A prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Juventude (SEJUV) realiza no mês de maio o Papo Materno – Circuito SEJUV, um encontro gratuito voltado para gestantes e mulheres que desejam engravidar.
A iniciativa tem como objetivo criar um ambiente de acolhimento, escuta e bate papo sobre a gravidez, a pré gestação e a maternidade como um todo.
Em formato de bate papo, o evento irá abordar assuntos importantes para as futuras mães, como o pré natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS), medo do parto, desconfortos causados pela gravidez e a “gestação dos sonhos”.
Com um time composto por nomes como Joice Carvalho, psicóloga perinatal, e Andrielly Lima, doula e educadora perinatal, além das profissionais Arielly Souza, enfermeira obstetra, e Luciane Drescher, terapeuta corporal.
As interessadas em participar do bate papo gratuito podem fazer a sua inscrição por meio do link. As vagas são ilimitadas. O “Papo Materno” será realizado no auditório do Sebrae, localizado na Rua Brasil, 205, Bairro Monte Castelo, no dia 27, às 19h.
Gestantes
Em pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2023, as mulheres de 25 a 29 anos representam a maior faixa etária de números de recém nascidos em Mato Grosso do Sul, com 10.368 registros, o que corresponde a 25,45% dos nascimentos registrados em 2023.
Mais novas, adolescentes de 15 a 19 anos registraram 5.134 crianças em Mato Grosso do Sul. Uma gravidez na adolescência tem consequências na perspectiva de vida com o afastamento da escola e do mercado de trabalho. Isso ocorre em todos os níveis sociais, porém, com maior gravidade nos mais baixos.
Destacam-se também problemas de saúde mental, com as gestantes adolescentes apresentando risco maior de depressão, ansiedade e tentativa de suicídio. Este grupo também possui mais riscos de endometriose puerperal e infecções generalizadas, gerando elevados índices de mortalidades, doenças e altos custos para o sistema de saúde.

De acordo como a médica Laísa Soares, residente em Ginecologia e Obstetrícia, a idade mais recomendada para a gestação é entre os 20 e 30 anos de idade.
“Se for levar em consideração os fatores biológicos, as mulheres têm uma “reserva ovariana” que vai reduzindo com o tempo. Na casa dos 20 anos,elas ainda têm uma reserva boa e mais chance de engravidar naturalmente, além de menos chance de complicações na gravidez”, explica.
Para ela, os programas sociais oferecidos pelo governo são de extrema importância para as mulheres que se programam para engravidar ou que já estão gestantes por oferecer suporte em áreas de saúde e em áreas sociais.
“Os programas de apoio são importantes, especialmente ações de saúde, porque a mulher sofre muitas mudanças, tanto em fatores sociais como biológicos e passar por isso com apoio de profissionais, com outras gestantes e, principalmente, com orientação, faz com que as mulheres fiquem mais empoderadas e mais conscientes para tomar as decisões”, ressalta.
Além das rodas de conversas e orientações, a médica explica como é importante que as mulheres saibam os programas que são oferecidos e que elas não estão desamparadas neste processo.
“As gestantes, através do SUS, são direcionadas a auxílios sociais que podem fazer parte e muitas vezes não sabem, como programas com serviços sociais, auxílio creche, auxílio moradia, além dos serviços oferecidos pelo sus, como acompanhamento e tratamento de diabetes gestacional, pré natal odontológico, hipertensão, orientações sobre planejamento familiar e o acesso a métodos contraceptivos pós gestação”, explica Laísa.