Cidades

entre tijolos

PRF flagra 4 toneladas de maconha escondidas em carga de tijolos

Motorista revelou que receberia R$ 10 mil para fazer transporte

MARIANE CHIANEZI

30/06/2017 - 17h36
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A estratégia de traficantes para tentar driblar as fiscalizações da polícia em rodovias de Mato Grosso do Sul e conseguir transportar grandes quantidades de droga está variando. Em geral, os criminosos usam cargas principalmente de grãos, mas entre a noite de ontem e madrugada de hoje a Polícia Rodoviária Federal descobriu uma outra tática: maquiar o tráfico com tijolos.

Durante abordagem na BR-163, perto de Dourados, agentes descobriram 4,3 toneladas de maconha em um caminhão que estavam embaixo de tijolos de construção. O que ajudou os PRFs a descobrirem o carregamento foi que o motorista do veículo ficou com medo da fiscalização e tentou fugir ao receber ordem de parada.

Só conseguiu andar por cerca de 500 metros e acabou alcançado pelos policiais e abordado.

Diferentemente da soja, que permite uma fiscalização mais "fácil" para encontrar a droga, a partir da utilização de barras de ferro que tocam o fundo da carga, com tijolos só foi possível confirmar a suspeita depois que houver o descarregamento.

Esse tipo de verificação poderia ser mais efetiva se houvesse a disponibilidade de scanner, mas esse equipamento tem alto custo de operacionalização e por isso a PRF não têm condições de utilizá-lo regularmente. A tecnologia pode permitir que mesmo cargas sólidas, como tijolos, não mascarem a droga.

Anderson Júnior Giacomini, 29 anos, era quem dirigia o caminhão modelo Iveco e terminou preso por tráfico de drogas.

O suspeito disse que pegou a carga em Laguna Carapã e levaria a maconha até a cidade de Cuiabá (MT). Pelo transporte, Anderson receberia R$ 10 mil.

Além da apreensão da droga, os policiais constataram que o motorista só estava com a carteira de trabalho e certidão de nascimento para a sua identificação, sem a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV).

Caminhão estava com placas clonadas e havia registro de roubo na cidade de Franca (SP). Anderson foi encaminhado para a sede da Polícia Federal de Dourados junto à carga apreendida.

MAIOR APREENSÃO

Neste mês, entre Aral Moreira e Ponta Porã, a PRF, com apoio da Polícia Federal, encontrou 22,6 toneladas de maconha em caminhão que transportava soja. A carreta bitrem tinha placas de Bauru (SP). Essa foi a maior apreensão no Estado e a segunda maior do país.

Nesse caso, a delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã está com investigação para identificar os traficantes que tinham comprado o entorpecente. No caso de grandes quantidades, apuração já verificou que criminosos fazem a aquisição por meio de "consórcio", para diminuir perdas e custos.

*Colaborou Rodolfo César.

Ultima Ratio

Ministro do STF manda Sérgio Martins, presidente do TJMS, voltar ao cargo

Cristiano Zanin não viu indícios de que Martins era beneficiado do esquema de venda de sentenças; outros quatro desembargadores seguem afastados

09/12/2024 15h40

Sérgio Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, voltará ao cargo

Sérgio Martins, presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, voltará ao cargo Gerson Oliveira/Arquivo

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O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Sérgio Martins, voltará ao cargo que ocupa. A determinação para que ele retorne às atividades é do ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin. 

Martins estava afastado da função desde 24 de outubro, quando foi deflagrada a Operação Ultima Ratio, juntamente com outros quatro colegas desembargadores.

A Polícia Federal investiga ele e os desembargadores Sideni Soncini Pimentel (presidente eleitor do TJMS), o vice-presidente eleito, Vladimir Abreu da Silva; além Marcos José de Brito Rodrigues e Alexandre Bastos por envolvimento em um esquema de venda de sentenças.

Cristiano Zanin, segundo o Portal Uol, atendeu a pedido do advogado de Martins, Rodrigo Mudrovitsch, que afirmou que não havia indícios de que Martins teria se beneficiado financeiramente da venda de decisões judiciais. 
Os outros quatro desembargadores afastados do cargo seguem usando tornozeleira eletrônica e com a proibição de comunicar com os outros investigados. 

Fontes ligadas ao Poder Judiciário já haviam afirmado ao Correio do Estado, sob condição de anonimato, que esperavam pela liberação de Martins. Dentro da corte, o entendimento é de que as acusações contra ele, de fato, têm pouca robustez. 

Também estão afastados de seus cargos, com uso de tornozeleira eletrônica e impedidos de se comunicar com outros investigados, o conselheiro do TCE-MS Osmar Domingues Jeronymo e seu sobrinho Danillo Moya Jeronymo, servidor comissionado do TJMS.

O balcão

As vendas de decisões, popularmente conhecidas como vendas de sentenças, ocorriam de diversas formas e em vários processos. Um caso emblemático envolve desembargadores do TJMS, que aceitaram decisões baseadas em uma escritura falsa, lavrada no estado do Paraná, para transferir a propriedade de uma fazenda em Maracaju.

Há casos que envolvem o desembargador Marco José Brito Rodrigues, como o que ajudou um colega do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS): o procurador de Justiça Marco Antônio Sottoriva, que havia feito um mau negócio na compra de uma fazenda. Sottoriva queria desistir da compra e enfrentava um contencioso de R$ 5 milhões na Justiça com a outra parte.

Brito Rodrigues decidiu sem ler o processo, delegando ao seu assessor a elaboração da decisão, e atendeu ao pedido do amigo. Posteriormente, Sottoriva conseguiu um acordo para se livrar de pagar parcelas, aluguéis e lucros cessantes no desfazimento do negócio. Sottoriva agradeceu a Brito pela decisão favorável: “Graças a Deus e a seu trabalho”.

Há também o caso do ex-prefeito de Bodoquena, Jun Iti Hada, que pediu para parcelar a compra de uma decisão (para rescindir uma sentença em que ele havia sido condenado) em duas vezes, além de decisões favoráveis para soltar traficantes.

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Corumbá

Homem sofre afundamento de crânio após queda de 8 metros

A vítima sofreu afundamento de crânio e, até o momento, não há informações sobre os motivos da queda nem sobre o seu estado de saúde. O homem segue em observação no hospital de Corumbá.

09/12/2024 15h30

O homem foi encontrado em córrego

O homem foi encontrado em córrego Imagens/ Reprodução- Diário Corumbaense

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Um homem, ainda não identificado, foi socorrido neste final de semana após cair de uma altura de oito metros em um córrego, no município de Corumbá, a 429 quilômetros de Campo Grande. A vítima sofreu afundamento de crânio e, até o momento, não há informações sobre os motivos da queda nem sobre o seu estado de saúde.

A vítima foi encontrada na Rua Dom Aquino, na região central de Corumbá. Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas e localizaram o homem dentro do córrego.

Conforme apuração do site Diário Corumbaense, a vítima sofreu afundamento ósseo na região frontal da testa e teve a boca e o nariz contusos. Ele recebeu os primeiros socorros e foi encaminhado ao pronto-socorro de Corumbá.

Até o momento, não há informações sobre o seu estado de saúde.
 

 

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