adilson trindade
O PR pode subir em palanque de grandes rivais na campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul. Os republicanos estarão na trincheira do PMDB para defender a reeleição do governador André Puccinelli (PMDB) na batalha contra o PT. O grande adversário a ser batido é o ex-governador José Orcírio dos Santos (PT). Mas quando se tratar de sucessão presidencial, o aliado André pode se transformar em adversário e José Orcírio em parceiro de palanque.
O governador sinalizou a sua intenção de apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) para Presidência da República, enquanto os republicanos, por determinação da direção nacional, poderão defender ao lado do PT a candidatura da ex-ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff.
O presidente regional do PR, deputado estadual Londres Machado, ainda não se manifestou da decisão do partido de romper com o PSDB para ficar com Dilma na corrida presidencial. O que está certo, para ele, é o compromisso do PR com a reeleição de André Puccinelli.
O rompimento do PR com o pré-candidato a presidente da República, José Serra (PSDB), para apoiar Dilma Rousseff à sucessão presidencial, pode ter reflexos na composição de alianças em todos os estados. É o caso de Mato Grosso do Sul, onde o partido ficará com André na sucessão estadual e, paralelamente, se unirá ao PT na corrida presidencial.
Em São Paulo, os republicanos foram obrigados a mudar de rumo. Eles tiveram de fechar aliança com o PT em São Paulo, onde vão apoiar a candidatura do senador Aloizio Mercadante ao Governo de São Paulo.
O fim do namoro com os tucanos vinha sendo costurado desde que Dilma ganhou fôlego nas pesquisas eleitorais e encostou em José Serra. A decisão, no entanto, estava sendo acertada desde a semana passada para o martelo ser finalmente batido nesta semana.
O anúncio oficial está previsto para ser feito às 15h da próxima segunda-feira (5), quando o PR fará festa nacional, em Brasília, para a posse de seu novo presidente, o ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento, pré-candidato a governador do Amazonas.
As principais lideranças do PR, incluindo os representantes de Mato Grosso do Sul, vão se unir aos caciques, em Brasília, para referendar a aliança com os petistas, que deve se estender por várias campanhas estaduais do PR – uma das condições impostas pelo PT para fechar a aliança nacional.