Prefeitura de Campo Grande negociou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) 10% do valor que prefeito Marcos Trad (PSD) almejava quando foi até Brasília, em fevereiro de 2018, pedir um empréstimo ao banco, para obras de recapeamento e drenagem.
Conforme o secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, a valor, que era inicialmente de R$ 300 milhões, foi acertado em R$ 30 milhões. “[O valor] é muito abaixo do que queríamos. Mas a gente não consegue de cara porque a instituição não nos conhece”, disse ele ao Correio do Estado, se referindo ao fato de que o banco não havia feito nenhum acordo anterior com o Executivo Municipal. “É uma primeira fase. Depois a gente vai encaminhar com novos pedidos. A ideia é ir aumentando gradativamente”, disse Pedrossian.
Trad apresentou o projeto para requalificação e drenagem de quase 500 quilômetros de vias pavimentadas na Capital, em fevereiro de 2018. Na época, a cidade tinha 2,8 mil quilômetros de ruas pavimentadas e outros 1,5 mil sem pavimentação. Na ocasião também foi pedido empréstimo de R$ 286 milhões para execução das obras.
O projeto foi apresentado para o então presidente do BNDES, Paulo Rabello - Gustavo Montezano assumiu em junho deste ano. “Solicitamos um empréstimo de R$ 286 milhões para requalificação de ruas da nossa Capital, com drenagem e acessibilidade. Há possibilidade de se solicitar até R$ 300 milhões pela explanação feita da recuperação da receita do município”, disse o prefeito na época. Mais de um ano depois, em junho, técnicos do BNDES visitaram Campo Grande e foram conhecer a região do Rita Vieira como procedimento para aprovação do empréstimo.
Em regime de urgência especial, os vereadores votariam o Projeto de Lei 9.496/19, que autoriza o Poder Executivo a contratar operação de crédito junto ao banco, destinados a obras de infraestrutura urbana e saneamento. Na lista de obras previstas constam drenagem e pavimentação nas regiões do Rita Vieira, Vilas Boas e Parque Dallas. Mas, houve pedido de vistas da Comissão de Finanças e Orçamento da Casa de Leis para adequações técnicas no projeto e a votação desta proposta foi adiada.