Cidades

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Professor e alienação

Professor e alienação

Redação

09/08/2010 - 21h01
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Na sociedade capitalista as características da alienação do trabalho docente configuram-se claramente.
A primeira é a exterioridade definidora do que, do como, da ordem mais indicada para ensinar nos níveis e modalidades de existência do ensino.  No processo de avaliação e adoção de políticas para a educação, a natureza da atividade de ensino é ignorada e negada
A liberdade em abstrato, defendida pelo Liberalismo opõe-se à autonomia do professor, expressa na materialidade do sistema único de educação escolar, negativa da dualidade entre formação, e educação rebaixada para o trabalhador.
No segundo aspecto da alienação o elemento presente é a imposição. Quando o trabalho é um sacrifício; o professor trabalha para sobreviver. O trabalhador docente corre de uma escola para a outra, sempre sob a ameaça de perda da integridade física e mental.
No terceiro passo da alienação localiza-se o estranhamento. O trabalho do professor não lhe pertence. O processo é mais acentuado nas escolas privadas.
Convém, no entanto, não desconsiderar uma singularidade do trabalho do professor, entre os demais trabalhadores: ninguém pode surripiar do professor o conhecimento por ele organizado e elaborado com fins de ensino.
Por fim, e decorrência dos anteriores, vem o aspecto da autoalienação ou desumanização. Um aspecto da violência provocadora no trabalhador, de uma redução de sua condição humana a uma condição inferior à do animal.
A situação dos trabalhadores docentes, dos professores, chega a uma dramaticidade intensa. Submetem-se à alienação, o sofrimento no trabalho expressa-se em desgastes físicos e mentais, na dilapidação moral. Postos em relações de trabalho destrutivas; permanecem até o esgotamento dos limites de suas capacidades, ou a chegada do descarte pelo capital.         
Venha a denominar-se dilapidação ou desumanização, trata-se de desbaratar, esbanjar, furtar irreversivelmente, o humano do humano.
Não é possível deixar de pensar estratégias e táticas de combate.
A organização dos docentes em sindicatos e partidos, a participação em eleições e em mobilizações, implica na adoção de uma estratégia classista, revolucionária e socialista, ou na dissipação dos esforços nos marcos do reformismo e do conservadorismo, principalmente das burocracias e da via parlamentar.  
A adoção de uma estratégia revolucionária e socialista não é tarefa exclusiva dos partidos políticos que têm esta orientação; a tarefa cabe aos sindicatos, aos movimentos populares e organizações da juventude.
A concepção classista e socialista da luta dos trabalhadores implica em vincular as lutas econômicas à luta política geral contra o capitalismo, uma denúncia permanente deste sistema de exploração e da impossibilidade da classe trabalhadora, e nela, da categoria docente, vir a ter uma vida digna enquanto ele persistir. Não se trata de capricho, mas da natureza do capitalismo, que não abre espaço para concessões aos trabalhadores, pelo contrário, busca permanente e insistentemente aprofundar cada vez mais a exploração.
Decorre desta visão o entendimento de que a luta sindical não pode se limitar aos horizontes corporativos. As próprias tarefas colocadas questionam a opção corporativa de sindicalismo; por outro lado, não se concebe a omissão dos professores, trabalhadores, primordialmente, na busca de unir os diversos processos de luta de cada categoria em uma ação unificada da classe trabalhadora, objetivos permanentes da atuação sindical.
As formas de combate à alienação dos professores articulam-se dialeticamente às lutas pela unidade do movimento popular da cidade e do campo com o conjunto do movimento operário, contra as opressões às mulheres, aos negros e às negras, contra as opressões aos glbt. Implica em fortalecer a formas de combate da juventude, uma alternativa classista de luta e de organização dos estudantes.

Antonio Rodrigues Belon, Prof. Dr. da UFMS/Campus de Três Lagoas – E-mail [email protected]

Tragédia

Jovem de MS morre após ser atropelada por ônibus no Paraná

Recém-formada, a morte da sul-mato-grossense na madrugada desta quinta-feira (15) chocou amigos e familiares, tanto no Estado quanto em Maringá

15/01/2025 18h15

Reprodução Redes Sociais

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A engenheira ambiental Dávilen Silva, de 25 anos, morreu após ser atropelada por um ônibus na madrugada desta quarta-feira (15), em Maringá, no Paraná. A sul-mato-grossense chegou a ser socorrida, mas não resistiu e veio a óbito no hospital.

Natural de Mundo Novo, localizado a 462 km de Campo Grande, Dávilen se mudou para o Paraná, onde se formou em engenharia ambiental na Universidade Estadual de Umuarama (UEM) no campus regional da universidade naquele município.

Em 2024, Dávilen mudou-se para Maringá (PR), onde estava trabalhando e residia em uma kitnet na Vila Esperança.

Acidente

Segundo informações do site OBemdito, por volta das 8h40 de terça-feira (14), a jovem atravessou na faixa de pedestres, em meio a veículos parados por conta de um congestionamento. No entanto, acabou sendo atingida por um ônibus do transporte coletivo na Avenida Morangueira.

O condutor do coletivo, que trafegava pela faixa exclusiva destinada ao transporte público, relatou que foi informado pelos passageiros sobre o atropelamento. A jovem foi socorrida consciente, mas sofreu múltiplas fraturas nos membros superiores e inferiores, além de traumatismo cranioencefálico grave.

Ela foi levada ao Hospital Universitário de Maringá, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. Ainda conforme o Jornal Tibagi, este foi o primeiro óbito por atropelamento registrado em Maringá (PR) em 2025.

Assim que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), os trâmites burocráticos para o traslado para Mato Grosso do Sul serão realizados.

Por meio de nota, a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) informou que está colaborando com a investigação e lamentou o ocorrido.

Leia a nota na íntegra:

“A empresa lamenta profundamente o acidente e informa que, de acordo com testemunhas e imagens do sistema de monitoramento, a vítima cruzou a Avenida Morangueira em meio a vários carros nas faixas 1 e 2 da direita, sendo colhida pelo coletivo que trafegava em velocidade compatível com a via, na faixa exclusiva para ônibus.

As equipes de socorro foram acionadas imediatamente, e a vítima foi rapidamente socorrida e encaminhada para exames e atendimento médico. A concessionária manifesta suas condolências e informa que está à disposição dos órgãos competentes para colaborar na investigação das causas do sinistro.”

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Campo Grande

Ladrão é amarrado por dono de padaria após tomar café da manhã e não pagar

Incidente aconteceu em estabelecimento do bairro Piratininga; policiais militares foram acionados para resolver a situação

15/01/2025 18h00

A Polícia Militar foi até o local e algemou o suspeito

A Polícia Militar foi até o local e algemou o suspeito Reprodução, Sejusp

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Um criminoso, de 26 anos, acabou amarrado após tomar café da manhã em uma padaria e tentar ir embora sem pagar pela refeição. O incidente aconteceu na manhã desta quarta-feira (15), no bairro Piratininga em Campo Grande.

Conforme o registro policial, o suspeito chegou na padaria por volta das 8h, e realizou diversos pedidos. Entre os produtos, estavam café com leite, salgados e um pão na chapa. Os pedidos totalizaram uma conta de R$ 63.

Contudo, enquanto terminava de se alimentar, o criminoso teria falando ao proprietário da padaria que precisava ir até uma borracharia vizinha antes de fazer o pagamento da conta.

Segundo o suspeito, ele precisava sair em razão de ter esquecido sua carteira na motocicleta, e supostamente precisava buscar o dinheiro. A vítima achou a história esquisita, e decidiu acompanhar o criminoso. 

Ao se dirigir até a motocicleta, contudo, veio a surpresa: o suspeito tentou correr e fugir do dono da padaria. Ao perceber a tentativa de fuga, o proprietário de imediato foi atrás do criminoso e conseguiu alcançá-lo.

Após deter o homem, a vítima pediu uma corda emprestada ao borracheiro e decidiu amarrar o criminoso no local até a chegada da Polícia Militar.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, após a chegada da equipe policial, os agentes notaram que o suspeito não possuía nenhuma moto na borracharia em questão.

Nesse sentido, os policiais prenderam o criminoso e o encaminharam até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol, para a realização dos procedimentos legais.

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