A Prefeitura de Campo Grande inicia obras de revitalização do Centro, o Reviva, nesta segunda-feira e tem prazo de 15 meses para concluí-las.
Caso não ocorra nenhuma interferência que paralise as obras, a revitalização terminará em agosto de 2022, mês de aniversário da Capital.
De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, a prefeitura começará as obras no quadrilátero formado pelas avenidas José Antônio, Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa e Calógeras, todas as ruas dentro desse quadrilátero serão revitalizadas.
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“Fora desse quadrilátero, a gente vai fazer também a Marechal Cândido Mariano Rondon, a Barão do Rio Branco e a Dom Aquino, de um lado indo até a 25 de dezembro e do outro até o antigo terminal rodoviário. Para poder fazer a revitalização ali, já que vamos reformar as áreas pertencentes ao município no terminal”.
Fiorese explica que também serão iniciadas as obras na Avenida Rui Barbosa, que foram incluídas no projeto de mobilidade urbana, como parte do Corredor Sul do transporte coletivo.
Com isso, a avenida será revitalizada com obras de drenagem, recapeamento, acessibilidade e estação pré-embarque.
A etapa de obras da Rui Barbosa e do quadrilátero central está orçado em R$ 100 milhões. Estima-se que as melhorias na Rui Barbosa custem cerca de R$ 38 milhões e as transversais R$ 60 milhões, que serão bancadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ao todo, mais de 100 quadras serão requalificadas na etapa e envolvem as principais ruas do quadrilátero.
“O projeto começará com duas frentes de obra. A medida em que for desenvolvendo, provavelmente, vai ampliando o número de frentes, e provavelmente a gente vai ter duas frentes em cada contrato, em cada lote”, explica Fiorese.
A etapa abrange dois lotes, um será de responsabilidade da empresa Engepar e a outra pela empreiteira DP Barros, de São Paulo.
“Para cima da Rui Barbosa é uma empresa e para baixo é outra. A gente deve iniciar os trabalhos atuando na execução de uma drenagem da Ernesto Geisel até a 13 de Maio. Uma outra frente de serviço deve iniciar para cima da Rui Barbosa, na Rua Barão do Melgaço”, explica o secretário.
O projeto de revitalização da região central de Campo Grande consiste em uma série de intervenções, como recapeamento, instalação de lâmpadas de LED, microdrenagem, acessibilidade universal, padronização de calçadas, instalação de câmeras de videomonitoramento, arborização e paisagismo.
O Reviva Centro teve início há uma década, mas as obras começaram de fato a sair do papel apenas em 2018, com a revitalização da Rua 14 de Julho, que custou R$ 60 milhões e foi inaugurada em novembro de 2019.
As intervenções na Rua 14 de Julho, compreendida como a primeira fase do Reviva, levaram um ano e meio para serem concluídas.
RODOVIÁRIA
O projeto de reforma do terminal rodoviário Heitor Eduardo Laburu, no Bairro Amambaí, em Campo Grande, conhecido como antiga rodoviária, foi licitado em maio de 2020.
“Nós estamos com o projeto pronto, já encaminhamos para a Caixa, que tem de analisar e aprovar a planilha de custos para depois a gente fazer a licitação, esperamos iniciar essa licitação no começo do segundo semestre”, avalia o secretário.
O projeto será financiado também com recursos do programa Reviva Centro. O investimento previsto é de R$ 15,8 milhões.
Esse recurso possibilitará a reforma da parte pertencente à Prefeitura de Campo Grande, cerca de 9% do prédio.
O local que passará por requalificação será a área de embarque e desembarque de passageiros e deverá se tornar uma espécie de Central do Cidadão.
HABITAÇÕES
Além da requalificação das vias urbanas, serão lançadas neste ano mil unidades habitacionais para a população de baixa renda.
O objetivo é aumentar o adensamento populacional no Centro e no entorno.
No dia 4, foi aprovado o Projeto de Lei 10.032/21, que autoriza a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf) a doar imóvel de cinco hectares.
As áreas ficam localizadas às margens do Córrego Segredo, próximo ao Bairro Cabreúva.
Segundo a prefeitura, o programa vai promover a construção de moradias no âmbito do Programa Casa Verde e Amarela.
As unidades serão comercializadas por meio de cadastro na Agência e deverão ter preços entre R$ 120 mil e R$ 170 mil, faixa habitacional do Habitação de Interesse Social.
As unidades serão financiadas pela Caixa Econômica.