Cobrada na última sexta-feira (28) pelo procurador-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Humberto Brittes, por uma atitude em razão da investigação que envolve nove vereadores da Capital, a presidência da Casa de Leis se manifestou hoje sobre a situação.
O presidente da Casa, Flávio César (PT do B), disse nesta terça-feira (1º), que já encaminhou ofício ao Tribunal de Justiça e também ao MPE solicitando mais detalhes sobre a investigação da Operação Coffee Break, desdobramento da Lama Asfáltica e que apura compra de votos de vereadores para cassação de Alcides Bernal (PP), em março do ano passado.
“Todas as providências serão tomadas à luz das regras regimentares. Pela Câmara não exige previsibilidade legal para afastamento”, disse. Ainda segundo o presidente, a Câmara quer as provas documentais e até as gravações que flagram o envolvimento dos vereadores para saber quais punições eles podem ter por parte da Câmara.
Paralelo a isso, a procuradoria-jurídica da Casa prepara parecer, que deve ser finalizado até quinta-feira (3), para nortear os vereadores sobre os caminhos legais que poderão ser tomados a partir de agora.
A pressão popular e também do MPE é que os vereadores investigados sejam afastados dos cargos. Até agora, apenas um suplente, Jaqueline Hildebrand (PP), solicitou à Câmara afastamento de Waldecy Chocalate (PP), para posse dela.
TROCA-TROCA
Nesta terça-feira (1º), depois de toda a reviravolta da semana passada, duas mudanças ocorrerão na Câmara. Com a saída de Paulo Pedra (PDT), que assumiu cargo de Secretário de Governo de Bernal, Eduardo Cury (PT do B) toma posse como vereador.
Outra mudança será a saída de Dr. Loester (PDT) depois da volta de Jamal Salém (PR), que foi exonerado da função de secretário de Saúde da Capital.
Os vereadores investigados são: Mario Cesar, Edil Albuquerque, Airton Saraiva, Waldecy Batista, Gilmar da Cruz, Carlão, Edson Shimabukuro, Paulo Siufi, Jamal Salém e o ex-vereador Alceu Bueno.