A instalação da estátua do poeta Manoel de Barros, que estava programada para o mês de agosto, no canteiro da Avenida Afonso Pena, entre as Ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, ainda está pendente.
Houve atraso porque o Ministério Público Estadual (MPE) questionou o fato de a estatua do poeta "disputar" espaço com o monumento da Força Expedicionária Brasileira.
O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, ponderou que toda a avenida está comprometida. “Rebatemos dizendo que todo o canteiro está comprometido e ali seria um bom lugar, até mesmo para o monumento do Exército”, explicou o prefeito.
Marcos disse acreditar que a estátua vai ser instalada no local programado. “Estamos aguardando agora a contrapartida deles (MPE) e então iniciaremos a instalação da estátua. Está tudo pronto, flores, canteiro, arrumamos tudo”, ratificou o prefeito.
O Ministério Público Estadual (MPE) recomendou, no início de agosto, que a Prefeitura de Campo Grande mudasse o local de instalação da estátua do poeta Manoel de Barros. O motivo da recomendação é que no local já se encontra o “sítio histórico militar” com monumento da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
ESTÁTUA
O canteiro central da Avenida Afonso Pena, entre as ruas 13 de Maio e Rui Barbosa, já está preparado para a chegada da estátua de bronze do poeta Manoel de Barros. O monumento custou R$ 232 mil aos cofres do Estado e seria instalado no dia 4 de agosto.
A pedido do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a estátua foi feita pelo cartunista Victor Henrique Woitschach, o Ique, para comemorar o centenário do poeta e os 40 anos do Estado. Ela tem 1,38 metro, com 400 quilos de bronze e demorou quatro meses pra ficar pronta.
Empresas privadas, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande, foram responsáveis pela revitalização do canteiro. O projeto tem custo zero para a administração pública municipal e é supervisionado pela Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb).
A melhoria prevê o cultivo de flores e plantio de plantas ornamentais no trecho, bem como a pintura, com cor natural, do monumento dos Pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que também receberá iluminação.
A estátua foi adquirida com recursos do Governo do Estado e o Serviço Social do Comércio (SESC) ficará responsável pela manutenção do monumento.
CARTUNISTA
Ique já fez outras nove estátuas pelo Brasil. “Queria ter homenageado ele em vida, mas veio na hora certa. Faço 40 anos de profissão, o Estado faz 40 anos e estamos comemorando o centenário de Manoel de Barros”.
O cartunista, que é natural de Campo Grande, expressou sua alegria em produzir o monumento. “Manoel lembra minha infância. Todos diziam que eu era maluco, mas quando eu lia as poesias dele percebia que alguém me entendia”.
Apesar de ser a décima obra do artista, Woitschach explica que é a primeira a ser feito por ele na Capital. “Essa é a primeira estátua na minha terra. Já fiz o Michael Jackson no morro do Rio, Pixinguinha de pijamas em São Paulo e várias outras”.
Além da estátua de 1,38x1,60 metros, o cartunista presenteou o Estado com três réplicas. Duas para o Sesc e uma para a esposa de Azambuja.