Cidades

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Preços baixos fazem cair a renda do produtor

Preços baixos fazem cair a renda do produtor

Redação

02/08/2010 - 06h56
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Estudos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) indicam que os agricultores perderam renda por causa dos baixos preços praticados no mercado. Balanço da entidade mostra que os custos com depreciação e capital investido na atividade ficaram acima da receita obtida. A colheita de 146 milhões de toneladas de grãos na safra atual, 2009/10, não favoreceu os produtores rurais, pois os preços caíram 13,26% em relação ao ano passado.
A expectativa é que esse prejuízo possa ser compensado na próxima safra com a redução dos custos de produção. Para a safra 2010/11 de soja, que começa a ser cultivada em meados de setembro, no Centro-Oeste, estima-se uma queda de 10% a 15% nos gastos com insumos. A queda nos preços dos fertilizantes é um dos fatores que justificam a previsão de recuo, explica a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
Os produtores do Paraná devem gastar, em média, R$ 1.100,00 para cultivar um hectare com sementes de soja convencional na safra 2010/11. O estudo elaborado pela área técnica da CNA revela que as lavouras de soja podem garantir margem operacional (lucro considerado após descontar o custo da receita) melhor em relação ao milho de verão na próxima safra no Sul do País.
A previsão mostra que poderá haver recuperação da rentabilidade da soja. “Em comparação com o milho de verão, a soja continua como melhor alternativa. É esperada uma redução na área de milho de verão e consequente aumento na área de soja na região Sul”, explica a senadora.
O quadro é favorável ao plantio de soja também no Centro-Oeste. Na região, predominará a soja na safra de verão, combinada com o crescimento da área plantada com algodão, reflexo da valorização das cotações da pluma no mercado internacional. Na avaliação da CNA, a tendência é que os produtores optem pelo milho só na segunda safra, a safrinha, em 2011. “A decisão de plantio da safrinha será tomada no final de 2010”, lembrou.
A presidente da CNA também fez um balanço da safra 2009/10 de soja. A produção somou 68,71 milhões de toneladas, crescimento de 20% em relação à safra anterior. Os Estados do Paraná e do Mato Grosso produziram, juntos, 33 milhões de toneladas de soja, o que representa 48% da produção total. “As ótimas produtividades, principalmente no sul do País, obtidas em função do uso intensivo de tecnologia, da influência positiva do clima e o aumento da área plantada em 7,4% garantiram o excepcional resultado”, avalia a senadora.
Em termos de preço, a média anual nominal foi de R$ 40,87 por saca de 60 quilos, 13,74% inferior ao valor da safra 2008/09. Os valores são para soja em grão a granel, tipo exportação, no Paraná, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O balanço revela que, ao longo da safra 2009/10, exceto no período de julho de 2009 a outubro de 2009, os preços médios caíram fortemente, chegando ao valor de R$ 33,13 por saca de soja.
Os técnicos da CNA avaliaram ainda a relação entre oferta e demanda e constataram recuperação dos estoques finais em 2009/10. “Na safra passada, o forte desempenho das exportações e o alto consumo interno reduziram significativamente os estoques do grão”, explicou a senadora.

MS 40ºC

Bolha de calor ganha força em MS e semana terá temperaturas extremas

Na última semana, cidades do Estado registraram as maiores temperaturas do País e tendência é que o calorão se intensifique nos próximos dias

12/01/2025 17h30

Calor, que já está intenso, será intensificado nos próximos dias

Calor, que já está intenso, será intensificado nos próximos dias Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O calorão que tem feito em Mato Grosso do Sul deve continuar nesta semana, com máximas ultrapassando os 40°C em algumas regiões, devido à uma bolha de calor que se concentra no Estado.

De acordo com informações da Metsul meteorologia, uma bolha de calor que se concentra no Estado irá ganhar força e fazer com que as temperaturas cheguem a níveis extremos, especialmente em municípios do oeste e centro-sul.

Na última semana, cidades de Mato Grosso do Sul registraram as maiores temperaturas do País por dias seguidos, com destaque para Porto Murtinho, que registrou 41,8°C na sexta-feira (10), sendo a temperatura mais alta registrada no Brasil neste ano pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A segunda maior temperatura também foi registrada no Estado, de 40,3°C em Amambai, na sexta-feira. No mesmo dia, Campo Grande registrou a maior máxima entre as capitais, de 36,2°C.

Para a semana, a bolha de calor continua estacionada no Estado, com ampliação da massa de ar quente. Assim, o calorão deve predominar, com temperaturas acima do normal para a época.

Já no começo da semana deve haver picos de calor. Em Porto Murtinho, a máxima prevista para a segunda-feira (13) é de 41°C, com sensação acima do registrado nos termômetros. Pancadas de chuva e trovoadas isoladas podem ocorrer a partir de terça-feira (14).  

Em Campo Grande, as temperaturas oscilam entre 22°C e 37°C na segunda, sem previsão de chuva. O calor ganha força no decorrer da semana e a máxima pode chegar a 39°C na quarta-feira (15). Há possibilidade de chuvas isoladas, mas a umidade pode chegar a 20%. 

O tempo também continua seco não só na Capital, mas em todo o Estado, com índices de umidade relativa do ar abaixo de 30%, considerado estado de atenção e prejudicial à saúde.

No norte do Estado, em áreas mais próximas as divisas com Mato Grosso e Goiás, há alerta de perigo para temporais, com previsão de pancadas de chuva de forte a moderadas.

Bolha de calor

Segundo o Climatempo, a falta de nebulosidade e de chuva fazem com que o Estado tenha muitas horas de sol forte, com o ar que se aquecendo acima do normal e resultando na bolha de calor, responsável pelo calorão dos últimos dias.

Isto porque, ainda segundo o órgão, a chuva e a nebulosidade são importantes reguladores da temperatura diária do ar. 

O fenômeno La Niña, que se configurou neste mês de janeiro no oceano Pacífico Equatorial, na costa do Peru, vem fazendo com que os corredores de umidade se organizem com maior frequência do centro para o norte da região Centro-Oeste do país, deixando o Mato Grosso do Sul de fora das áreas de chuvas frequentes e de maior volume.

Calor, que já está intenso, será intensificado nos próximos diasBolha de calor deve elevar temperaturas para acima de 40°C em algumas cidades

TRANSPORTE COLETIVO

Justiça dá 15 dias para prefeitura reajustar tarifa de ônibus em Campo Grande

Reajuste deveria ter ocorrido em outubro e juiz estipulou multa diária de R$ 50 mil por dia, caso prefeitura não cumpra decisão

12/01/2025 16h31

Prefeitura tem o prazo de 15 dias para reajustar tarifa do transporte coletivo

Prefeitura tem o prazo de 15 dias para reajustar tarifa do transporte coletivo Gerson Oliveira / Correio do EStado

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O juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazendas Públicas e de Registros Públicos deu o prazo de 15 dias para que a Prefeitura de Campo Grande reajuste a tarifa de ônibus, que deveria ter ocorrido em outubro do ano passado, sob pena de multa diária de R$ 50 mil até que o reajuste seja efetivado.

O último reajuste do passe de ônibus ocorreu em março do ano passado, quando passou de R$ 4,65 para R$ 4,75.

A decisão leva em consideração o contrato de concessão, assinado em 2012, que definiu outubro como data-base para os aumentos anuais.O reajuste deveria haver naquele mês em 2024, o que não foi feito.

Por isso, o Consórcio Guaicurus entrou com embargo de declaração na Justiça, por descumprimento, no qual o juiz deu o prazo para o reajuste.

“Intime-se o requerido [Prefeitura], pessoalmente para que,no prazo de 15 dias, comprove nos autos o efetivo reajuste da tarifa que deveria ter ocorrido no mês de outubro do ano passado, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), até o efetivo reajuste”, diz a decisão.

O novo valor da tarifa deve ser definido através de novos cálculos, já que nem a tarifa técnica, valor que é usado como base para a tarifa pública, ainda não foi divulgado pela administração. A tarifa técnica, esta tarifa é de R$ 5,95.

A decisão do juiz, no entanto, não tem relação com o reequilíbrio do contrato de concessão do transporte público, já que este tema aguarda que uma perícia judicial nas contas da concessionária seja realizada. A análise começou em dezembro e ainda deve demorar para ser concluída.

IMBRÓGLIO

Essa ação judicial do consórcio contra a prefeitura começou a tramitar em 2023, quando a juíza Cíntia Xavier Letteriello, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, acatou pedido do Consórcio Guaicurus em ação que solicitava o reequilíbrio do contrato de concessão e a manutenção da data-base para outubro.

Porém, em dezembro do mesmo ano, o desembargador Eduardo Machado Rocha cassou a decisão, acatando argumento de que os empresários, ao contrário do que alegavam, estavam obtendo lucros acima do previsto em contrato. 

No entanto, em janeiro de 2024, o mesmo magistrado voltou atrás e manteve a decisão da juíza de primeiro grau.

A prefeitura, então, entrou com um pedido de suspensão de liminar ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) e, no início de fevereiro do ano passado, o desembargador Sérgio Martins concordou com o fato de que a medida poderia impactar em um aumento exorbitante na tarifa de ônibus e derrubou a decisão do seu colega desembargador.

Logo após a publicação de Martins, o caso subiu para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde a ministra Maria Thereza de Assis Moura, em decisão liminar, cassou a decisão do presidente da Corte, por entender que ele não tinha competência legal para suspender uma decisão que um colega seu já havia dado. Com isso ela restabeleceu a decisão de Rocha.

Entretanto, o processo ficou parado no STJ até ser julgado pela Corte Especial, o que ocorreu em novembro. Com a medida, o presidente do TJMS, assim que retornou de seu afastamento, reconheceu a sentença e deu fim a reclamação feita pela Prefeitura de Campo Grande.

Com essa publicação, o Consórcio Guaicurus agora tentou fazer valer essa decisão, alegando que a determinação de outubro de 2023 deve ser executada e conseguiu a decisão favorável, porém, apenas em relação ao reajuste anual.

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