Cidades

SUBSÍDIO

Subsídio aumenta e Consórcio Guaicurus vai receber mais de R$ 22 milhões da prefeitura

Valor que era de R$ 19,5 milhões será acrescido de mais R$ 3,3 milhões para custear gratuidades do transporte público em Campo Grande

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Vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande aprovaram projeto de lei complementar que autoriza a prefeitura a conceder subsídio extra, no valor de R$ 3,3 milhões, ao Consórcio Guaicurus. Com esse incremento, os repasses destinados pela administração municipal para custear as gratuidades do transporte público irão passar de R$ 19,5 milhões para R$ 22,8 milhões, sem contar os valores repassados pelos governos estadual e federal.

O projeto foi encaminhado à Câmara pela prefeita Adriane Lopes (PP), pedindo autorização para conceder o incremento excepcional e pontual na subvenção, relativa ao ano de 2024.

"O valor da subvenção será especificamente para atender a gratuidade do transporte público de alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme), aos candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos demais vestibulares de universidades públicas com provas realizadas em Campo Grande, exclusivamente nas datas que serão aplicados os exames presenciais", diz o projeto.

Além dos estudantes, a subvenção também pode ser estentida para custear as despesas decorrentes das gratuidades concedidas a demais passageiros idosos, pessoas com câncer que se enquadrem em critérios previstos em lei, pessoas com deficiência e acompanhantes beneficiados com gratuidades.

Para atender as despesas relativas à concessão da subvenção econômica, a prefeitura fica autorizada a abrir crédito adicional de natureza suplementar ou especial, no vigente orçamento do Município.

O valor do subsídio é pago em parcelas mensais.

Subvenção

Em agosto deste ano, a prefeita sancionou Lei complementar que autorizava o subsídio de R$16,236 milhões ao serviço de transporte público da Capital.

Seis dias depois, foi aprovado um novo projeto, de autoria do Executivo Municipal, aumentando esse valor para R$ 19,5 milhões

Conforme justificativa da prefeitura, o aumento visava adequar o valor, levando em consideração a diferença entre a tarifa técnica e a tarifa pública do transporte públicoe o número de usuários durante o mês.

"Se faz necessário o presente acréscimo e adequação no valor toral da subvenção anteriormente calculado com uma projeção menor de usuários", justificiou a prefeitura na ocasião.

Neste ano, o valor do passe de ônibus em Campo Grande foi reajustado em 2,94%, passando de R$ 4,65 para R$ 4,75. Já a tarifa técnica aumentou de R$ 5,80 para R$ 5,95.

Além da prefeitura, o Governo de Mato Grosso do Sul também subsidia a gratuidade dos estudantes da rede estadual. Em 2024, o montante saiu de R$ 10 milhões para R$ 13 milhões.

Há ainda um valor  destinado pelo governo federal para o pagamento dos passes dos idosos nem a isenção fiscal do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

O subsídio às gratuidades foi implantado em 2022, após motoristas do transporte coletivo marcarem greve. A medida começou com teto de R$ 1 milhão por mês, a depender do volume de passes gratuitos municipais utilizados, e foi aumentando ao longo dos anos.

Cidades

Bonito terá voos direto de Campinas três vezes por semana

Medida ocorre em um momento de retomada do fluxo turístico na cidade; em março foi registrado o melhor desempenho para o mês desde 2015, com 25.849 visitantes

17/04/2025 10h30

Bonito terá voos direto de Campinas três vezes por semana

Bonito terá voos direto de Campinas três vezes por semana Divulgação

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Durante a WTM Latin America, feira internacional de turismo realizada de 14 a 16 de abril em São Paulo, foi anunciado oficialmente o início dos voos diretos da Azul Linhas Aéreas entre Campinas (SP) e Bonito (MS). A nova rota substitui a antiga, que incluía escala em Corumbá.

A mudança acontece em um momento de retomada do fluxo turístico na cidade. Segundo o Observatório de Turismo e Eventos de Bonito (OTEB), o município registrou em março seu melhor desempenho para o mês desde 2015, com 25.849 visitantes. A taxa de ocupação hoteleira chegou a 54%.

A expectativa é de que o voo direto contribua para consolidar esse movimento de recuperação. O diretor-presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur), Bruno Wendling, afirmou que a nova rota facilita o acesso não só a Bonito, mas também a outras regiões da Rota Bonito e Serra da Bodoquena. “É um grande avanço para o principal destino de ecoturismo do Brasil”, avaliou.

Atualmente, os voos da Azul operam três vezes por semana: às terças, quintas e domingos. Durante a alta temporada, há possibilidade de voos extras, de acordo com a demanda. “Bonito merece essa frequência direta, é uma satisfação anunciar o voo”, disse Giulliana Mesquita, gerente sênior de produtos e negócios da companhia.

Dados do Aeroporto Regional de Bonito indicam um crescimento de 70% na demanda por passagens desde o início das operações diretas. O prefeito Josmail Rodrigues destacou o papel da nova rota no fortalecimento do destino e disse contar com o apoio do setor privado para incentivar o fluxo de visitantes. “Essa parceria fortalece ainda mais nosso destino, e temos certeza de que mais turistas virão explorar as belezas naturais que Bonito oferece”, afirmou.

A vice-prefeita e secretária de Turismo, Juliane Salvadori, classificou a entrega como “estratégica e histórica”. Segundo ela, a operação direta com uma das principais companhias aéreas do país amplia a conectividade do município e projeta Bonito como destino turístico de excelência.

O relatório do Observatório aponta ainda que 9,04% dos turistas que visitaram Bonito em março chegaram por via aérea — o equivalente a 2.337 pessoas desembarcando no aeroporto local. Ao todo, foram comercializados 73.748 vouchers para visitação aos mais de 50 atrativos da região, com destaque para balneários, flutuações e cachoeiras.

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operação

Esquema milionário trazia pneu ilegal para ser vendido em lojas da Capital

Mandados foram cumpridos em 5 lojas de Campo Grande, onde foram apreendidos 4,2 mil produtos, avaliados em R$ 5 milhões

17/04/2025 09h30

Policiais federais e agentes da Receita Federal ontem estiveram em várias lojas de Campo Grande

Policiais federais e agentes da Receita Federal ontem estiveram em várias lojas de Campo Grande Divulgação / Polícia Federal

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Operação da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal em Mato Grosso do Sul desmantelou um esquema milionário de venda de pneus trazidos do Paraguai sem o pagamento de tributos, portanto ilegais, em lojas de Campo Grande. Segundo a PF, cinco empresas foram alvo.

O esquema foi descoberto após uma primeira operação, a Wrong Tires, realizada em novembro de 2023, quando 6 mil pneus importados ilegalmente foram apreendidos no cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão.

“Esta nova fase teve início a partir de informações colhidas em decorrência da prisão em flagrante de dois motoristas por estarem transportando grande quantidade de pneumáticos descaminhados, que seriam entregues em centros automotivos na cidade de Campo Grande. Em diligências posteriores, foi possível identificar os encomendantes e responsáveis pelos pagamentos”, explicou a Receita Federal, em nota.

A Polícia Federal relatou que essas cargas de pneus trazidas do Paraguai pela fronteira vinham para Campo Grande por meio de “freteiros”, contratados para trazer o produto para algumas lojas. Para “otimizar” o espaço e poder trazer mais produtos, os “freteiros” colocavam um produto dentro do outro, formando uma espécie de bola.

Policiais federais e agentes da Receita Federal ontem estiveram em várias lojas de Campo GrandeProduto ilegal trazido do Paraguai vinha em “bolas”, o que resultava em deformação dos pneus 

“Os investigados utilizam-se da técnica chamada ‘bola de pneus’ para introduzirem de forma clandestina as mercadorias no Brasil, por isso, ao colocarem os pneus uns dentro dos outros, conseguem aumentar em até cinco vezes a quantidade transportada. Enfatize-se que, apesar de novos, os pneus apresentam deformidades e ondulações e, nessas condições, colocam em risco a segurança de motoristas e pedestres”, declarou Receita Federal.

Em diversas fotos e vídeos feitos pela PF e Receita, é possível reparar o estado dos pneus, com deformações e completamente tortos.

“Além da insegurança no trânsito, decorrente da má qualidade do produto, a entrada de pneus clandestinos em nosso território traz danos ao meio ambiente, tendo em vista o não cumprimento da legislação vigente, e à economia brasileira, por promoverem uma competição desleal com o produto nacional, que recolhe os seus tributos devidos à União, aos estados e aos municípios”, afirmou a Receita.

Durante as operações Tatu-Bola e Bad Tires, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, determinados pela 3ª Vara Federal de Campo Grande, e 4.269 pneus foram apreendidos, sendo avaliados pela Receita Federal em mais de R$ 5 milhões. 

Uma pessoa foi presa durante a ação, segundo a PF, por posse irregular de arma de fogo. Além dos pneus, também foram apreendidos 4 aparelhos celulares, 1 revólver calibre 32, 10 munições calibre 32 e diversos documentos.

Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, apenas um foi destinado ao município de Bonito.
Participaram da operação 22 auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal e 66 policiais federais.

Ao Correio do Estado, a Polícia Federal informou que o esquema envolvia cinco pessoas e que ainda investiga quanto o grupo movimentou com a atividade ilícita. Os produtos apreendidos foram levados para a Receita Federal.

WRONG TIRES

Em novembro de 2023 a Polícia Federal e a Receita Federal também se voltaram contra o descaminho de pneus vindos do Paraguai. Na época, de acordo com as investigações, os pneus eram trazidos do país vizinho e armazenados em um depósito localizado em Campo Grande, de onde, posteriormente, eram distribuídos a empresas do mesmo grupo para comercialização.

“Além da baixa qualidade, constatou-se que os pneus não possuem garantia e não há informações sobre sua procedência, o que coloca em risco a segurança do condutor do veículo que os adquire e de terceiros”, frisou a Receita.

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