Cidades

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Por que caimos?

Por que caimos?

Redação

30/07/2010 - 08h06
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Começamos a vida com tombos e terminamos com quedas. Nos dois extremos predomina a força da gravidade sobre o equilíbrio. Aquele que cai mais, teoricamente experimentou mais adversidades e consequentemente exercitou-se mais para aprimorar a força de sustentação. A prática leva à perfeição. Podemos nunca cair se não tentarmos andar, correr, dançar ou pular e, a vida será desprovida de brilho e desafios e transbordante de restrições e limitações.
As quedas podem ser analisadas do ponto de vista existencial, físico e político.
É sabido que os idosos caem muito. As quedas são responsáveis por 70% das mortes acidentais e 90% das fraturas de quadril nessa faixa etária. De cada três idosos, um cai durante o ano. Em um levantamento nosso no serviço de ortopedia da Santa Casa, mostrou-se que as quedas são mais frequentes em acima dos 70 anos (83,8%), mulheres (74,5%), caem mais dentro de casa e não raro usam vários remédios, têm função cognitiva comprometida e déficit do sensório. A essas limitações chamamos de condições geriátricas que em nossa análise estatística aumentou significativamente as chances de cair quando se é diabético (2,37 vezes), seqüela de derrame (5,57 vezes), queda anterior (3,04 vezes), incontinência urinária (6,64 vezes), piora auditiva (6,58 vezes) e tontura prévia (6,85 vezes). O osso que mais quebra é o fêmur (73,7%). É o osso da sustentação e do diferencial da atitude bípede do homem. Para se manter forte precisa ser usado, mas o envelhecimento e a sociedade tecnológica confinam o idoso ao seu domicílio e então começa o processo de degradação biológica. A inatividade leva a osteoporose. Aprendemos na faculdade que a prevenção de fraturas passa pela exposição ao sol, vitamina D, cálcio e alendronato. Sobre o exercício fala-se sem muita convicção. Nenhum desses medicamentos funciona se não exercitarmos, fortalecermos e condicionarmos a musculatura que fortalece o osso e que facilita movimentos seguros e firmes. Isso é facilmente confirmado quando analisamos os povos Hunza, Abecácios, Vilcabamba no Equador e Okinawanos no Japão. Os seus idosos chegam a 110 anos, ativos, alegres, lúcidos, magros e produtivos. Os únicos diferenciais são a solidariedade e o movimento. Não param nunca porque a comunidade os respeita, valoriza e necessita deles.
A outra queda é a política que à semelhança da queda dos idosos é também por falta de sustentação. A democracia tem o seu esteio nas forças que emanam do povo através dos seus representantes. A compreensão do processo e a cobrança dos representantes pelo povo ainda são frágeis na democracia brasileira. O prefeito, governador e presidente têm que ter obrigatoriamente credibilidade, competência, história política e de vida. Os representantes setoriais eleitos (vereadores, deputados e senadores) não significam obrigatoriamente a força de sustentação popular, mas freqüentemente o reflexo do interesse econômico, de grupos minoritários e de facções partidárias. Estamos num processo delicado de escolha do executivo estadual e nacional. As composições políticas de aliança são promíscuas, tendenciosas e espúrias. Finda a eleição os apoiadores cobrarão a fatura e a classe média pagará a conta como até aqui tem feito.
A queda da democracia deve ser evitada a qualquer custo. Sustenta melhor o processo democrático quem tem mais experiência, credibilidade, liderança e não se dobra às exigências de facções partidárias que não ostentem a bandeira do interesse nacional.
As fraturas incapacitantes nos idosos continuam porque continuamos acreditando que fazer densitometria anual, tomar cálcio e alendronato evitam quedas. O que evita queda é força e agilidade muscular. Se se sustenta não cai e se não cai não quebra. Da mesma forma na política. A democracia precisa de exercício e músculos fortes e treinados. Isso só tem quem se exercitou politicamente e não os que foram e continuam sendo carregados. Os seus ossos e músculos são muitos fracos, não resistem a uma canelada política. Cuidado, é hora de bem escolher e evitar a queda da democracia.

LUIZ OVANDO, Médico e professor de Medicina

Fase de Teste

Servidor pode trabalhar em home office em projeto piloto de MS

O período de inscrições inicia-se na quarta-feira (06) e, no dia seguinte, será divulgado o resultado dos selecionados; entenda o processo seletivo

05/11/2024 18h15

Crédito FreePik

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O governo do Estado lançou, nesta terça-feira (05), o projeto piloto que possibilita aos servidores públicos de determinados setores a opção de teletrabalho, ou como ficou popularmente conhecido: desempenhar suas atividades na modalidade home office.

A publicação foi feita no Diário Oficial e será conduzida pela Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems).

Somente poderão se inscrever para o trabalho remoto os servidores que desempenham atividades que podem ser desenvolvidas fora do local de trabalho.

Como garantia do bom aproveitamento das atividades, será feito o levantamento do desempenho do servidor e serão traçados os resultados que ele deve alcançar neste período de teste.

Ou seja, serão estabelecidas metas individuais de desempenho e produtividade, que deverão estar de acordo com o estabelecido pela Jucems.

Período

O Projeto Piloto inicia no dia 4 de novembro deste ano e vai até 30 de abril de 2025. O período pode ser estendido conforme o entendimento da Secretaria de Administração (SAD).

Atividades que farão parte do projeto:

  • Setores de gerência de Análise;
  • Cadastro e Arquivo;
  • Atendimento e Certidões, Registro;
  • Tecnologia da Informação;
  • Integração e Projetos; e
  • Procuradoria Jurídica.

Quem pode participar?

O servidor que corresponder às respectivas áreas deve manifestar interesse em se aplicar ao projeto piloto e concordar com os critérios estabelecidos no edital.

Entretanto, é preciso estar atento para cumprir com algumas demandas, como possuir estrutura física e tecnológica que permita o desenvolvimento de suas atividades de maneira eficiente, ficando responsável pelas despesas relacionadas, como:

  • Conta de luz;
  • Internet;
  • Computadores;
  • Notebook;
  • Scanner;
  • Impressora;
  • Mobiliário e demais equipamentos e insumos.

Fica estabelecido que o trabalhador que se disponibilizar para a modalidade de teletrabalho fica responsável por possuir um serviço de internet compatível com as atribuições desenvolvidas, assim como manter a manutenção da rede em dia.

Caso falte sinal de internet, o servidor deve ir até o local de trabalho e exercer a função presencialmente até que o serviço seja restabelecido. Além disso, o número de telefone deve estar atualizado e disponível, seja fixo ou móvel, para responder a demandas relacionadas às suas atividades laborais.

Quem não pode participar?

  • Trabalhadores de atendimento ao público externo ou interno;
  • Servidores que estão respondendo a processo disciplinar ou que tenham sofrido penalidade no prazo de 3 anos anteriores ao pedido de adesão;
  • Servidores que estão cumprindo estágio probatório.

No total, são 56 vagas que serão preenchidas conforme houver manifestação de interesse por parte do servidor em participar do projeto de teletrabalho.

Caso o número de interessados exceda o de vagas oferecidas, a Comissão de Gestão e Monitoramento do Projeto Piloto de Teletrabalho irá priorizar da seguinte forma:

  • Servidores com deficiência ou que possuam dificuldade de locomoção para ir até o trabalho;
  • Servidores que tiverem filhos, cônjuges ou dependentes com deficiência (que precisem residir no mesmo domicílio);
  • Gestantes e lactantes no período de amamentação;
  • Servidores que tenham filhos com idade de até 5 anos;
  • Servidores que estejam em locais distantes do órgão onde executam suas atividades;
  • Servidores com maior tempo de serviço público estadual.

E os servidores que já estão em teletrabalho?

No caso dos servidores que já estão desempenhando suas atividades remotamente, eles devem continuar exercendo suas funções até o dia 12 de novembro, segundo as regras anteriores.

Passado esse período, o regime de teletrabalho será exclusivo para os servidores que se inscreverem no Projeto Piloto de Teletrabalho.

Confira o Edital

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Outubro quente

MS atinge máximas de 43,7°C e umidade de 7%, segundo análise climática

Segundo dados do Cemtec, cerca de 44 municípios caíram quase um mês sem chuva. O destaque foi Aquidauana, que registrou uma das umidades mais baixas do país, com apenas 7%

05/11/2024 18h00

Outubro em Mato Grosso do Sul foi extremamente quente em MS

Outubro em Mato Grosso do Sul foi extremamente quente em MS Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O clima em Mato Grosso do Sul no mês de outubro registrou registros de temperaturas acima de 40ºC e umidade relativa extremamente baixa em diversos municípios do estado, conforme os estudos de monitoramento divulgados pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

A cidade que registrou temperatura maior foi Aquidauana, com 43,7ºC e umidade relativa de 7%, o que deixou os moradores extremamente incomodados com o calor intenso.

Outras cidades que também apresentaram umidade relativa abaixo de 7% foram Água Clara, Chapadão do Sul, Costa Rica e Miranda, segundos dados meteorológicos de outubro em Mato Grosso do Sul.


Quase 30 dias sem chuvas 

Ainda de acordo com o mesmo levantamento, cerca de 44 municípios analisados registraram mais de 20 dias sem chuvas. O destaque ficou para as cidades de Fátima do Sul e Itaquiraí, que tiveram mais de 25 dias consecutivos sem precipitações

A escassez de chuvas fez com que 36 cidades do estado registrassem índices de umidade abaixo de 40%, colocando Mato Grosso do Sul muito abaixo do recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que orienta que índices inferiores a 60% são inadequados para a saúde humana.


Conta de luz ficou mais cara 

A falta de chuvas em todo o país, incluindo Mato Grosso do Sul, fez com que o Ministério de Minas e Energia mudasse rapidamente a bandeira tarifária, resultando em um aumento na conta de energia.

A escassez de chuvas fez com que os reservatórios diminuíssem seus níveis e as usinas termelétricas fossem ativadas, levando à atualização da bandeira vermelha 1. Isso gerou preocupação na sociedade, com valores cobrados de R$ 4.463 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

No entanto, nas últimas semanas de outubro, quando as chuvas chegaram, e o ministro Alexandre Silveira recuperou a possibilidade de implementar o horário de verão no país.


Temporada das tempestades 

O mês de outubro também foi marcado por mudanças climáticas, com chuvas mais constantes. Essas alterações trouxeram rajadas de vento que atingiram os moradores de Bataguassu e Ribas do Rio Pardo nas últimas semanas, com velocidades superiores a 75 km/h.

Conforme dados do Cemtec, em Coxim foram registrados ventos de 120,53 km/h, enquanto em Chapadão do Sul foram registrados ventos de 128,30 km/h.

 

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