Cidades

CAMPO GRANDE

Prefeitura espera até 40 mil pessoas em feirão da habitação

Um total de 536 unidades habitacionais serão sorteadas

RAFAEL RIBEIRO

12/08/2019 - 08h42
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A Prefeitura espera por uma grande presença de público na Cidade do Natal, nos altos da Avenida Afonso Pena, região leste, para o 2º Feirão Habita Campo Grande, que vai de quinta-feira (15) até sábado (17) é apontado como o maior evento do segmento da habitação de interesse social da região. O 'Feirão' também se consolida como o maior de habitação destinado a todas as faixas de renda de Mato Grosso do Sul. 

Segundo a Prefeitura, um total de 536 unidades habitacionais serão sorteadas durante os três dias do Feirão.

Na quinta-feira acontece o sorteio público de 102 unidades do Portal das Laranjeiras, a partir das 19 horas. Já no dia 16 (sexta-feira) será a vez do sorteio de 66 apartamentos do Jardim Inápolis, também às 19 horas, e no sábado (17), último dia do evento, serão sorteadas 160 unidades habitacionais do Sírio Libanês às 11 horas, 105 apartamentos do Aero Rancho 7 às 16 horas e, por fim, mais 105 unidades habitacionais do Aero Rancho 8, às 18 horas.

Os sorteios públicos serão realizados conforme determina a Lei Complementar n. 299 de 29 de maio de 2017, que instituiu a sua obrigatoriedade a fim de beneficiar pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, o que concede total transparência ao processo. Mais de 35 mil famílias da Capital cadastradas na base de dados da EMHA e devidamente habilitadas ao sorteio desses empreendimentos acompanharão, em tempo real, a chamada dos nomes que serão destinados a cada moradia social.

BENEFÍCIOS

Os futuros beneficiários dessas moradias sociais devem atender aos critérios nacionais e municipais que regem o Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. Entre eles, as famílias precisam estar enquadradas no Faixa 1 (renda familiar mensal de até R$ 1.800), não ter nenhum financiamento imobiliário e não estar inscrito no Cadastro Nacional de Mutuários (CADMUT).

Entretanto, o Feirão Habita Campo Grande será um evento para fazer história na habitação da Capital. A Agência Municipal de Habitação concederá 300 cotas de 6 mil reais cada para ser sorteadas a fim de que cidadãos que se encontrem no Faixa 1,5 (renda mensal de até 2.600 reais) também possam ter a oportunidade da moradia própria.

No 1º Feirão Habita Campo Grande, que aconteceu em agosto do ano passado no Shopping Norte Sul Plaza, foram sorteados 100 subsídios de 6 mil reais para quem se encontrava nesta faixa intermediaria de renda. Este ano, a EMHA triplicou a quantidade de benefícios para que mais cidadãos possam dar entrada no financiamento do imóvel que tanto desejam.

Participarão do evento 14 empresas que atuam no segmento da habitação, como construtoras e imobiliárias a fim de atender a todas as faixas de renda da população. Cerca de 1500 imóveis, localizados em todas as regiões de Campo Grande, estarão disponíveis para venda. Haverá um estande da Caixa Econômica Federal para atender ao público presente, e para agilizar os processos de consultas e análises de crédito, caso o cidadão esteja pleiteando um imóvel acima do Faixa 1,5.

ESTRUTURA ROBUSTA

A Cidade da Habitação terá cerca de 3 mil metros quadrados de área para atendimento ao público. Uma tenda pavilhão, com 76 metros de comprimento, abrigará as principais atividades realizadas durante os três dias do evento. A área coberta deverá configurar em 900 metros quadrados.

O local terá uma Praça de Alimentação com food trucks, que funcionará nos mesmos horários do Feirão e contará com 300 cadeiras exclusivas para que os cidadãos possam se acomodar para se alimentarem confortavelmente.

O 2º Feirão Habita Campo Grande conta com Sala de Imprensa climatizada para dar suporte ao trabalho dos jornalistas da Capital e com um Espaço Kids: cama elástica, tobogã inflável, escorregadores e demais brinquedos farão a alegria da criançada todos os dias do evento. Elas também ganharão, gratuitamente, pipoca e algodão doce no local.

A Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande) também é parceira do evento e terá um estande no Feirão com o balcão de empregos. A tenda da AACC-MS (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer) venderá camisetas, canecas e demais produtos para ajudar as crianças na luta contra o câncer, com apoio do Mc Dia Feliz. A Liga do Bem participa da ação, com a venda de tickets e se apresenta no palco principal.

Para animar o público, o 2º Feirão Habita Campo Grande conta em toda sua programação seis shows musicais de artistas da terra: Joyce Bethânia, Bom de Fato, Paolla, Fuzueira, Kleber e Ruan e para fechar esta edição, o show de encerramento será com a dupla sertaneja Kid e Kenner.

INOVAÇÃO

Para o diretor-presidente da Emha, Enéas Netto, a chegada do 2º Feirão Habita Campo Grande corrobora as ações inovadoras que a pasta da habitação social tem realizado desde o início de 2017.

“É com imensa alegria que oferecemos esta mega estrutura à população de Campo Grande. Desde 2017, toda equipe da EMHA tem trabalhado incansavelmente para compensar os 5 anos anteriores à atual gestão, período este em que, infelizmente, o Executivo não havia apresentado nenhum projeto habitacional junto ao então Ministério das Cidades. Entretanto, mesmo enfrentando um cenário negativo e desgastado, o prefeito Marcos Trad nos incentivou e nos desafiou a ir além do que o Poder Público costumava oferecer à população. Aceitamos esse desafio com muito trabalho, muita fé e estamos mais uma vez inovando com uma considerável ampliação nesta segunda edição do Feirão”, destacou.

À frente da execução do evento, o diretor de Administração e Finanças da Emha, Claudio Marques Costa Júnior, ressalta que Feirão foi pensado minuciosamente a fim de se tornar uma referência para eventos desse tipo em todo o Brasil. “O resultado positivo do nosso trabalho tem nos mostrado essa direção correta do que devidamente o Poder Público deve oferecer à população. O direito à moradia digna é assegurado pela Constituição Federal e estamos cumprindo o que rege a nossa Carta Magna, mas com uma visão mais humanizada do que é e o que representa o cidadão conseguir uma moradia própria na conjuntura atual”, finalizou.

 

Campo Grande

Alerta por doenças respiratórias faz prefeitura montar plano para reduzir fila de hospitais

Município conta com 328 casos e 29 mortes deste tipo desde o início do ano

24/03/2025 18h00

UPA do Leblon, em Campo Grande

UPA do Leblon, em Campo Grande Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Com 378 casos e 29 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) desde o início do ano (segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde), a prefeitura de Campo Grande montou um plano para reduzir a superlotação dos hospitais da capital.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (24), a administração municipal destacou que além dos casos de doença respiratória, o aumento expressivo de casos de baixa complexidade e o agravamento de quadros crônicos nas unidades de saúde, fizeram com que a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) esboçasse um plano sanitário de contingência.

“A secretaria está reorganizando fluxos, ampliando pontos de cuidado e orientando a população sobre a busca por atendimento adequado, a fim de garantir a assistência segura e minimizar os impactos sobre o sistema de saúde”, diz parte da nota.

A Secretaria reforça que os atendimentos continuam sendo priorizados conforme a gravidade dos casos, seguindo os protocolos de classificação de risco.

Casos leves (azul) devem buscar preferencialmente as unidades de atenção primária, para evitar sobrecarga dos serviços de emergência.

“As medidas seguirão em constante avaliação e novas ações poderão ser adotadas conforme a evolução da situação.”, destaca outro ponto do comunicado.

De acordo com o último boletim estadual de Srag, já são 934 casos da doença em 2025, além de 67 mortes desde o início do ano. Ponta Porã, Dourados, Corumbá, Ivinhema, Chapadão do Sul, Guia Lopes, Aquidauana, Camapuã, Bela Vista, Mundo Novo também estão entre as cidades que registraram mortes pela doença respiratória.

 
Medidas imediatas adotadas pela prefeitura

  • Redefinição do uso de espaços físicos e ampliação de pontos de cuidado (como áreas para hidratação, observação rápida e inalação);
  • Reorganização da equipe médica e envio da EMAC e escritório de monitoramento clínico, conforme necessidade das unidades com maior demanda;
  • Mapeamento de áreas para possível expansão temporária de leitos nas unidades de urgência;
  • Atendimento por demanda espontânea nas unidades básicas;
  • Remanejamento de pacientes entre as unidades de urgência para atendimento seguro, principalmente crianças para unidades com escala infantil 24h;
  • Avaliação de possibilidade de alta para antibioticoterapia em casa com o auxílio do Serviço de Atendimento Domiciliar aos pacientes que possuírem critérios para o serviço; 
  • Avaliação contínua e reuniões do COE (Centro de Operações de Emergência) para monitoramento da situação e decisões rápidas;
  • Orientação à população para buscar as unidades básicas de saúde em casos leves, evitando a sobrecarga das UPAS e hospitais.

*Saiba

Nesta manhã, o diretor técnico da Santa Casa de Campo Grande, Dr. William Lemos, indicou que o hospital não deve admitir mais pacientes em virtude de superlotação

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Cidades

Mãe de Vanessa pede exoneração de delegada que atendeu a filha e critica apuração da Corregedoria

Corregedoria diz que todas medidas que estavam ao alcance das policiais foram concedidas, mas a mãe da vítima afirma que áudios expuseram falhas

24/03/2025 17h44

Família de Vanessa participou de audiência pública na Câmara Municipal

Família de Vanessa participou de audiência pública na Câmara Municipal Foto: Izaias Medeiros

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Maria Magdalena Ricarte, mãe da jornalista Vanessa Ricarte, 42 anos, assassinada pelo ex-noivo, pediu a exoneração da delegada que atendeu a filha e criticou o inquérito da Corregedoria da Polícia Civil, que chegou a apontar falhas no sistema de proteção às vítimas de violência doméstica, mas não identificou culpados pelo não cumprimento de protocolos.

O depoimento emocionado foi feito na manhã desta segunda-feira (24), durante audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande, convocada paara discutir sobre a rede de atendimento às mulheres em situação de violência.

“Os áudios mostram como ela ficou decepcionada com o atendimento. Houve falha sim. A Lei Maria da Penha garante à mulher atendimento contínuo e escolta policial. Se tivessem feito a escolta como determina a lei, ela não teria morrido esfaqueada”, desabafou a mãe da vítima.

Ela se refere a áudios enviados por Vanessa a uma amiga,  onde ela narrava ter sido tratada com descaso e não ter tido apoio policial solicitado após a concessão de medida protetiva contra o ex. Vanessa morreu horas depois.

Ainda na audiência, a mãe de Vanessa diz que a filha não conseguiu atendimento e proteção e pediu a exoneração da delegada.

“Cadê o conhecimento da delegada em não convencer a vítima a voltar para a casa? Por que Vanessa não conseguiu alterar o boletim de ocorrência? A Casa da Mulher Brasileira tão grande, imponente, mas ineficaz”, concluiu.

O pai de Vanessa, Agmar Ricarte, fez um pronunciamento mais brando, mas solicitou que as delegadas peçam às vítimas para avisarem os familiares da violência que estão sofrendo.

Sobre o caso de Vanessa, a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), delegada Elaine Benicasa, afirmou que “os inquéritos administrativos ou criminais foram apurados de forma pormenorizada, juntado provas documentais e testemunhais”, e que a investigação foi apurada nos mínimos detalhes.

A delegada citou ainda o trabalho da Polícia Civil para indiciar o músico Caio Nascimento pelo feminicídio de Vanessa, incluindo na denúncia a violência doméstica e o cárcere privado.

Por fim, Elaine Benicasa disse que o momento é de olhar para trás e ver o quanto já foi feito e quantas vidas foram salvas.

“É preciso ainda olhar para o presente para nos abrirmos a eventuais dificuldades, déficits e problemas que precisam ser enfrentados”, declarou.

Assassino vira réu

Na última semana, o juiz  Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, aceitou a denúcia contra o músico Caio Cesar Nascimento Pereira, assassino da jornalista.

O Ministério Público Estadual denunciou o músico por quatro crimes e se fosse condenado ao tempo máximo em todos, a pena chegaria aos 86 anos. Mas, o juiz rejeitou parte das denúncias e agora a pena máxima não passaria dos 61 anos, em tese.

Na denúncia do MPMS, a Promotoria enquadrou Caio pelos crimes de feminicídio qualificado pelo motivo torpe e com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, violência psicológica a cárcere privado, em relação à Vanessa, e por tentativa de homicídio qualificada por motivo fútil em relação ao amigo.

O juiz, no entanto, rejeitou a tentativa de homicídio contra o amigo, por considerar que ele não sofreu lesões e não haver descrição de como teria ocorrido essa tentativa.

Na imputação dos crimes de cárcere privado e violência psicológica, o juiz afirmou que o MPMS não descreveu, suficientemente, qual seria a conduta criminosa em concreto e que os pontos precisam ser esclarecidos.

Caso Vanessa

Vanessa Ricarte foi assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro, em Campo Grande.

O boletim de ocorrência foi registrado na noite de terça-feira (11) e Vanessa retornou à Deam na quarta-feira (12) à tarde para verificar o andamento do pedido da medida protetiva, que foi deferido pelo Poder Judiciário.

Conforme reportagem do Correio do Estado, a delegada informou, na ocasião, que todo o procedimento de praxe foi seguido e que a vítima recusou abrigo.

No entanto, áudios encaminhados pela vítima à uma amiga, antes de ser assassinada, revelam que ela não teve o atendimento esperado, como uma escolta policial para retirar o agressor de sua casa e ajudá-la a buscar as coisas.

Além disso, ela narrou que foi tratada com descaso e frieza.

Ao sair da Deam, já com a medida protetiva contra o ex deferida, a vítima foi com um amigo para buscar as coisas, sendo surpreendida pelo ex-noivo, que aproveitou o momento em que o amigo de Vanessa ligava para pedir ajuda a outra pessoa e a atingiu com três facadas no peito, próximo ao coração.

O amigo de Vanessa a levou para dentro de um quarto e trancou-se lá com ela, à espera de ajuda. Ele acionou a polícia nesse período, com o agressor esmurrando a porta. 

Ela chegou a ser encaminhada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.

Cario foi preso ainda no local e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva no dia 14 de fevereiro e segue preso. 

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