apreendido e levado a Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron).

A ação ocorreu durante o Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, que é uma parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

PARANHOS E IGUATEMI

Policias militares do DOF apreenderam 3,2 toneladas de maconha em uma Mitsubishi L200 Triton e uma Hilux SW4, nesta terça-feira (18), em Paranhos e Iguatemi.

O entorpecente estava no interior dos veículos e foi avaliado em mais de R$ 6,5 milhões.

Carro que capotou com carga de maconhaCarro "entupido" de maconha. Foto: Divulgação/DOF

Conforme apurado pela reportagem, os militares faziam bloqueio na MS-295, zona rural de Paranhos, quando deram ordem de parada aos dois automóveis que seguiam juntos, mas, eles desobedeceram e fugiram.

Os policiais perseguiram os veículos, quando flagraram o motorista da SW4 tentando retornar ao Paraguai, mas abandonou o veículo antes de cruzar a fronteira e, em seguida, fugiu a pé, em meio a uma área de mata. No total, havia 2.180 quilos de maconha no carro.

O veículo e o entorpecente foram apreendidos, mas o motorista conseguiu fugir. Em checagem, os policiais constataram que o automóvel havia sido furtado em janeiro deste ano, em Naviraí, município localizado a 370 quilômetros de Campo Grande.

Já o segundo veículo, a Mitsubishi L200 Triton, que furou o bloqueio policial, fugiu em direção a Iguatemi. O automóvel foi encontrado capotado, às margens da MS-295, com diversos fardos de maconha esparramados na via, totalizando 1.030 quilos da droga. O motorista conseguiu fugir.

Em checagem, foi constatado que a Triton havia sido furtada na cidade de Ponte Cerrada (SC), em janeiro deste ano.

Os materiais apreendidos, avaliados em mais de R$ 6,5 milhões, foram encaminhados a Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (DEFRON).

A ação ocorreu durante o Programa Protetor das Fronteiras e Divisas, que é uma parceria da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

HOMICÍDIO CULPOSO

Bebê de 6 meses morre na Santa Casa com ferimentos pelo corpo

Suspeita é que padrasto tenha agredido a criança na cabeça, costas e ouvido

18/03/2025 09h15

Maior hospital de Mato Grosso do Sul, Santa Casa de Campo Grande

Maior hospital de Mato Grosso do Sul, Santa Casa de Campo Grande GERSON OLIVEIRA

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Bebê, de 6 meses, morreu vítima de maus-tratos, nesta segunda-feira (16), no Hospital Santa Casa, localizado na rua Eduardo Santos Pereira, número 88, Centro, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, a criança teria ficado “aos cuidados” do namorado da mãe, no sábado (15), na casa em que moravam.

Mas, a mãe chegou em casa e encontrou a criança toda machucada e decidiu levá-la ao médico. Ela deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leblon com vários machucados, ferimentos e lesões pela cabeça, costas e ouvido.

Interrogada pelos médicos, a mãe disse que a criança tinha caído da cama. Mas, os médicos desconfiaram e disseram que os machucados não se tratavam de uma simples queda e acionaram a polícia.

Devido à gravidade dos ferimentos, a criança teve que ser transferida para a Santa Casa. No domingo (16), passou por cirurgia e seu estado de saúde ainda era delicado.

Na segunda-feira (17), não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O padrasto, de 25 anos, que não tem a identidade divulgada, é o principal suspeito pela morte do bebê. Ele tem passagens pela polícia por tráfico de drogas, ameaça, roubo e roubo majorado e cumpre pena em regime domiciliar desde 30 de dezembro de 2024.

O caso foi registrado como “Homicídio Culposo e Maus Tratos, se do Fato Resulta Morte’ e vai ser investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

O caso é semelhante ao da menina Sophia de Jesus Ocampo, morta aos 2 anos e 7 meses de idade, em 26 de janeiro de 2023, após ser agredida pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e pelo padrasto, Christian Campoçano Leitheim, de 25 anos.

A menina era agredida constantemente e chegou a frequentar o posto de saúde, com partes do corpo quebradas, mais de 30 vezes, antes de ser morta. Ela também foi estuprada.

A cada consulta, a mãe dizia que Sophia caiu ou se machucou enquanto brincava. A surra que Sophia levou antes de morrer foi tão forte que a cabeça da menina chegava a girar 360º, pois teve os ligamentos do pescoço rompidos.

Em 6 de dezembro de 2024, mãe e padrasto foram condenados a penas que somam 52 anos de prisão.

Stephanie foi condenada a 20 anos de prisão por homicídio qualificado por omissão.

Já Christian foi condenado a 33 anos de prisão, sendo 20 anos por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel e contra menor de 14 anos, e a 12 anos de prisão por estupro.

COMO DENUNCIAR?

Maus-tratos contra a criança e ao adolescente é crime.

De acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente, nenhuma criança ou adolescente deve ser objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão.

O objetivo é que a vida, saúde e integridade da vítima sejam preservadas. É importante denunciar e expor o delinquente para que as autoridades tomem as medidas cabíveis.

Caso não queria ser identificado, é possível efetuar a denúncia em anônimo por meio de vários canais de comunicação, existentes em Campo Grande. Confira:

  • Polícia Militar - 190

  • Bombeiro Militar – 193

  • Ministério Público – 127 ou 0800-647-1127

  • Polícia Civil - 197

  • 1º Conselho Tutelar Sul - (67)3314-6370 / (67)99941-2195 (plantão)

  • 2º Conselho Tutelar Norte - (67)3314-4483 / (67)99688-1623 (plantão)

  • 3º Conselho Tutelar Centro - (67)3314-4337 / (67)99715-9024 (plantão)

  • 4º Conselho Tutelar Bandeira - (67)3314-4482 / (67)99989-3692 (plantão)

  • 5º Conselho Tutelar Lagoa - (67)3314-4482 / (67)99847-9119 (plantão)

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