A solicitação feita pelo Promotor de Meio Ambiente de Três Lagoas (MS), Antônio Carlos Garcia de Oliveira, para que os animais que habitam na Lagoa maior sejam retirados imediatamente, gerou certa indignação da população três-lagoense que desde então vem se manifestando pelo Facebook contra a conduta do promotor. A indignação inclusive ganhou força com o apoio dos vereadores, que por meio de sua assessoria de comunicação estão utilizando o perfil da Câmara Municipal para lançar ideias e sugestões para que os animais sejam mantidos no local.
Entre esta quarta e quinta-feira duas artes foram publicadas com montagens de jacaré e capivara com os dizeres: “Então Grade resolve?”, e “Então vocês querem nos tirar de casa para nos proteger?”, chamando a população para opinar a respeito. As artes se transformaram em virais e até o final da tarde de hoje (24), somente da página da Câmara havia cerca de 30 compartilhamentos.
Nos comentários poucas pessoas são favoráveis a retirada dos animais, as pessoas preferem a implantação de grades. Outras situações identificadas ainda na tarde de ontem trouxeram a tona novos debates.
O jornalista Ricardo Ojeda utilizou sua página pessoal para apresentar a imagem de duas mulheres tocando a calda do Jacaré para uma selfie, junto à imagem ele escreveu um comentário afirmando que a “irresponsabilidade das pessoas pode gerar ações de proteção aos animais que não necessariamente são positivas a eles”. Apenas em sua página esse post gerou quase 20 compartilhamentos, dentre eles o do consultor em Turismo Idevaldo Garcia Leal Junior com o seguinte dizer: “Do ponto de vista do turismo e muito positivo a presença dos animais, porém é preciso dotar o local de serviços como a presença permanente de um monitor ambiental, possibilitando a conscientização das pessoas, assegurar a segurança e agregar valor a visitação do atrativo! Na lagoa falta gestão, falta gente capacitada”, disse.
Sobre o assunto, Antônio Rialino, o secretário de Meio Ambiente de Três Lagoas afirma que não pretende fazer a retirada total dos animais, até porque, antes é necessário respeitar uma legislação e procedimentos a serem cumpridos, e, portanto, o objetivo é realmente fazer uma audiência pública, para a implantação de um plano de manejo que permita tornar a Lagoa uma unidade de conservação.