Hoje os portões para o Exame Nacional do Ensino Médio abriram as 10h30 para a primeira fase da prova que é porta de entrada para universidades. Ao contrário de outros anos, o tumulto foi menor dessa vez, o motivo: a covid-19.
No ano da pandemia, onde o uso de máscara é obrigatório e o distanciamento fundamental, muitos se dirigiam ao local com máscara no queixo ou na mão. Na entrada, o sinal no chão que com a marcação do espaço que deveria ter entre um e outro foi ignorado e mesmo com menos pessoas do que em anos anteriores, houve aglomeração.
Dona Rosalina tem 57 anos e vai fazer o exame este ano, a servidora pública disse que depois de encaminhar todos os filhos, chegou sua vez de entrar em uma universidade. “Primeiro eu dei a oportunidade para os meus filhos que já são e com filhos. Agora, que todos já estão grandes eu decidi me preparar para fazer esse Enem. A minha neta me deu a maior força com redação e agora é a minha vez de fazer o Exame", afirma Rosalina
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A pandemia foi mais uma das preocupações dos estudantes, e para essa edição, algumas regras de biossegurança foram adicionadas ao edital. A mais importantes delas é o uso obrigatório de máscara. Aqueles que não levaram a máscara foram proibidos de fazer a prova. Dona Rosalina se preparou com além da máscara também o álcool em gel.
“Eu acho que temos que nos preocupar mesmo em nos cuidar”, afirma a servidora pública que busca uma vaga no curso de serviço social.
Em 2021 algumas faculdades não aceitarão o Enem como forma de ingresso, por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU). A Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) é uma delas.
O Luiz Fernando, 20, vai fazer a prova pela quarta vez e vai usar a nota para conseguir entrar em uma universidade privada, já que o exame não vale mais para a universidade federal do estado. “Muitos alunos entram mais pelo Enem, sempre foi assim. O Enem sempre foi uma prova que abrange tudo. Ou você consegue uma bolsa em uma universidade privada com a nota, ou você entra em uma pública, mas agora eles limitaram isso”.
Luiz coloca ainda a dificuldade para os aqueles alunos que precisam dividir o tempo com o trabalho e com os estudos. “É muita coisa para o pouco tempo que as pessoas têm hoje em dia. Muitos alunos trabalham e estudam ao mesmo tempo. Eu acho que eles não pensaram nos estudantes quando tomaram essa decisão”, pondera o estudante.
Nesse primeiro dia de exame, a prova termina às 18h. O tempo é curto e precisa de atenção. Por isso alunos se preparam para além do conteúdo também o tempo. Mas, neste ano atípico muitos alunos não conseguiram se preparar como deveriam. É o caso do Thiago Marin, 18, que quer cursar Educação Física.
Aluno da rede pública ele expõe as dificuldades das aulas on-line durante a pandemia. “Foi bem difícil se preparar esse ano por causa da falta de aula, mas quem quer estudar dá um jeito. Na minha escola o ensino foi bem relaxado. Independente se você aprendesse ou não os alunos teriam a nota, então muitos nem estudaram”, afirma o Thiago.