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Prefeitura de Campo Grande promete entregar 20 obras até começo de 2022

Frentes foram paralisadas no ano passado, ou tiveram ritmo reduzido devido à Covid-19

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Em 2020 diversas obras públicas foram paralisadas devido a pandemia do novo coronavírus, atualmente, todas estão em fase de execução. 

Conforme o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, Campo Grande terá 20 obras entregues até o primeiro semestre de 2022.  

“Campo Grande terá seguramente vinte obras entregues até o primeiro semestre do ano que vem. No início da pandemia tudo parou, hoje estamos com todas as obras em andamento, e todas serão entregues. O que aconteceu é que ficou um pouco mais lento, o que é compreensível, a liberação de recursos estava voltada para questões de saúde”, explicou o secretário.

Ainda conforme o titular da Sisep, a lista de obras em fase de execução corresponde a revitalização dos parques Ayrton Senna, Jacques da Luz, Sóter, Elias Gadia, Orla Ferroviária, Horto Florestal, o pacote também inclui frentes de recapeamento e asfalto, além de obras de drenagem

Educação terá investimento para a conclusão das obras das Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) Zé Pereira, Popular e Vila Nasser.

Fiorese destacou que cada obra tem um cronograma específico e que ainda neste ano novos editais serão lançados.

PAVIMENTAÇÃO  

Os bairros Jardim Monte Alegre, Nashiville, North Park e Portal Caiobá receberam obras de pavimentação e drenagem.  

No Nashiville, região do Anhanduizinho, será retomada uma obra não concluída em 2008. Além disso, também serão asfaltadas as ruas Francisco Otaviano, José Maria de Souza e Chames Fraia. No total serão 1,4km de pavimentação para o bairro.  

No Jardim Monte Alegre, o projeto ainda está sendo elaborado, mas já é certo que contemplará a rua dos Gonçalves e dos Pereira, pois são locais que a chuva provoca estragos.

No North Park, localizado na saída para Rochedinho, serão asfaltados 2,4km nas ruas do Boadeiro, Ushuaia, Quito, Ponta Arena, Abrolhos, Caracas, Mar Del Plana, La Paz e Bahia Branca.

E no Portal Caiobá haverá 1,7 km de pavimentação. As ruas Ilha de Marajó, Diógenes Inácio de Souza e Jerumita Maria de Souza estão no plano de execução das obras.  

No conjunto habitacional Ramez Tebet, serão asfaltadas as ruas Altos do Indaiá, Natalie Wood, Campina Nova, Antônio Nelson de Souza, Almiro Nunes da Rocha, Áurea Garcia Nogueira e dos Topógrafos. No total serão 1,4km de pavimentação para o bairro.  

As obras serão licitadas ao longo de 2021.  

ENCHENTES  

Atualmente, duas frentes de contenção de enchentes são tocadas, uma na região do Bairro Nova Lima e outra na Vila Nasser. Ambas em fase final de implantação, conforme a Sisep.

Em breve será lançado um novo edital para a construção de uma bacia de contenção entre a Rua Hiroshima e a Mato Grosso.  

“Em breve lançaremos um novo edital, a intenção é implantar uma bacia de retenção de águas pluviais que liga a Avenida Mato Grosso com a Rua Hiroshima, prevenindo assim os alagamentos causados na extensão”, explicou o secretário.  

A Prefeitura de Campo Grande recebeu o repasse de R$ 1.931.454,49 da União para dar continuidade a obra da Avenida Ernesto Geisel, conforme publicado no Diário Oficial desta semana. 

De acordo com o titular da Sisep, 60% da obra já foi executada. A conclusão total, incluindo recapeamento das vias, deve ser entregue apenas no ano que vem.

“A revitalização da Ernesto Geisel é uma obra de contenção de enchentes, está em um ritmo mais lento, mas tá seguindo. A previsão de entrega será em 2022, é um projeto antigo que agora será concluido”, destacou Rudi Fiorese.  

O custo total está estimado em R$ 52 milhões, 90% do valor são repasses do governo federal e o restante da Prefeitura de Campo Grande. A obra já foi paralisada diversas vezes, mas o novo prazo garante que a entrega será no próximo ano.  

REVIVA CENTRO  

Ainda de acordo com o secretário, as obras da segunda etapa do projeto Reviva Centro também fazem parte do pacote que será entregue até o primeiro semestre de 2022.

A empresa que executará as intervenções será conhecida no dia 19 de janeiro e a previsão é de que todas as mudanças sejam feitas em 15 meses. 

Entre os pontos do projeto, a transformação da Rua José Antônio em um corredor gastronômico é uma das principais medidas.

O projeto para a segunda rua, porém, tem algumas diferenças em comparação com a 14 de Julho. Desta vez, a obra é mais simples e rápida, e o secretário explica que durante a execução a via não precisará ficar interditada por dias, como ocorreu com a primeira..

Saúde

Anvisa tem maioria para manter proibição de cigarros eletrônicos

Medida está em vigor desde 2009

19/04/2024 20h00

Sarahjohnson/ Pixabay

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A maioria dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) votou nesta sexta-feira (19) por manter a proibição aos cigarros eletrônicos no Brasil. Com esse placar, continua proibida a comercialização, fabricação e importação, transporte, armazenamento, bem como de publicidade ou divulgação desses produtos por qualquer meio, em vigor desde 2009. 

Dos cinco diretores, três votaram a favor da proibição. Faltam os votos de dois diretores.

Os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs), conhecidos como cigarros eletrônicos, são chamados de vape, pod, e-cigarette, e-ciggy, e-pipe, e-cigar e heat not burn (tabaco aquecido). Dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel 2023) revelam que 4 milhões de pessoas já usaram cigarro eletrônico no Brasil, apesar de a venda não ser autorizada.

O diretor-presidente da Anvisa e relator da matéria, Antonio Barra Torres, votou favorável à manutenção da proibição desses dispositivos.

“O que estamos tratando, tanto é do impacto à saúde como sempre fazemos, e em relação às questões de produção, de comercialização, armazenamento, transporte, referem-se, então, à questão da produção de um produto que, por enquanto, pela votação, que vamos registrando aqui vai mantendo a proibição”.

Antonio Barra Torres leu por cerca de duas horas pareceres de 32 associações científicas brasileiras, os posicionamentos dos Ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública e da Fazenda e saudou a participação popular na consulta pública realizada entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano, mesmo que os argumentos apresentados não tenham alterado as evidências já ratificadas pelos diretoras em 2022.
Em seu relatório, Barra Torres se baseou em documentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da União Europeia, em decisões do governo da Bélgica de proibir a comercialização de todos os produtos de tabaco aquecido com aditivos que alteram o cheiro e sabor do produto. Ele citou que, nesta semana, o Reino Unido aprovou um projeto de lei que veda aos nascidos após 1º de janeiro de 2009, portanto, menores de 15 anos de idade, comprarem cigarros.

Ele mencionou ainda que a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U.S Food and Drug Administration) aponta que, mesmo com a fiscalização, há comércio ilícito desses produtos.

O diretor ainda apresentou proposições de ações para fortalecimento do combate ao uso e circulação dos dispositivos eletrônicos de fumo no Brasil. 
 

Cidades

Justiça recusou 6 pedidos de tratamento para réu que morreu na prisão, diz advogado

José Roberto de Souza, acusado de matar o empresário Antônio Caetano de Carvalho durante audiência no Procon, morreu de complicações causadas por uma pneumonia

19/04/2024 18h30

Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Defesa do ex-policial militar reformado, José Roberto de Souza, que morreu nesta manhã em decorrência de complicações causadas pela Influenza tipo A, alega que a Justiça recusou seis pedidos de atendimento médico ao réu nos últimos oito meses.

O ex-pm está preso desde o dia 16 de fevereiro de 2023, três dias após o crime que resultou na morte do empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, no Procon/MS.

A defesa foi informada da morte por volta das 11 horas da manhã desta sexta-feira (19). O último pedido para tratamento médico havia sido feito pouco antes da morte de José, às 8h.

"Este caso deixa tanto a mim quanto a minha equipe, em uma situação extremamente triste, até com uma sensação de impotência. Porque eu e o doutor Jackson, que foi quem manuseou grande parte dos pedidos desde que aconteceu aquele fatídico problema no Procon, temos informado ao juiz da segunda vara do tribunal do júri as complicações físicas da doença que o nosso cliente possuía", declarou o advogado de defesa, José Roberto da Rosa.

Segundo o advogado, além de problemas psiquiátricos, o réu possuía doença renal crônica e diabetes, além de complicações cardíacas. O primeiro pedido para atendimento médico de José foi feito em setembro do ano passado, mas recusado, já que o Ministério Público teria alegado que a defesa não teria conseguido provar que o cliente estava doente.

"Chegou em um ponto que nós interpusemos um habeas corpus junto ao tribunal, não obtivemos a prestação jurisdicional, e antes da saída para o final do ano [2023], nós ingressamos com outro habeas corpus, mais precisamente no dia 22 de dezembro, onde havíamos dito que o nosso cliente estava doente e precisava de tratamento", acrescentou Rosa.

A única medida tomada pela Justiça, segundo o advogado, foi retirar o réu do presídio militar, onde ele não estava recebendo os tratamentos adequados - por falta de escolta e por falta de médicos -, para transferí-lo a outra unidade penal "comum", onde ele poderia receber atendimento médico especializado.

"Ao invés de determinar que ele fosse tratado, o Tribunal de Justiça tirou a condição dele de policial militar e o direito de estar no presídio militar, e o mandou para um presídio comum. Aí ele ficou no Centro de Triagem, com o atendimento dos médicos", explicou o advogado. 

Na última semana, os advogados foram visitar José, que pediu por socorro. Ele teria pedido "doutor, eu preciso de atendimento médico".

"E todos os pedidos rechaçados pelo juiz da segunda vara do tribunal do júri. O habeas corpus, que nós entramos em dezembro do ano passado, até hoje não foi posto em mesa para julgamento. Então, é uma decepção enquanto advogado", afirmou Rosa.

Segundo o advogado, a morte de José pode ser colocada na conta do Poder Judiciário.

"A  conta sobre a morte desse homem é exclusivamente debitada ao Poder Judiciário. Talvez agora, com a certidão de óbito, a gente consiga provar que o nosso cliente estava doente, porque foram oito meses de peticionamento em que promotor disse que nós não conseguimos provar que o nosso cliente estava doente, onde todos os pedidos que foram encaminhados, o juiz de direito, que oficia perante a segunda vaga do Tribunal do Júri, disse que não ia liberar ele para tratamento. Então agora eu vou juntar a certidão de óbito para mostrar que nós tínhamos razão", disse o advogado.

O advogado quer que a família da vítima entre com um processo para culpabilizar o Estado.

"Infelizmente, agora não adianta mais autorizar o tratamento. Ele morreu hoje em decorrência do quadro agravado pelo problema renal crônico. Ele foi contaminado com influenza dentro do presídio, porque o sistema imunológico dele estava muito comprometido, o tratamento que ele precisava receber, ele não recebeu, e infelizmente hoje ele não aguentou", finalizou.

O Crime

No dia 13 de fevereiro deste ano, o empresário Antônio Caetano de Carvalho, de 67 anos, foi morto a tiros pelo policial militar reformado, José Roberto de Souza, durante audiência de conciliação realizada no Procon.

A vítima era proprietária da empresa Aliança Só Hilux, especializada em peças de Hilux e SW4, que havia realizado a troca do motor de uma SW4 para José Roberto.

Durante a primeira audiência de conciliação, realizada na sexta-feira anterior, dia 10 de fevereiro, José Roberto pediu que Caetano entregasse as notas fiscais referentes aos serviços prestados pela empresa para a troca do motor de seu veículo blindado, trabalho avaliado em quase R$ 30 mil.

Aproveitando as tratativas, Caetano cobrou do cliente R$ 630 reais devidos, referentes a uma troca de óleo realizada no ano anterior. Na segunda audiência, então, Caetano levaria as notas fiscais e José Roberto o dinheiro que devia.

No entanto, após uma desavença logo no início da audiência de conciliação, José Roberto efetuou três disparos contra Caetano, dois na cabeça e um na nuca. A vítima morreu no local.

Três dias após o crime, José Roberto de Souza se apresentou à polícia.

primeira audiência que investiga o caso foi realizada no dia 3 de julho do ano passado, e ouviu testemunhas de acusação e defesa. Oito pessoas prestaram depoimento, sendo duas delas funcionárias do Procon, uma advogada que presenciou o crime, um funcionário da vítima, o investigador da 1ª Delegacia de Polícia de Campo Grande, responsável pelo caso, o filho da vítima e dois conhecidos de longa data do acusado.

Valéria Christina, a conciliadora que trabalhava com o caso, não compareceu para prestar depoimento. Segundo informado durante a audiência, a servidora foi transferida para outro órgão após o ocorrido, e segue afastada desde então por questões de saúde.

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