O Terminal Intermodal de Cargas de Campo Grande, também conhecido como porto seco, deve ser entregue em até 30 dias. A informação é do secretário municipal de Infraestrutura, Rudi Fioresi.
O porto seco é a obra há mais tempo em andamento em Campo Grande. Teve início na década de 2000, quando a construção avançou, e foi praticamente esquecido durante quase toda a década passada.
“Está dentro do cronograma”, disse Fioresi, ao comentar a publicação do pedido de duas licenças, a ambiental e a de implantação, para o Terminal Intermodal de Cargas.
“A publicação da licença era para a conclusão das obras, porque a licença que está em vigor está vencendo”, complementou o secretário.
No ano passado, era esperado que o Porto Seco fosse entregue até dezembro, mas a conclusão acabou adiada em quase 12 meses.
O terminal, que já recebeu mais de R$ 20 milhões para sua implantação desde o início da década de 2000, está sendo concluído a um custo de R$ 3,3 milhões.
Os trabalhos que estão sendo feitos nesta última etapa são: implantação de 2,5 quilômetros de rede água e 5,2 quilômetros de rede de esgoto; estação elevatória de esgoto; ativação de um poço; iluminação pública interna; conclusão de trechos de meio-fio; sinalização; recuperação do pavimento; e drenagem.
A estrutura de logística foi planejada para ocupar área de 65 hectares.
O Terminal Intermodal de Campo Grande integra o projeto do Corredor Bioceânico, que ligará Mato Grosso do Sul aos portos chilenos de Antofagasta e Iquique.
A expectativa das autoridades é a de que, assim que a movimentação de cargas pela ponte sobre o Rio Paraguai, entre Murtinho e Carmelo Peralta, começar, o terminal intermodal de cargas da Capital, localizado no Anel Viário, entre as rodovias BR-060 e BR-163, ganhará ainda mais importância.
Quando a obra foi retomada, o Correio do Estado entrevistou o ex-ministro e diplomata José Carlos Parkinson, diretamente ligado ao projeto, por integrar o grupo de trabalho.
“Hoje a ideia é trazer o produto pelo corredor. Isso já significa, obviamente, redução de custos logísticos”, explicou Parkinson.
“Em segundo lugar, se você trouxer esse produto para Campo Grande e usar o terminal multimodal que está sendo implantado para levar essa carga para outros destinos – para Sorriso [MT], para Palmas [TO], Itaqui [MA], para outros destinos do território brasileiro –, poderão ser usadas as vantagens que Campo Grande passará a oferecer”, complementou o ex-ministro.
Depois de concluído, o Terminal Intermodal de Cargas de Campo Grande será administrado pelo Consórcio Empresarial ParkX, que venceu processo licitatório, concluído em 2012, para administrar a estrutura por 30 anos. Como a obra não foi concluída, o período de concessão ainda não teve início.
A expectativa do concessionário é a de que a reativação da linha férrea (Malha Oeste da concessionária Rumo) traga ainda mais atratividade para o terminal intermodal.
Enquanto o porto seco não fica pronto, a ParkX já aplicou pelo menos R$ 2 milhões em segurança, manutenção da estrutura, guaritas e outros itens.