Em meio aos buracos que se multiplicam a cada dia nas vias de Campo Grande, o prefeito Alcides Bernal vai investir R$ 219,8 milhões a menos em infraestrutura em 2016. Corte que afeta desde a manutenção de ruas e estradas rurais, até mesmo os serviços de limpeza urbana e combate a enchentes. O investimento para o próximo ano nesta área (transporte e urbanismo), um dos maiores alvos de reclamação da população, será 23,5% menor.
A justificativa para os cortes nos investimentos em infraestrutura, justamente no momento em que a cidade mais precisa, é porque a área foi considerada não prioritária pela equipe do atual prefeito. O orçamento do próximo ano prevê aumento nas despesas somente na área da educação, gestão ambiental e reserva de contingência.
Conforme a Lei Orçamentária Anual enviada para a Câmara de Vereadores, até mesmo o setor da saúde será prejudicado com o corte de investimentos. No orçamento deste ano, o então prefeito Gilmar Olarte planejou gastar R$ 1.185.124.778,00 bilhão com saúde, e no ano que vem, R$ 1.183.864.441,00. A diferença é pequena, mas o valor investido no ano que vem deve ser R$ 1,2 milhão menor que a previsão deste ano.
(*) A reportagem, de Eduardo Miranda e Paula Vitorino, está na edição de hoje do jornal Correio do Estado.