Cidades

Estado Islâmico

Primeiro-ministro do Iraque declara vitória sobre Estado Islâmico em Mossul

Primeiro-ministro do Iraque declara vitória sobre Estado Islâmico em Mossul

El País

09/07/2017 - 13h15
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A vitória final na batalha para recuperar Mossul das mãos do grupo jihadista Estado Islâmico já aconteceu, segundo as autoridades do Iraque. De fato, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, já parabenizou as forças armadas por seu triunfo, segundo um porta-voz citado pela agência Reuters. A televisão oficial iraquiana anunciou neste domingo que “as forças do Serviço Especial Antiterrorismo içaram a bandeira nacional na margem do Tigre que flanqueia a Cidade Velha de Mossul”. Apesar de o Estado Islâmico ter prometido no sábado “lutar até a morte” na cidade, suas milícias se lançaram neste domingo no Tigre tentando fugir do campo de batalha. Ficam para trás oito meses de um combate que destruiu partes da cidade, matou milhares de civis e forçou o deslocamento de cerca de um milhão de pessoas.

Nas últimas horas ao menos 65 combatentes do Estado Islâmico morreram enquanto tentavam escapar do oeste da cidade através do rio. Neste domingo morreram cerca de 30 militantes islâmicos que justamente tentavam escapar de zonas liberadas cruzando as águas do Tigre, que divide a cidade em duas metades. Ontem, o número de mortos nessa mesma rota foi de 35, segundo dados do Ministério da Defesa iraquiano citados pelo portal Iraqui News.

A batalha para retomar Mossul começou em 16 de outubro de 2016 e havia se tornado cada vez mais dura a medida que as forças iraquianas, apoiadas pelos Estados Unidos, se aproximavam do centro da cidade. Para desacelerar o avanço rumo a seus últimos bastiões, o Estado Islâmico colocou armadilhas e bombas em praticamente todas as estruturas que ocupava. “O inimigo colocou explosivos por todos os lados (...) inclusive debaixo de um berço”, afirmou no sábado o general Robert Sofge, que tem como base a capital Bagdá.

Segundo dados da ONU, entre 10.000 e 20.000 civis permanecem presos nos destroços de Mossul, ainda que a cada dia centenas deles sejam retirados pelas unidades militares.

BR-158

Casal em moto é arrastado por 135 metros em rodovia no interior de MS

José Reis Antônio e Sônia Ribeiro de Camargo Silva foram atropelados no KM 130 da BR-158; suspeito de arrastar o casal fugiu sem prestar socorro

01/12/2024 13h33

Acidente aconteceu aproximadamente 15km do Trevo da cidade, em Aparecida do Taboado

Acidente aconteceu aproximadamente 15km do Trevo da cidade, em Aparecida do Taboado Reprodução

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Identificados como José Reis Antonio Filho e Sonia Ribeiro de Camargo Silva, o casal envolvido no acidente no quilômetro 130,3 da BR-158, segundo boletim de ocorrência, teve sua moto arrastada por cerca de 135 metros após ser atingida na traseira pelo motorista que, após o atropelamento, fugiu sem prestar socorro. 

Conforme boletim de ocorrência, o acidente registrado por volta de 19h30min deste sábado (30 de novembro), aconteceu aproximadamente 15km do Trevo da cidade, em Aparecida do Taboado, sendo que o Onix vermelho encontra-se no nome de uma pessoa e no interior do carro foi encontrada a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de outra.

Apontado como suspeito de atropelar o casal, o Sr. Evangelista Pereira dos Santos deixou a carteira, Contendo documentos e cartões de crédito, bem como o celular, e "evadiu do local tomando rumo ignorado", segundo boletim de ocorrência. 

Acidente fatal

Como bem descreve o b.o, as diligências periciais verificaram que, o ponto em que o carro bateu com a moto do casal estava há, mais ou menos, 75 metros do local onde o primeiro corpo (vítima José Reis) foi arremessado. 

"Sendo que o segundo corpo (vítima Sônia) estava há aproximadamente 13,9 metros do corpo da primeira vítima e há aproximadamente 45,9 metros do local em que os veículos pararam", descreve o boletim de ocorrência. 

Presa ao capô do ônix, a moto do casal foi arrastada por aproximadamente 135 metros até onde os veículos pararam, com as vítimas recolhidas pela Funerária Nossa Senhora Aparecida de Aparecida do Taboado, levados até a Unidade Regional de Perícias e de Identificação (URPI) de Paranaíba para os devidos exames necroscópicos. 

Registrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, omissão de socorro e fuga do local do acidente, as investigações do caso continuam em busca de localizar o responsável, para esclarecer as circunstâncias do acidente.

Fim de semana sombrio

Outro acidente fatal foi registrado nas rodovias sul-mato-grossenses neste final de semana, vitimando uma pessoa e ferindo outras quatro, em trecho da MS-386 distante cerca de 312 quilômetros de Campo Grande, como bem acompanhou o Correio do Estado

Equipes do Corpo de Bombeiros foram acionadas para socorrer as vítimas, após um dos três veículos envolvidos perder estabilidade devido às fortes chuvas que atingiam o trecho. 

Ao todo, se envolveram no acidente: dois veículos Corrola (um de Amambai e outro de Bela Vista) e um fiat Pálio, esse último pertencente a um morador da comunidade indígena de Laguna Carapã.  
 

 

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Cidades

Mulher que enganou o Exército por 33 anos terá que devolver R$ 3,7 milhões de pensão

Investigada foi condenada pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sul por falsificação de documentos; a fraude ainda contou com a ajuda de sua avó, que foi quem denunciou o caso

01/12/2024 12h30

Mulher que enganou o Exército por 33 anos devolverá R$ 3,7 milhões

Mulher que enganou o Exército por 33 anos devolverá R$ 3,7 milhões Reprodução - redes sociais

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O Superior Tribunal Militar (STM) rejeitou, por unanimidade, o recurso de Ana Lúcia Umbelina Galache de Souza (55), condenada pela Justiça Militar de Mato Grosso do Sul por falsificação de documentos para se passar por filha de um tio-avô, ex-combatente da Segunda Guerra Mundial.

A decisão, divulgada na última sexta-feira (30), manteve a determinação de que a mulher devolva R$ 3,7 milhões recebidos de forma indevida ao longo de 33 anos.  

A Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa da ré, argumentou que Ana Lúcia não teve intenção criminosa, visto que o registro como filha do militar foi realizado quando ela ainda era menor de idade.

O tribunal considerou que as evidências indicam plena consciência do ato fraudulento e decidiu por manter a condenação imposta pela pela Justiça Militar em Mato Grosso do Sul de devolver o valor. O relator do caso foi o ministro Odilson Sampaio Benzi.  

Entenda o caso

De acordo com informações do G1, o esquema começou no ano de 1988, quando Ana Lúcia utilizou documentos falsificados para se registrar sob o nome de Ana Lúcia Zarate e solicitar a pensão de Vicente Zarate - seu tio-avô e ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Vicente faleceu em outubro daquele ano, e os pagamentos indevidos tiveram início ainda em novembro de 1988, estendendo-se até 2022. 

No entanto, a fraude teve origem bem antes, no dia 25 de setembro de 1986, quando Ana Lúcia, ainda menor de idade, conseguiu ser registrada como filha de Vicente Zarate e Natila Ruiz em um cartório de Campo Grande (MS). De posse da nova certidão, ela emitiu uma nova identidade e CPF com o sobrenome Zarate.

Com esses documentos, a mulher solicitou a habilitação como pensionista na Seção do Serviço de Inativos e Pensionistas (SSIP 9) do Exército. O pedido foi aprovado, permitindo que ela recebesse o benefício integralmente.   

Ao longo dos anos, Ana Lúcia utilizou dois nomes e documentos diferentes para manter o esquema. A Justiça Militar destacou que, mesmo após ser orientada pelo marido a interromper os pagamentos indevidos, ela decidiu continuar recebendo a pensão.

De acordo com a decisão, o fato de Ana Lucia utilizar dois nomes, identidades e CPFs diferentes, evidencia o fato de “ludibriar” a Administração Militar com o objetivo de receber o benefício indevido, o que caracteriza a autoria e a materialidade do crime de estelionato.

Conforme os dados do TCU, Ana Lúcia recebeu, entre 2004 e 2022, uma pensão mensal de R$ 4.952 (valores corrigidos historicamente pela Corte de Contas). Entre os anos de 1988 e 2003, os depósitos variavam entre R$ 2.028 e R$ 8.299,80.

Denúncia partiu da própria avó

O caso veio à tona em 2021, quando a própria avó paterna de Ana Lúcia, Conceição Galache, denunciou o esquema. Insatisfeita com os valores repassados pela neta, Conceição exigiu R$ 8 mil sob ameaça de revelar a fraude.

Após não ser atendida, procurou a Polícia Civil e a administração militar, informando que Ana Lúcia não era filha de Vicente Zarate.  

Durante o processo, Ana Lúcia admitiu que era, na verdade, sobrinha-neta de Vicente e que usava o sobrenome Zarate apenas para garantir o benefício, ela também revelou que dividia o valor recebido com a avó, que teria ajudado a obter os documentos fraudulentos. Ana Lúcia contou também que não vivia com seu tio-avô, e não o tratava como pai.    

Com a denúncia e a abertura de sindicância, a fraude foi comprovada e o pagamento da pensão suspenso. Conceição faleceu em maio de 2022, antes de ser ouvida pelas autoridades.  

A DPU ainda não se manifestou sobre o desfecho do caso.  

 

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